segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Um dia perfeito, pleno de paz de alegria e de amor



LIÇÃO 310

Passo o dia de hoje sem medo e com amor.

1. Quero passar este dia Contigo, meu Pai, do modo que Tu escolheste que todos os meus dias deveriam ser. E o que vou viver não pertence em absoluto ao tempo. A alegria que chega a mim não pertence aos dias nem às horas, pois vem do Céu a Teu Filho. Este dia será Tua doce advertência para eu me lembrar de Ti, Teu chamado benevolente a Teu Filho santo, o sinal de que Tua graça veio a mim e de que é Tua Vontade que eu seja libertado hoje.

2. Tu e eu passamos este dia juntos. E o mundo inteiro se junta a nós em nossa canção de agradecimento e de alegria para com Aquele Que nos deu a salvação e Que nos libertou. Fomos devolvidos à paz e à santidade. Não há espaço para o medo em nós hoje, pois acolhemos o amor em nossos corações.

*

COMENTÁRIO:

Como o próprio pensamento nos convida a fazer, e como já disse antes, a ideia que vamos praticar nesta segunda-feira, dia 5 de novembro, pode nos fazer experimentar um dia inteiro de paz, um dia perfeito. Um dia pleno de amor e de luz. Se permanecermos no presente, no aqui e agora, a cada momento que se apresentar.

Repetindo o que fiz no comentário do último ano para esta lição, dou-lhes abaixo, para estender a reflexão acerca do presente, da vida e da morte, um dos poemas d'O segundo livro do Tao, traduzido, para o inglês, por Stephen Mitchell e, para o português, por Marilene Tombini, [fiz umas pequenas alterações, que aparecem entre colchetes, no intuito de tornar mais clara a tradução]. É o seguinte:

A vida é a companhia da morte;
a morte é o início da vida.
Quem pode compreender
como as duas se relacionam?
Mas se a vida e a morte são companheiras, 
por que [deverias] te preocupar?
Tudo está ligado pela raiz.
Aqui chegamos do desconhecido
e voltamos para [o lugar] de onde viemos.

O que as pessoas amam [da] vida
é sua miraculosa beleza;
o que odeiam [da] morte
é a perda e decadência que a envolve.
Contudo, perder é não perder,
e a decadência se transforma em beleza,
assim como a beleza volta a ser decadência.
Somos inspirados e expirados.
Portanto, tudo [o] que precisas
é entender o único sopro
que forma o mundo.
O Mestre está sempre cônscio
do mistério no cerne de todas as coisas.

De novo: há um comentário de Ramana Maharshi a respeito deste poema, ao final do mesmo livro, que diz o seguinte: "É estranho as pessoas não quererem saber [do] presente, de cuja existência ninguém pode duvidar, mas [estarem] sempre ansiosas para saber [mais a respeito do] passado ou [do] futuro, ambos desconhecidos. O que é nascimento e o que é morte? Por que ir ao nascimento e à morte para entender o que se experimenta todos os dias ao dormir e acordar? Quando dormimos, este corpo e o mundo não existem para nós, e essas questões não nos preocupam e, contudo, existimos, o mesmo eu que existe agora quando acordamos. É só quando acordamos que temos um corpo e vemos o mundo. Se entendermos o acordar e o dormir [propriamente], entenderemos vida e morte. Mas o acordar e o dormir acontecem todos os dias, então as pessoas não percebem como é maravilhoso, e só querem saber [de] nascimento e morte.

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