domingo, 9 de dezembro de 2012

Após a decisão há progresso ainda que invisível


LIÇÃO 344

Hoje aprendo a lei do amor; aquilo que
Dou a meu irmão é minha dádiva para mim.

1. Esta é Tua lei, meu Pai, não minha própria lei. Eu não compreendo o que significa dar e pensei em guardar aquilo que eu desejava só para mim. E, ao olhar para o tesouro que pensava ter, descobri um espaço vazio no qual nunca existiu, existe ou existirá nada. Quem pode compartilhar um sonho? E o que a ilusão pode me oferecer? Aquele a quem perdoo, porém, me oferecerá dádivas muito mais valiosas do que qualquer coisa na terra. Deixa que meus irmãos perdoados encham minhas reservas com os tesouros do Céu, os únicos que são reais. Deste modo se cumpre a lei do amor. E, deste modo, Teu Filho surge e volta para Ti.

2. Quão próximo estamos um do outro, quando andamos na direção de Deus. Quão próximo Ele está de nós. Quão próximos o fim dos sonhos de pecado e a redenção do Filho de Deus.

*

COMENTÁRIO:

Abordando do mesmo modo, com palavras diferentes, o que eu disse em anos passados a respeito da ideia para as práticas deste domingo, dia 9 de dezembro, tudo o que se disser a respeito dela já está contido na própria lição. Da mesma forma, a ideia que praticamos hoje também já foi abordada de outras maneiras em muitas das lições que praticamos antes. 

Vejamos, pois, novamente, algumas delas, repetindo para reforçar o aprendizado. Lembram-se da lição que diz: Tudo o que dou é dado a mim mesmo? E de outra que dizia: Só meus próprios pensamentos me ferem? Ou ainda: O perdão é minha função para a a salvação do mundo?

E há mais. Repetindo. Eu não compreendo nada do que vejo. Eu não sei para que serve coisa alguma. As coisas que vejo não têm nenhum significado ou valor a não ser o que eu mesmo dou a elas. Toda esta viagem que aparentemente fazemos neste mundo só pode nos levar a um ponto: a nós mesmos e, por consequência, a Deus. É este o significado de auto-conhecimento. E é isto que o Curso se propõe a nos ensinar. É na direção do conhecimento de nós mesmos - e de Deus - que ele nos orienta. Pois como ele mesmo diz não há nada fora de nós.


Assim, cabe apenas a nós a decisão de praticar. A decisão de chegar ao auto-conhecimento. Pois não precisamos fazer nada a não ser tomar a decisão de voltar ao Céu, de onde nunca saímos. Isto é, na verdade, tomar a decisão de trazer novamente o Céu a nossa consciência. Pois é no Céu que vivemos o tempo todo. Mesmo quando não temos consciência disso. É apenas a ilusão de um mundo que esconde o Céu de nossa consciência, como eu disse também no ano passado. 

Para ilustrar um pouco melhor o que acontece neste processo, vou lhes dar um exemplo pela fala de Joel S. Goldsmith, em seu livro, O Trovejar do Silêncio. Diz ele que:

"Tornamo-nos a luz do mundo na exata medida de nossa iluminação. Alguns atingem essa iluminação rapidamente; ... outros esperam, esperam muito para que a grande experiência desça sobre eles. E quando isso ocorre, contudo, acontece de repente, embora a preparação para tanto tenha consumido anos e anos de meditação e estudo, durante os quais parece ter havido pouco ou nenhum progresso. Apesar disso, desde o primeiro momento em que nos voltamos seriamente para a obtenção da realização [da consciência da Presença de Deus em nós], nosso progresso é real, embora [por vezes] imperceptível exteriormente. É um pouco como remover uma montanha. Desde a primeira pá de terra que é removida, está havendo progresso no nivelamento da montanha. Mas a montanha tem incontáveis pás de terra e pedra, e até que muitas delas tenham sido removidas não se nota qualquer progresso aparente.

"E é assim quando estamos conscientes da densidade do ego humano; sabemos que estamos a remover uma montanha de ignorância, e, embora, o início se dê com nossa primeira meditação [ou lição], o progresso não será lá muito evidente por longo, longo tempo.

"E então, de repente, parece rebentar sobre nós como um relâmpago. O fato de termos sido tocados pelo Espírito torna-se evidente pela luz que emana de nossos olhos e pelo brilho de nossa face. Mesmo externamente, nossa vida muda: muda o nosso relacionamento humano; muda nossa natureza e nossa saúde e, por vezes, até a forma física apresenta mudanças. Tais mudanças externas são apenas manifestações da glória interior, da luz interior, obtidas pelo contato com o Pai interno, e que nos devolveram ao Éden."

Às práticas?

2 comentários:

  1. Oração do Senhor: "... E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores...".
    Interpretação de Mary Baker Eddy no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: "... E o Amor se reflete em amor...".

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    1. O "perdoa as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido", na forma mais recente da oração, equivale à exortação de Jesus, "não julgueis, para não serdes julgados".

      Mas quem de nós, de fato, presta atenção, nas palavras quando as usa. É por isso que Goldsmith diz que ao orar, mais do que repetir fórmulas, é preciso que sejamos capazes de nos abrir à Voz interior para manifestar aquilo que nos vai pela alma.

      Na verdade, as palavras têm pouco ou nenhuma importância quando se trata de "conversar" com Deus, o que só é mesmo possível no mais absoluto silêncio.

      Da mesma forma que, se julgamos, somos julgados, quando estendemos Amor é só amor que se reflete de volta para nós.

      Obrigado por seu comentário, Marília.

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