sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Praticar para assumir a responsalidade e a santidade

LIÇÃO 35

Minha mente é parte da Mente de Deus.
Eu sou absolutamente santo.

1. A ideia de hoje não descreve o modo como te vês agora. Ela descreve, porém, o que a visão te mostrará. É difícil, para qualquer um que pense estar neste mundo, acreditar nisto a respeito de si mesmo. No entanto, o fato de não acreditar nisto é a razão para ele pensar que está neste mundo.

2. Tu acreditarás ser parte do lugar aonde pensas estar. Isto porque te cercas do ambiente que queres. E tu o queres para proteger a imagem que fazes de ti mesmo. A imagem é parte desse ambiente. O que vês enquanto acreditas estar nele é visto pelos olhos da imagem. Isto não é visão. Imagens não podem ver.

3. A ideia para hoje apresenta uma perspectiva bem diferente de ti mesmo. Ao estabelecer tua Fonte, ela estabelece tua Identidade e te descreve do modo que realmente tens de ser na verdade. Utilizaremos uma aplicação um pouco diferente para a ideia de hoje porque a ênfase para hoje está mais no que percebe do que naquilo que ele percebe.

4. Começa cada um dos três períodos de prática de cinco minutos de hoje pela repetição da ideia para ti mesmo e, depois, fecha os olhos e examina tua mente em busca dos vários tipos de termos descritivos nos quais te vês. Inclui todas as características baseadas no ego que atribuis a ti mesmo, positivas ou negativas, desejáveis ou indesejáveis, grandiosas ou humilhantes. Todas são igualmente irreais, porque não olham para ti mesmo com os olhos da santidade.

5. Na parte inicial do período de exame mental, é provável que enfatizes aquilo que consideras serem os aspectos mais negativos de tua percepção de ti mesmo. Perto da última parte do período de exercícios, no entanto, termos descritivos mais auto-elogiosos podem muito bem te passar pela mente. Tenta reconhecer que a direção de tuas fantasias a teu próprio respeito não importa. Ilusões, na realidade, não têm nenhuma direção. Elas simplesmente não são verdadeiras.

6. Uma lista aleatória adequadas para a aplicação da ideia para hoje poderia ser a seguinte:

Eu me vejo submisso.
Eu me vejo deprimido.
Eu me vejo fracassado.
Eu me vejo ameaçado.
Eu me vejo desamparado.
Eu me vejo vitorioso.
Eu me vejo perdedor.
Eu me vejo generoso.
Eu me vejo virtuoso.

7. Não deves pensar nestes termos de um modo abstrato. Eles te ocorrerão à medida que várias situações, pessoas e acontecimentos em que tomes parte passarem por tua mente. Escolhe qualquer situação específica que ter ocorrer, identifica o termo ou termos descritivos que acreditas serem aplicáveis a tuas reações àquela situação e usa-os para a aplicação da ideia de hoje. Depois de citares cada um, acrescenta:

Mas minha mente é parte da Mente de Deus.
Eu sou absolutamente santo.

8. Durante os períodos mais longos de exercícios, é provável que haja intervalos em que não te ocorra nada específico. Não te esforces para imaginar situações específicas para preencer o intervalo, mas apenas relaxa e repete a ideia de hoje devagar até que algo te ocorra. Embora nada do que, de fato, te ocorrer deva ser omitido dos exercícios, nada deve ser "desencavado" com esforço. Não se deve usar nem coerção nem discriminação.

9. Tantas vezes quanto possível durante o dia, escolhe uma característica ou características específicas que atribuis a ti mesmo no momento e aplica a ideia para hoje a elas, acrescentando a cada uma delas a ideia na forma indicada acima. Se não te ocorrer nada em particular, simplesmente repete a ideia para ti mesmo de olhos fechados.

*

COMENTÁRIO:

Requentando mais uma vez um comentário feito anteriormente, acho importante publicá-lo mais uma vez, em razão de que muitos dos que chegam a este espaço podem não ter percebido minha proposta de oferecer, no blogue, uma versão revisada dos livro de exercícios. Outra razão é que os que têm o livro podem estranhar o fato de algumas das ideias das lições aparecerem modificadas no blogue, quando e se comparadas às versões que foram publicadas no Brasil e em Portugal.

Adianto, assim, desde já, haver uma diferença entre a versão publicada da ideia para as práticas desta sexta-feira, dia 4 de fevereiro, e a que lhes ofereço neste espaço. E explico por quê. Na versão publicada a ideia aparece assim: Minha mente é parte da Mente de Deus. Eu sou muito santo. A palavra que me levou a mudar a versão de Lillian é, no original, very, que, de fato, entre outros significados, pode significar muito. Mas me parece não haver muito sentido em se dizer "eu sou muito santo", com base no que o Curso busca nos ensinar. Ou se é santo ou não se é santo. Ora, como se costuma dizer popularmente "nenhuma mulher fica meio grávida". Está grávida ou não.

Lembrem-se também, por favor, de que o texto nos diz logo no início, quando lista os Princípios dos Milagres:

Não existe ordem de dificuldades em milagres.
Nenhum é mais "difícil" ou maior do que "outro".

Isto é, nenhum é mais santo do que outro. Assim, em meu modo de entender, a palavra very precisa ser traduzida de um modo que deixe perfeitamente claro o que somos na verdade. Isto é, o Ser que é nossa Identidade verdadeira é absolutamente santo, uma vez que somos todos filhos de Deus, na unidade. E lembrem-se também, por favor, do que quero dizer quando uso a palavra santo, conforme já chamei sua atenção algumas vezes no ano passado.

Para relembrá-los, de acordo com as palavras de Roberto Crema, num livro intitulado Normose e se referindo a Teresa d'Ávila: "a santidade não é um privilégio de poucos; é uma responsabilidade de todos nós. Ser santo é ser inteiro, é ser simples, é ser transparente. É ser tudo aquilo que realmente somos. É uma conquista do processo de individuação, da travessia das sombras rumo ao ser, processo que jamais termina e que começa com o primeiro passo neste labirinto de nós mesmos".

Pratiquemos, portanto, a ideia de hoje com o objetivo de assumir nossa responsabilidade de uma vez por todas. E, com ela, nossa santidade.

2 comentários:

  1. Moisés, foi exatamente essa atualização "revisão" de alguns termos, facilitanto a compreenssão do Livro que me atraiu, tb. a leveza dos comentários, embora comprometidos com a verdade sem serem sérios em demasia.
    Bençãos a todo grupo.
    Gostaria, se possível, que me enviasses teu endereço de e-mail.

    helenajunges@yahoo.com.br

    Sou Grata.

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  2. Obrigado, Helena.

    Devolvo-lhe as bênçãos.

    Eu imaginei que meu endereço ficasse à vista para quem acessa o blogue, não fica?

    Bem, aí vai de qualquer modo. O mais fácil é:

    moisessnascimento@gmail.com

    Fique à vontade, por favor, para fazer contato.

    Obrigado por sua contribuição e generosidade.

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