domingo, 27 de maio de 2012

A melhor defesa é sempre a inocência, não o ataque



LIÇÃO 148

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(135) Se eu me defendo, sou atacado.

(136) A doença é uma defesa contra a verdade.

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COMENTÁRIO:

Este comentário, com algumas modificações muito pequenas é a reprodução quase que integral daqueles que fiz para esta lição em anos passados. Vou copiar inclusive o título, fazendo apenas uma inversão de posição de palavras. E, mais uma vez, não por preguiça, mas porque, em meu modo de ver, continua a ser pertinente com as ideias que praticamos neste momento da revisão. Corrijam-me, por favor, se eu estiver equivocado. Em todo o caso - quando a preguiça bate algumas vezes, fico perguntando a mim mesmo - será que alguém vai lembrar do comentário que já fiz a alguma das lições? Não ficamos nos repetindo o tempo todo? Acho que, por isso, vale a pena dar uma passada de olhos nele novamente.

É a percepção equivocada que temos de nós mesmos e, por consequência, do mundo inteiro e de tudo o que aparentemente existe nele, que nos põe permanentemente na defensiva, pois nos vemos como criaturas frágeis, destinadas a voltar ao pó de onde viemos, por nos identificarmos com um corpo perecível, a forma que percebemos, que está sujeita ao ataque de parte de nós mesmos, de outros de nós mesmos, da passagem do tempo, das condições climáticas e de todas as coisas que povoam o mundo amedrontador que construímos a partir desta percepção distorcida.

O fato de vivermos na defensiva, identificador do julgamento que fazemos de nós mesmos e projetamos em tudo o que vemos, abre espaço para o ataque, melhor dizendo, autoriza a que nos sintamos atacados pelas outras pessoas e por outras coisas vivas, vírus, bactérias, animais, grandes e pequenos, visíveis e invisíveis; e por coisas aparentemente inanimadas, utensílios, plantas, líquidos e alimentos. No momento mesmo em que digito este comentário, estou passando por um processo gripal, que já dura alguns dias.

A primeira ideia que revisamos neste domingo, dia 27 de maio, ensina de forma clara como deslocar o ataque de qualquer coisa aparentemente externa a nós, atribuindo-o à única fonte de onde ele pode surgir: de nossa posição de defesa. Isto contraria aquele pensamento do mundo segundo o qual "a melhor defesa é o ataque", ensinando-nos que não há necessidade de defesas, que não podemos ser atacados por nada nem por ninguém, a não ser por nossa própria percepção equivocada de nós mesmos, que constrói todo este mundo de ilusões em que pensamos habitar. Na verdade, a melhor defesa não é o ataque, é a inocência do olhar amoroso que que não percebe o ataque, porque não cogita a possibilidade de atacar a nada nem a ninguém.

A segunda nos informa a razão pela qual inventamos a doença, que consegue ser, ao mesmo tempo, uma forma de defesa e de ataque. Contra a verdade e contra nós mesmos. Sempre. Por mais que queiramos nos auto-enganar atribuindo uma doença qualquer a alguma coisa exterior a nós, todas as doenças são escolhas que fazemos - claro que as mais das vezes de forma inconsciente - e das quais nos valemos para atacar a verdade, ou para fazê-la calar, quando não queremos aceitar a completa e total responsabilidade por tudo o que nos acontece na vida. Que dirá aceitar a responsabilidade por tudo o que vemos no mundo, isto é, por tudo aquilo que nos chega à consciência?

Pratiquemos, portanto, hoje, para aprender a abandonar tanto a defensiva quanto o ataque, entregando-nos por inteiro à verdade cujo conhecimento, segundo o que disse Jesus, nos libertará.

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