terça-feira, 1 de maio de 2012

Eis aqui a resposta para todas as perguntas



LIÇÃO 122

O perdão oferece tudo o que quero.

1. O que poderias querer que o perdão não pode dar? Queres paz? O perdão a oferece. Queres felicidade, uma mente serena, uma clareza de objetivos e uma sensação de valor e de beleza que transcenda o mundo? Queres atenção e segurança e o calor da proteção garantido para sempre? Queres uma serenidade que não possa ser perturbada, uma bondade que não possa jamais ser ferida, um consolo profundo e duradouro e um descanso tão completo que não possa nunca ser perturbado?

2. O perdão te oferece tudo isto, e mais. Ele brilha nos teus olhos quando despertas e te dá a alegria com a qual enfrentar o dia. Ele conforta tua fronte enquanto dormes e descansa sobre tuas pálpebras para que não tenhas nenhum sonho de medo e de mal, de maldade e de ataque. E, quando despertas novamente, ele te oferece outro dia de felicidade e de paz. O perdão te oferece tudo isto, e mais.

3. O perdão permite que se levante o véu que esconde a face de Cristo daqueles que olham para o mundo com olhos que não perdoam. Ele te permite reconhecer o Filho de Deus e purifica tua memória de todos os pensamentos inúteis para que a lembrança de teu Pai possa surgir no limiar de tua mente. O que haverias de querer que o perdão não pode dar? Que dádiva a não ser estas são dignas de se buscar? Que valor imaginário, que efeito insignificante ou promessa passageira, que nunca será mantida, pode conter mais esperança do que aquilo que o perdão traz?

4. Por que buscarias uma resposta diferente do que a resposta que responderá a tudo? Eis aqui a resposta completa, dada a perguntas imperfeitas, a pedidos sem significado, à pouca disposição para ouvir, a uma aplicação menor do que incompleta e a uma confiança tendenciosa. Eis aqui a resposta! Não a busques mais. Não acharás outra em seu lugar.

5. O plano de Deus para a tua salvação não pode mudar e também não pode falhar. Sê grato por ele continuar a ser exatamente como Ele o planejou. Ele está constantemente diante de ti como uma porta aberta, com um chamado caloroso e acolhedor desde o umbral, convidando-te a entrar e a ficar à vontade aonde é o teu lugar.

6. Eis aqui a resposta! Queres ficar do lado de fora enquanto o Céu inteiro te espera no lado de dentro? Perdoa e sê perdoado. Receberás do mesmo modo que dás. Não há nenhum plano para a salvação do Filho de Deus a não ser este. Vamos nos regozijar hoje por isto ser verdade, pois aqui temos uma resposta, clara e simples, além do engano em sua simplicidade. Todas as complexidades que o mundo tece com teias frágeis desaparecem diante do poder e da autoridade desta afirmação extremamente simples da verdade.

7. Eis aqui a resposta! Não te afastes novamente em perambulações sem objetivo. Aceita a salvação agora. Ela é a dádiva de Deus e não do mundo. O mundo não pode oferecer nenhuma dádiva de qualquer valor a uma mente que recebe como seu aquilo que Deus dá. Deus quer que a salvação seja recebida hoje e que as dificuldades de teus sonhos não escondam mais de ti sua inutilidade.

8. Abre os olhos hoje e olha para um mundo feliz de segurança e de paz. O perdão é o meio pelo qual ele vem tomar o lugar do inferno. Ele se ergue em serenidade para saudar teus olhos abertos e para encher teu coração de profunda tranquilidade enquanto verdade antigas, sempre recém-nascidas, surgem na tua consciência. O que lembrarás, então, não pode ser descrito jamais. Contudo, teu perdão o oferece a ti.

9. Lembrando-nos das dádivas que o perdão oferece, empreendemos nossa prática hoje com esperança e fé que este será o dia em que a salvação será nossa. Nós a buscamos hoje com fervor e alegria, cientes de que trazemos a chave em nossas mãos, aceitando a resposta do Céu para o inferno que fizemos, mas aonde não queremos mais permanecer.

10. Damos um quarto de hora alegremente pela manhã e à noite à busca na qual se garante o fim do inferno. Começa com esperança, pois chegamos a um ponto de mutação no qual a estrada se torna mais fácil. E agora o caminho que ainda temos a percorrer é curto. De fato, estamos perto do final estabelecido para o sonho.

11. Mergulha na felicidade quando começares estes períodos de prática, pois eles oferecem as recompensas infalíveis de perguntas respondidas e daquilo que tua aceitação da resposta traz. Hoje te será dado sentir a paz que o perdão oferece e a alegria que o erguer do véu estende para ti.

12. O mundo se desvanecerá até desaparecer diante da luz que receberás hoje e verás surgir outro mundo que não terás nenhuma palavra para retratar. Agora caminhamos diretamente para a luz e recebemos as dádivas que estão armazenadas para nós desde o início dos tempos à espera do dia de hoje.

13. O perdão oferece tudo o que queres. Hoje todas as coisas que queres te são dadas. Não deixes que tuas dádivas desapareçam ao longo do dia, enquanto voltas mais uma vez para enfrentar um mundo de mudanças passageiras e de tristes aparências. Conserva tuas dádivas com clareza em tua consciência enquanto percebes o imutável no coração do mutável; a luz da verdade atrás das aparências.

14. Não fiques tentado a permitir que tuas dádivas escapem e sejam levadas ao esquecimento, mas mantém-nas em tua mente de forma decidida com tua tentativa de pensar nelas pelo menos durante um minuto à passagem de cada quarto de hora. Lembra-te de quão preciosas são estas dádivas com este lembrete, que tem o poder para mantê-las em tua consciência ao longo do dia:

O perdão oferece tudo o que quero.
Aceito isto como verdadeiro hoje.
Recebo as dádivas de Deus hoje.

*

COMENTÁRIO:

Repetindo o comentário do ano passado, a ideia que praticamos nesta terça-feira, dia 1 de maio, traz consigo mais uma oportunidade para que aprendamos que só o perdão pode nos oferecer tudo o que queremos. Mesmo quando aquela vozinha interna em nós convida a manter o rancor, a cultivar a mágoa e o ressentimento, o perdão ainda vai ser o único meio que poderá nos levar à paz, à alegria e à felicidade. Já aprendemos que por mais doce que nos pareça o sabor da vingança, ela sempre deixará as marcas amargas da infelicidade, da insatisfação e da culpa, que nos roubam a paz de espírito.

Entendendo, como o Curso ensina, que tudo o que vemos fora é apenas uma projeção daquilo que existe dentro de nós, podemos compreender que é só a nós mesmos que precisamos perdoar. Sempre. Não importa o que aparentemente tenha acontecido. Pois já sabemos de nossa responsabilidade em relação a tudo o que acontece.

De acordo com Frederic Luskin, em seu livro O poder do perdão, é possível nos perdoarmos "quando entendemos que, mesmo em relação a nossas próprias ações, não temos total controle. Ninguém é perfeito [na forma, enquanto se acredita separado do divino e dos outros]. Todos cometemos erros. Todos tomamos decisões equivocadas e agimos a partir de informações insatisfatórias [e incompletas, uma vez que não temos nunca como perceber o quadro inteiro em qualquer situação]. Ser humano significa falhar em algumas coisas e fazer [o que aparentemente é o] mal a outras pessoas [mesmo quando a nossa intenção é a melhor]. [Atentemos para o fato de que] A necessidade de ser perfeito é uma regra não-executável. Querer nunca fazer alguém sofrer é uma regra não-executável. Precisar ser bem-sucedido sempre é uma regra não-executável. Ser humano [ ou ter a consciência de que se é humano é exatamente o que] nos permite oferecer o perdão a nós mesmos"...

Ainda a partir do comentário do ano passado, a ideia para as práticas de hoje, mais do que nos oferecer esta nova oportunidade, se oferece como uma maneira prática de experimentarmos um Deus Vivo dando sentido a nossas vidas. Não é preciso nem que recorramos à mente, ou ao intelecto, ou à razão. Basta nos valermos do sentir e do querer a experiência do perdão para incorporá-la em nossos dias.

É possível se obter resultados práticos imediatos e visíveis tão logo nos dediquemos aos exercícios, quer para perdoar a nós mesmos por quaisquer equívocos em nossa mente, quer para oferecer o perdão a quem quer que se apresente em nossa mente aprisionado por uma imagem equivocada que fazemos dele, ou dela, julgando-o, ou a ela, menos digno(a) do que o Filho de Deus.

A lição de hoje, repetindo, traz em si todas as respostas para todas as perguntas. Aquelas que já fizemos, as que queremos fazer ainda e também aquelas a respeito da qual ainda não pensamos. O perdão oferece tudo o que quero. Eis a resposta!

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