LIÇÃO 2
Eu dou a todas as coisas que vejo neste quarto [nesta rua, desta janela, neste lugar]
todo o significado que têm para mim.
1. As práticas com esta ideia são as mesmas que aquelas com a primeira. Começa com as coisas que estão perto de ti e aplica a ideia a qualquer coisa sobre a qual teu olhar pouse. Depois, amplia o alcance para fora. Vira a cabeça para incluir o que quer que esteja em qualquer um dos lados. Se possível, vira-te e aplica a ideia àquilo que estava atrás de ti. Continua, tanto quanto possível, a não fazer distinção quando escolheres os sujeitos para a aplicação da ideia; não te concentres em nenhuma coisa em particular e não tentes incluir tudo o que vês em uma área determinada, ou introduzirás tensão.
2. Olha simplesmente com naturalidade e com razoável rapidez ao teu redor, tentando evitar a escolha por tamanho, brilho, cor, material ou pela importância relativa para ti. Escolhe os objetos simplesmente quando os vires. Tenta aplicar o exercício com igual facilidade a um corpo ou a um botão, uma mosca ou um piso, um braço ou uma maçã. O único critério para a aplicação da ideia a qualquer coisa é simplesmente que teus olhos a tenham encontrado. Não faças nenhuma tentativa de incluir qualquer coisa em particular, mas certifica-te de que nada seja excluído de forma específica.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 2:
Caras, caros,
Comecemos nossa exploração desta segunda ideia para as práticas deste dia de um modo um pouco diferente do que costumamos fazer. Podemos?
Pensei, neste ano que se inicia, em abandonar qualquer forma de que me tenha valido ao longo dos últimos anos para fazer os comentários das lições e das ideias que o Curso nos oferece para as práticas a cada dia. Para mudar um pouco, porque a mudança é a única coisa que é constante em nossa experiência de vida, concordam?
Assim, para me ater ao que o ensinamento pede que façamos ao longo das práticas, penso que é importante a gente manter em mente o que é central no Curso. Isto é, as lições são apenas uma tentativa de nos devolver ao contato com nós mesmos, com nós mesmas. Elas são uma maneira de exercitarmos a atenção. Atenção esta que é crucial para não nos perdermos pelos caminhos que o mundo da ilusão oferece.
Outra coisa que podemos pensar é que o Curso nos pede para olhar para o mundo de modo diferente. Quer dizer, ele nos pede que mudemos nossa forma de olhar. Que voltemos a olhar para o mundo com o olhar da criança que fomos, que se encantava com a possibilidade de um novo dia. Que busquemos trazer de volta à vida esta criança, para que o mundo de renove de encantos todos os dias, o dia todo. O tempo todo.
Podemos certamente fazer isto, se nos conscientizarmos, à medida que avançamos nas lições, da importância de tirar o julgamento de nosso olhar. Dando verdadeiramente todo o significado, a neutralidade, a todas as coisas por que nossos olhos passam. Não apenas durante a prática da lição. O tempo inteiro em que abrimos nossos olhos para o que o mundo das aparências nos apresenta.
A prática do julgamento, que aprendemos do mundo, quando vamos crescendo e deixando para trás a criança que fomos, tem de ser retirada, extinta, de nossa experiência, se quisermos viver bem.
Lembremo-nos, pois, de voltar nossos olhos para o Deus de Spinoza. Quem sabe trazemos de volta a criança dentro de nós para nosso convívio.
Às práticas?
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