LIÇÃO 318
O meio e o fim da salvação são um só em mim.
1. Todos os papéis do plano do Céu para salvar o mundo se harmonizam em mim, Filho santo de Deus. O que poderia não combinar, se todos os papéis têm apenas uma finalidade e um único objetivo? Como poderia haver um só papel que fique isolado, ou um de maior ou menor importância do que os restantes? Eu sou o meio pelo qual o Filho de Deus é salvo, porque a finalidade da salvação é encontrar a inocência que Deus pôs em mim. Eu fui criado sendo a coisa que busco. Eu sou a meta pela qual o mundo procura. Eu sou o Filho de Deus, Seu único Amor eterno. Eu sou o meio e também o fim da salvação.
2. Permite, meu Pai, que eu assuma hoje o papel que Tu me ofereces em Tua solicitação de que eu aceite a Expiação para mim mesmo. Pois dessa forma aquilo que se harmoniza em mim por meio dela se torna certamente harmonizado para Ti.
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COMENTÁRIO:
Nesta terça-feira, dia 13 de novembro, vamos praticar uma ideia aparentemente inusitada para muitos de nós, qual seja, a de que somos, cada um a seu próprio modo, tanto o meio quanto o fim da salvação. Tal ideia está bem de acordo o tema que dá unidade às práticas destes dias: O que é o Juízo Final?, se vocês me permitem lembrá-los.
E, repetindo a pergunta que fiz a respeito disso nos dois últimos anos, o que isto quer dizer? Isto de sermos o meio e o fim da salvação quer dizer apenas que talvez seja conveniente pensar, refletir, para compreender, reconhecer e aceitar, de uma vez por todas, o fato de que não há nada fora de nós. E isto é tudo aquilo de que a salvação do mundo precisa. Isto é, se o mundo é apenas reflexo daquilo tudo que trazemos no interior de nós mesmos, mudar a percepção que temos dele pode mudá-lo por completo. E num piscar de olhos.
Aceitar a Expiação para mim mesmo, como eu disse também no comentário dos dois anos anteriores, é o que me salva. E quando eu me salvo salvo o mundo junto comigo. Basta que eu tome a decisão de abandonar todo e qualquer julgamento, ou ideia preconcebida, a respeito do mundo e de tudo o que aparentemente há no mundo, para torná-los neutros. Isto me permite reconhecer, como ensinam algumas das primeiras lições, que o valor que o mundo e as coisas do mundo têm é apenas aquele que eu atribuo a um e a outros.
Aceitar, pois, a Expiação [o desfazer do erro] para mim mesmo me leva a compreender que não há nada que eu possa fazer para mudar aquilo que sou em Deus, com Ele. O Ser que é minha Identidade verdadeira porque continuo a ser tal qual Deus me criou. E nada pode mudar isso.
Talvez ajude pensar que, como nos diz Tara Singh em um de seus livros, que leio no momento, "Love Holds No Grievances" [O Amor Não Guarda Nenhuma Mágoa], são as nossas opiniões que bloqueiam a visão de quem a outra pessoa é, de fato. Ele diz também que, "se limitamos a vida apenas às opiniões - o que fazemos -, então não há perdão nela".
Ou ainda: "Que outra liberdade existe a não ser a liberdade de nossas próprias opiniões"? Creio que abandonar todas as opiniões - deixando que cada um seja o que é, e que o mundo inteiro seja o que é -, é que pode fazer, de verdade, que o meio e o fim da salvação sejam um só em nós mesmos.
É para reconhecer isso que praticamos hoje.
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