sábado, 15 de dezembro de 2012

Identificando de que tipo é nossa relação amorosa


LIÇÃO 350

Milagres refletem o Amor eterno de Deus.
Oferecê-los é lembrar d'Ele,
E salvar o mundo a partir de Sua lembrança.

1. Aquilo que perdoamos se torna uma parte de nós, do modo pelo qual nos percebemos. O Filho de Deus combina todas as coisas em si mesmo tal qual Tu o criaste. A lembrança de Ti depende do perdão dele. Aquilo que ele é é imune a seus pensamentos. Mas aquilo para que ele olha é resultado direto deles. Por isso, meu Pai, quero me voltar para Ti. Só a lembrança de Ti me libertará. E só meu perdão me ensina a deixar que a lembrança de Ti volte para mim e a dá-la ao mundo com gratidão.

2. E, quando reunirmos os milagres d'Ele, ficaremos realmente gratos. Pois, à medida que nos lembramos d'Ele, Seu Filho nos será devolvido na realidade do Amor.

*

COMENTÁRIO:

Desculpem-me, os que estão passando por esta lição aqui pela segunda, terceira, ou quarta vez, mas vou ter de repetir o comentário feito a ela nos dois últimos anos, porque ainda pertinente e porque mais uma vez tive problemas com minha máquina e estou postando a partir do computador de meu filho. Feitas as pequenas modificações necessárias, aí vai: 

Leo Buscaglia, em seu livro intitulado Amor, diz que "viver no amor é o maior desafio da vida". Viver no amor, segundo ele, "exige mais sutileza, flexibilidade, sensibilidade, compreensão, aceitação, tolerância, conhecimento e força do que qualquer outro esforço ou emoção, pois o amor e o mundo de hoje atuam como se fossem duas grandes forças contraditórias", o que, de fato, são, se levarmos em consideração o fato de que o mundo, da forma como o vemos, é apenas uma projeção de nossos pensamentos.

A ideia que praticamos neste sábado, 15 de dezembro, diz a mesma coisa de forma muito clara ao afirmar que aquilo que somos - na verdade, no amor, em Deus - é imune ao que pensamos, mas que aquilo que vemos ou percebemos com os sentidos é resultado direto de nossos pensamentos.

Voltando a Buscaglia, vamos ouvi-lo dizer que "o amor e as práticas do mundo [em que pensamos viver, e que pensamos ser] real parecem estranhos, separados". Parece haver um vão enorme entre o que o amor nos convida a fazer e aquilo que a sociedade e o mundo nos pedem que façamos. Por isso, ele diz, "não é surpreendente que tanta gente não tenha coragem de construir uma ponte sobre o vão, pois na prática, o vão parece intransponível. O homem tem, por um lado, a compreensão e o desejo de crescer no amor, mas a sociedade torna esse conhecimento difícil de ser colocado em prática".

É exatamente para este fim, o de aprendermos a construir esta ponte, que praticamos diariamente. E exercitar, aceitar e pôr em prática a orientação que a ideia de hoje nos oferece é dar mais um passo na direção da percepção verdadeira, a percepção do Espírito Santo, a percepção que vai permitir que nos salvemos - e ao mundo -, libertando-nos e libertando o mundo de todos os julgamentos, para olhá-lo apenas com os olhos amorosos de Cristo. Oferecendo-lhe apenas os milagres que queremos receber. 

Vou acrescentar mais uma frase de Buscaglia que originalmente não estava nos comentários anteriores, porque acredito que ela pode servir para nos orientarmos quanto ao que se passa em nosso modo de interpretar o que sentimos "ser ou não ser amor". 

Da mesma forma que o Curso nos ensina a identificar se a voz interior que ouvimos é a Voz por Deus ou é a voz do ego, do falso eu, dizendo que normalmente a voz do ego é a primeira a falar, Buscaglia diz que: 

"Quando a relação amorosa não me conduz a mim mesmo, quando eu, numa relação de amor, não conduzo outra pessoa a si própria, este amor, mesmo que pareça a ligação mais segura e extasiante que já tive, não é amor verdadeiro."

 

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