quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O ensinamento do mundo e o ensinamento do Curso


LIÇÃO 326

Sou um Efeito de Deus para sempre.

1. Pai, fui criado em Tua Mente, um Pensamento santo que nunca deixou seu lar. Sou Teu Efeito para sempre e Tu és minha Causa para todo o sempre. Continuo a ser tal qual Tu me criaste. Ainda habito o lugar em que Tu me puseste. E todos os Teus atributos moram em mim, porque é Tua Vontade ter um Filho tão semelhante a sua Causa, que a Causa e Seu Efeito são indistinguíveis. Deixa-me saber que sou um Efeito de Deus e que, por isso, tenho o poder de criar do mesmo modo que Tu. E que é assim tanto no Céu quanto na terra. Sigo Teu plano aqui e sei que no fim Tu reunirás Teus efeitos no Céu sossegado de Teu Amor, onde a terra se desvanecerá e todos os pensamentos separados se unirão na glória na condição de Filho de Deus.

2. Vejamos a terra desaparecer hoje, primeiramente transformada e, em seguida, perdoada, inteiramente desvanecida na Vontade santa de Deus.

*

COMENTÁRIO:

A lição para as práticas desta quarta-feira, dia 21 de novembro, nos oferece a ideia de que somos, para sempre, um efeito de Deus. Uma ideia que passa ao largo das questões da ciência e das religiões, ou de quaisquer questões mundanas, pois ensina a nos considerarmos efeitos da Causa Primeira, efeitos de Deus, Pensamentos d'Ele, que criam da mesma forma que Ele.

Não há razão alguma para se pensar que quaisquer questões que o mundo imponha aparentemente se refiram à verdade, de alguma foram. A verdade de que o Curso fala está acima que qualquer questão. Além do mais, todas as dúvidas, que as questões traduzem, se referem apenas à ilusão, uma vez que nada neste mundo é real. Ou alguém conhece alguma coisa neste mundo que vá durar para sempre?

Quando o falso eu em nós nos leva a perguntar: "mas como foi que tudo começou?", ou "em que momento na história do homem e do universo é que aconteceu a separação de Deus?", ele está apenas tentando se convencer - e, por conseguinte, nos convencer - de que de fato houve uma separação em algum momento. 

Porém, se nos lembrarmos de que o tempo também não é real - e não existe, a não ser como expressão da ilusão de que estamos passando por ele - seremos capazes de perceber que estas perguntas não fazem sentido. E que tudo o que elas buscam fazer é reforçar em nós a crença em uma separação que nunca aconteceu. Uma separação que não pode acontecer e que não acontecerá jamais. Pois como ensina a lição para as práticas de hoje, aquilo que somos somos para sempre. E para toda a eternidade somos tão somente um efeito de Deus.

Um pequeno exemplo de como o mundo quer que pensemos, e de como ele nos ensina a pensar, tirado de uma postagem de nossa querida Bobdaniela Seaman no facebook, há alguns dias, pode nos ajudar a estender a reflexão a que nos convida a ideia para as práticas de hoje.

Vejam aí:

"O conhecimento é um direito merecido pela humanidade, ao qual ela tem acesso livre e irrestrito. O resultado do conhecimento, no entanto, pode ser desagradável, porque nos obriga a evoluir muito além daquilo que gostaríamos, dado que há algo na alma de todos que se acomoda, que pretenderia viver no lugar em que se encontra até o fim dos tempos. Mas, ao mesmo tempo, a curiosidade e a vontade de conhecer levam a humanidade para além de si mesma, inventando coisas que no princípio parecem não ter uma utilidade certa, mas que inevitavelmente a fazem evoluir. Assim, a humanidade evolui vítima daquilo a que ela mesma se dedica ansiosamente a conhecer e acompanhar." [Oscar Quiroga]

Ora, o que Quiroga diz só pode valer para aquilo que pensamos de nós a partir do sistema de pensamento do falso eu - o ego do Curso -, que acredita existir um mundo e, com ele, a necessidade de uma evolução. Para o mundo real, de que nos fala o Curso, o que somos é espírito que já é perfeito em Deus e que não tem necessidade de mudar ou evoluir, pois continua a ser como Deus o criou. 

O conhecimento de que ele fala só tem sentido para quem acredita no que lhe informam os sentidos a respeito do mundo da ilusão. O conhecimento de que nos fala o Curso está relacionado apenas à necessidade de que nos voltemos mais uma vez para o interior de nós mesmos para lembrarmos de que aquilo que somos, na verdade, é o que sempre fomos e sempre seremos como Efeitos de Deus. 

O resultado do conhecimento verdadeiro nunca poderá ser desagradável, pois só pode nos colocar em contato com a alegria e a paz completas e perfeitas que são a Vontade de Deus para nós.

Às práticas?

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