sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Nada que não seja nossa vontade pode acontecer


LIÇÃO 335

Escolho ver a inocência de meu irmão.

1. O perdão é uma escolha. Nunca vejo meu irmão tal qual ele é, pois isso está muito além da percepção. O que vejo nele é apenas o que quero ver, porque isso representa o que quero que seja a verdade. É só a isso que reajo, não importa o quanto eu pareça ser impelido por acontecimentos externos. Escolho ver aquilo que quero ver e é isso, e apenas isso, que vejo. A inocência de meu irmão me mostra que quero ver minha própria inocência. E eu a verei, se escolher ver meu irmão em sua luz santa.

2. O que poderia devolver a memória de Ti para mim, exceto ver a inocência de meu irmão? A santidade dele me lembra de que ele foi criado um comigo e igual a mim mesmo. Nele encontro meu Ser e em Teu Filho encontro também a memória de Ti.

*

COMENTÁRIO:

Talvez seja conveniente, e sirva de alguma ajuda, recapitular algumas ideias de lições que, a meu ver, têm algo a acrescentar a nossa reflexão desta sexta-feira, dia 30 de novembro. Ideias que, ao mesmo tempo, podem oferecer exemplos bem claros da coerência do ensinamento, além de também se prestarem para aprofundar as práticas. E desde já, como também fiz anteriormente, peço-lhes que me perdoem se o comentário parecer demasiado longo.  Fiquem, por favor, só com a lição, se lhes parecer melhor.

A primeira delas é a ideia da lição 22, lembram? O que eu vejo é uma forma de vingança. De acordo com o que aprendemos na lição 312, "a percepção vem depois do julgamento". Isto é, só depois que damos um nome à coisa, ou atribuímos um valor ou uma qualidade à pessoa para que olhamos é que a vemos. E as vemos de um modo que representa aquilo que queremos que seja a verdade a respeito delas.

A segunda é a da lição 34: Eu poderia vez paz em vez disso. A prática desta ideia juntamente com a da ideia de hoje serve para reforçar em nossa consciência a ideia de que, conforme o Curso afirma: Existe outro modo de olhar para o mundo. E para todas as coisas e pessoas que existem no mundo. Um modo que pode nos devolver a segurança, a serenidade, a paz e a alegria, que são nossa herança natural.

A terceira das ideias que me ocorre como forma de aprofundar e estender as práticas da ideia da lição de hoje é a da lição 138: O Céu é a decisão que tenho de tomar. Cabe aqui que nos perguntemos - cada um de nós para si mesmo - "o que é o Céu para mim"?

Não seria viver o Céu, olhar para meu irmão, seja qual for a forma com que ele se apresente, e ver apenas sua inocência? Há como se experimentar isso? Há! - diz o Curso. Mas temos de tomar a decisão e mantê-la, não importa o que aconteça. Não importa que obstáculos se interponham entre nossa decisão e o necessário para cumprir o compromisso que assumimos ao tomá-la.

E aqui entra a quarta das ideias relacionadas à de hoje para recapitulação. É a da lição 152: O poder de decisão é meu. Aí já não há mais como fugir. É preciso que reconheçamos que não vivemos o Céu apenas porque ainda não nos decidimos por isso. Todavia, esta ideia nos ensina também que não há ninguém a quem responsabilizar, a não ser a nós mesmos. Ninguém é culpado de nada. O que acontece é apenas que ainda não tomamos a decisão. Devemos nos culpar por isso? Não! Muitas vezes não sabemos como fazê-lo. Muitas vezes pensamos que já a tomamos, mas as experiências se apressam a nos mostrar coisas diferentes do Céu. São as práticas diárias que podem nos ajudar, sem dúvida -, e muito.

A última das ideias que gostaria que recapitulássemos, para finalizar este comentário, é a da lição 253: Meu Ser é o soberano do universo. E aqui, creio, cabe até voltar às primeiras frases desta lição específica. Que são as seguintes:

"É impossível que qualquer coisa não solicitada por mim mesmo venha a mim. Mesmo neste mundo, sou eu que governo meu destino. Aquilo que eu desejo é o que acontece. O que não acontece é aquilo que não quero que aconteça."

Dito isto, resta nos voltamos para as práticas com a ideia de hoje: Escolho ver a inocência de meu irmão. E a lição começa dizendo, ainda que de modo diferente, a mesma coisa que nos dizem as lições que trouxemos de volta à lembrança: "O perdão é uma escolha". Isto é, somos nós - cada um de nós a sua própria maneira -, e apenas nós, que podemos decidir aquilo que queremos viver. E isto é livre arbítrio.

Por mais que queiramos, em determinadas ocasiões, abrir mão de nossa responsabilidade por qualquer coisa que se apresente a nossa consciência, ninguém, mas ninguém mesmo, pode escolher ou decidir por nós, a não ser quando, equivocados, entregamos a outro o poder que nos pertence por direito.

Vamos, então, aprofundar a reflexão acerca do que queremos? Acerca do que estamos fazendo para chegar lá? Até quando vamos apelar para o auto-engano, dizendo a nós mesmo que estamos fazendo tudo o que podemos? Que não conseguimos fazer mais? Lembremo-nos daquela instrução que diz que "não consigo" é sinônimo de "não quero".

OBSERVAÇÃO: Este comentário é repetição, quase que palavra por palavra, do comentário feito a esta mesma lição nos dois últimos anos. Creio que não havia algo diferente a ser dito neste dia. E também há que se pensar que nem todos os que estão aqui já o tinham visto, não é mesmo? Além do mais continuo com aquele problema técnico em meu equipamento. Obrigado a todos pela compreensão.

2 comentários:

  1. Moises,
    Muito obrigada! Seguir os seus comentários é, sem dúvida, seguir por um caminho de expansão. Adorei voltar, atendendo ao seu convite, a todas as lições anteriores, que - quando avaliadas em conjunto - fundamentam uma estrutura sólida e de compreensão abrangente.
    Obrigada pela inestimável parceria.
    Grande abraço,
    Marilia

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    1. Eu que agradeço sua presença. Caminhamos mais tranquilos quando temos companhias como a sua, querida. E sabemo-nos capazes de ir muito mais longe compartilhando a energia que sabemos nos unir.

      Bem-vinda! É bom sabê-la de volta. E obrigado por caminhar conosco e oferecer seus comentários amorosos.

      Abraços,

      Moisés

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