sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Aprender a viver "o aqui e agora" a todo instante


LIÇÃO 349

Hoje deixo a visão de Cristo olhar
Todas as coisas por mim e não as julgo, mas dou,
Em vez disso, a cada uma um milagre de amor.

1. Quero, deste modo, liberar todas as coisas que vejo e lhes dar a liberdade que busco. Pois assim obedeço à lei do amor e dou aquilo que quero achar e transformar em meu. Isso me será dado porque o escolho como  a dádiva que quero dar. Pai, Tuas dádivas são minhas. Cada uma que aceito me oferece um milagre para dar. E, ao dar da mesma forma que quero receber, aprendo que Teus milagres que curam me pertencem.

2. Nosso Pai conhece nossas necessidades. Ele nos dá a graça para satisfazer a todas elas. E, por isso, confiamos que Ele nos envie milagres para abençoar o mundo e para curar nossas mentes enquando voltamos para Ele.

*

COMENTÁRIO:

Nesta sexta-feira, dia 14 de dezembro, repetindo o que eu dizia lá no comentário para esta mesma lição nos dois últimos anos, vamos praticar uma ideia que nos põe em contato com o exemplo vivo de Jesus, em sua passagem por este mundo. 

Continuando a reprisar o comentário feito anteriormente, isto significa dizer, de acordo com o livro O Evangelho Segundo Jesus, de Stephen Mitchell, que, "como todos os grandes mestres espirituais, Jesus ensinou apenas uma coisa: a presença". Tal afirmação reforça o que o UCEM ensina quando nos assegura que o único tempo que existe é o presente, o "aqui e agora".

Voltando mais uma vez, pois, toda a atenção para o que nos diz Mitchell na sequência: "A derradeira realidade, a luminosa e compassiva inteligência do universo, não está em qualquer outro lugar, em 'céus' a anos-luz de distância. Não se manifestou mais plenamente a Abraão ou a Moisés do que se manifesta a cada um de nós, e nem tampouco estará mais presente para algum Messias no longínquo final dos tempos. Está sempre aqui e agora. É isto que a Bíblia quer dizer quando afirma que o verdadeiro nome de Deus é Eu sou".

É apenas o viver a presença, o "aqui e agora", a todo instante que pode permitir que libertemos todas as coisas, ao mesmo tempo em que nos libertamos de todas as coisas. Não as aprisionamos num nome, num conceito ou numa imagem que fizemos delas no passado, nem em imagem ou conceito que fazemos delas a partir do que ouvimos dizer a seu respeito, ou do que aprendemos sobre elas ao longo do tempo. Sabemos que não é o tempo que lhes dá significado, mas nós mesmos. É só com esta consciência que podemos olhar para tudo e para todos com a visão de Cristo, que não julga, mas oferece a cada um de nós, a todos nós e a todas as coisas, um milagre de amor permanente. 

Acrescentando também algo de um livro que leio no momento, é preciso reconhecermos que o que o Curso, como uma doutrina esotérica, nos ensina, é que é necessário termos bem  claro em nossas mentes que aquilo que buscamos [e que é o que já somos] ultrapassa as fronteiras de quaisquer religiões particulares, que se atêm a conceitos e práticas cristalizados, sob a forma de dogmas e ritos. 

O que queremos e buscamos, na verdade, com as práticas diárias do Curso, é o contato com o mais profundo, no interior de nós mesmos, é ir além das coisas e penetrar na essência delas, dos dogmas religiosos e do simbolismo tradicional, o que faria dissolver tudo aquilo que a religião nos apresenta como um conhecimento em bloco.

Cabe, pois, repetir a pergunta: É isso, de fato, o que queremos? Se for, podemos, aprender hoje de nossas práticas. Não é assim que lhes parece?

Nenhum comentário:

Postar um comentário