sábado, 20 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (1)

REVISÃO I*

Introdução

1. A partir de hoje, teremos uma série de períodos de revisão. Cada um deles abrangerá cinco ideias já apresentadas, começando com a primeira e terminando com a quinquagésima. Haverá alguns comentários curtos depois de cada uma das ideias a respeito dos quais deves refletir em tuas revisões. Nos períodos de prática, os exercícios devem ser feitos da forma indicada a seguir:

2. Começa o dia lendo as cinco ideias e os comentários incluídos. Depois disso não é necessário seguir nenhuma ordem particular para refletir sobre elas, embora cada uma deva ser praticada pelo menos uma vez. Dedica dois minutos ou mais a cada período de prática, pensando a respeito da ideia e dos comentários relativos a ela depois de lê-los. Faze isso com a maior frequência possível durante o dia. Se qualquer uma das ideias te atrair mais do que as outras, concentra-te naquela. Ao final do dia, porém, certifica-te de revisar todas elas mais uma vez.

3. Não é necessário abordar nem de forma literal ou minuciosa os comentários que se seguem a cada ideia nos períodos de prática. Tenta, em vez disso, enfatizar o ponto central e pensa nele como parte de tua revisão da ideia à qual ele se relaciona. Depois de leres a ideia e os comentários relacionados a ela, os exercícios devem ser feitos, se possível, de olhos fechados e quando estiveres sozinho em um lugar tranquilo.

4. Enfatiza-se isto para os períodos de prática em teu estado atual de aprendizado. Contudo, será necessário que aprendas a não precisar de nenhum cenário especial no qual aplicar o que aprendes. Vais necessitar de teu aprendizado principalmente em situações que parecem ser perturbadoras, mais do que naquelas que já parecem ser calmas e tranquilas. O objetivo de teu aprendizado é te capacitar a carregares a serenidade contigo e a curar a aflição e o tumulto. Não se faz isto evitando-os e buscando um refúgio de isolamento para ti mesmo.

5. Tu ainda vais aprender que a paz é parte de ti e só pede que estejas presente para envolver qualquer situação em que te encontrares. E, por fim, aprenderás que não há nenhum limite em relação ao lugar onde te encontras, de modo que tua paz está em todos os lugares do mesmo modo que tu.

6. Vais perceber que, para os objetivos da revisão, algumas das ideias não são dadas exatamente em sua forma original. Usa-as como são dadas aqui. Não é necessário voltar às declarações originais nem aplicar as ideias da forma sugerida então. Agora estamos enfatizando as relações entre as primeiras cinquenta ideias que abordamos e a lógica do sistema de pensamento ao qual elas te conduzem.

LIÇÃO 51

A revisão para o dia de hoje abrange as seguintes ideias:

1. (1) Nada do que vejo significa coisa alguma.

A razão para isto ser verdade é que eu vejo o nada e o nada não tem nenhum significado. É necessário que eu reconheça isto, para eu poder aprender a ver. O que penso ver agora ocupa o lugar da visão. Eu tenho de abandoná-lo percebendo claramente que isto não tem nenhum significado, a fim de que a visão possa assumir seu lugar.

2. (2) Dou ao que vejo todo o significado que tem para mim.

Julgo todas as coisas que vejo, e é isto, e apenas isto, que vejo. Isto não é visão. É simplesmente uma ilusão de realidade, porque meus julgamentos são feitos de modo bem separado da realidade. Estou disposto a reconhecer a falta de legitimidade em meus julgamentos, porque quero ver. Meus julgamentos me ferem e eu não quero ver em consonância com eles.

3. (3) Eu não compreendo nada do que vejo.

Como eu poderia compreender o que vejo se o julgo errado? O que vejo é a projeção de meus próprios erros de pensamento. Não compreendo o que vejo porque o que vejo não é compreensível. Não há sentido em tentar compreendê-lo. Mas existem inúmeras razões para abandonar isto e criar espaço para o que pode ser visto e compreendido e amado. Posso trocar o que vejo agora por isto simplesmente estando disposto a fazê-lo. Esta não é uma escolha melhor do que a que fiz antes?

4. (4) Estes pensamentos não significam coisa alguma.

Os pensamentos de que estou ciente não significam nada, porque estou tentando pensar sem Deus. Aquilo que chamo de "meus" pensamentos não são meus pensamentos verdadeiros. Meus pensamentos verdadeiros são os pensamentos que penso com Deus. Não estou consciente deles porque crio meus pensamentos para tomar o lugar deles. Estou disposto a reconhecer que meus pensamentos não significam nada e a abandoná-los. Escolho tê-los substituídos por aquilo que eles pretendiam substituir. Meus pensamentos são sem significado, mas toda a criação está nos pensamentos que penso com Deus.

5. (5) Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino.

Nunca estou transtornado pela razão que imagino, porque estou constantemente tentando justificar meus pensamentos. Tento constantemente torná-los verdadeiros. Torno todas as coisas minhas inimigas a fim de que minha raiva seja justificada e meus ataques sejam autorizados. Não percebo claramente o quanto uso de modo equivocado todas as coisas que vejo por lhes conferir este papel. Faço isto para defender um sistema de pensamento que me fere e que não quero mais. Estou disposto a abandoná-lo.

* Não pretendo incluir nenhum comentário às lições durante o período de revisões, uma vez que o trabalho que há para se fazer a cada dia já é suficientemente claro e vai exigir bastante de cada um de nós. Queiram, por favor, incluir suas dúvidas, observações, perguntas e comentários no espaço que o blogue destina para tanto. Obrigado.

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