terça-feira, 10 de abril de 2012

Não há como sabermos o que é melhor para nós



LIÇÃO 101

A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

1. Continuaremos, hoje, com o tema da felicidade. Esta é uma ideia fundamental para se compreeder o que a salvação significa. Tu ainda acreditas que ela pede sofrimento como penitência por teus "pecados". Isto não é verdade. No entanto, tens de pensar que é, enquanto acreditares que o pecado é real e que o Filho de Deus pode pecar.

2. Se o pecado for real, então a punição é justa e não se pode escapar dela. Desta forma, não se pode comprar a salvação a não ser pelo sofrimento. Se o pecado for real, então a felicidade tem de ser ilusão, pois ambos não podem ser verdadeiros. Os pecadores só garantem morte e dor e é isto que eles pedem. Pois eles sabem que isto os espera e os buscará e os achará em algum lugar, em algum momento, de alguma forma que saldará a dívida que têm para com Deus. Em seu medo, eles querem escapar d'Ele. E, não obstante, Ele os perseguirá e eles não podem escapar.

3. Se o pecado for real, a salvação tem de ser dor. A dor é o custo do pecado e não se pode jamais escapar do sofrimento, se o pecado for real. A salvação tem de ser temida, pois ela matará, ainda que lentamente, e levará tudo embora antes de conceder o benefício agradável de morte a vítimas que são pouco mais do que ossos antes que a salvação fique saciada. Sua ira é ilimitada, impiedosa, mas inteiramente justa.

4. Quem buscaria punição tão cruel? Quem não fugiria da salvação e não tentaria abafar a Voz que a oferece de todas as formas que pudesse? Por que alguém tentaria aceitar Sua oferta? Se o pecado for real, sua oferta é a morte, e distribuída de maneira cruel para corresponder aos desejos perversos dos quais o pecado nasceu. Se o pecado for real, a salvação se transforma em teu inimigo implacável, a maldição de Deus sobre ti, que crucificas o Filho d'Ele.

5. Tu precisas dos períodos de prática hoje. Os exercícios ensinam que o pecado não é real e que tudo o que acreditas que tem de vir do pecado nunca acontecerá, porque não tem nenhuma causa. Aceita a Expiação com uma mente aberta, que não acalenta nenhuma crença duradoura de que transformaste o Filho de Deus em um demônio. O pecado não existe. Praticamos com este pensamento tantas vezes quanto pudermos hoje, porque ele é a base para a ideia de hoje.

6. A Vontade de Deus para ti é a felicidade perfeita porque o pecado não existe, e o sofrimento é infundado. A alegria é justa e a dor é apenas um sinal de que te interpretas mal. Não temas a Vontade de Deus. Mas volta-te para ela confiante de que ela te libertará de todas as consequências que o pecado forjou com imaginação febril. Dize:

A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.
O pecado não existe; não tem nenhuma consequência.

Deves começar assim teus períodos de prática e tentar, em seguida, mais uma vez, achar a alegria que estes pensamentos trarão a tua mente.

7. Dá estes cinco minutos alegremente para retirar a carga pesada que depositaste sobre ti mesmo com a crença insana de que o pecado é real. Escapa da loucura hoje. Tu estás na estrada da liberdade e agora a ideia de hoje traz asas para acelerar teu avanço, e esperança para ires ainda mais depressa em direção à meta esperada da paz. O pecado não existe. Lembra-te disto hoje e dize a ti mesmo sempre que puderes:

A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.
Esta é a verdade porque o pecado não existe.

*

COMENTÁRIO:

Nesta terça-feira,  dia 10 de abril, lembremo-nos mais uma vez de que "todas as coisas cooperam para o bem". Vamos praticar uma ideia que pode nos fazer comprovar que não sabemos nada, principalmente se ainda somos daqueles ou daquelas que acreditam que cabe a cada um de nós uma parcela de sofrimento e dor, como parte do aprendizado do mundo, que nos ensina ser preciso muito esforço para se alcançar a felicidade. Será?


O Curso tem um capítulo em que diz não ser preciso fazer nada. Não no sentido de que podemos cruzar os braços e deitar em uma rede vendo a vida passar, mas no sentido de que, uma vez que não sabemos o que é melhor para nós e que não há como sermos capazes de julgar absolutamente nada do que aparentemente acontece, tudo o que precisamos é aprender a entregar ao espírito divino em nós, aceitando o que quer que se apresente. Entendendo que não existe bem nem mal, tudo o que acontecer vai fazer parte da experiência, se aceito, acolhido e bem recebido, por ser aquilo a que as escolhas que fizemos nos levaram a experimentar.

Lembremo-nos ainda de que a ideia que praticamos hoje é a expressão de nossa vontade verdadeira, que é a mesma de Deus. Se pararmos para pensar e refletir profundamente acerca da ideia que o Curso oferece para as práticas deste dia, não há como não chegar à conclusão de que verdadeiramente não temos nem meios nem instrumentos para classificar, sem incorrer em julgamento, nada do que nos acontece, nem nada do que acontece no mundo.

Conforme o comentário feito no passado, uma vez revelada a Vontade de Deus para cada um e para todos nós, pela ideia desta lição, podemos nos tranquilizar, na certeza de que "não há nada a temer". Tudo o que podemos fazer é entregar e esperar, praticando para chegar à cura de nossa percepção equivocada, pois, mais dia menos dia, há se revelar a nós que a própria busca é desnecessária, uma vez que, como o Curso ensina, já "somos aquilo que buscamos".

Às práticas, pois.

2 comentários:

  1. Bom dia Moisés!
    A palavra chave para mim no curso de ontem foi DECISÃO. A palavra hoje é: A minha decisão de entregar ao Espírito Divino em mim, aceitando o que quer que se apresente. Obrigada, Isolda.

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  2. Maravilha, Isolda. Parabéns.

    Acho que, em geral, as coisas parecem nos acontecer porque ainda não aprendemos que podemos escolher de forma diferente. Ainda não nos apercebemos de que fazemos as escolhas de modo inconsciente.

    Uma vez que temos medo de nos aproximarmos do inconsciente, porque achamos que o desconhecido que vamos encontrar lá pode nos ferir e magoar, quem sabe até matar, nós nos deixamos levar pela vida sem saber como fazer para nos tornarmos a manifestação do divino em nós.

    É por isso que acreditamos no ego, o falso eu, que construímos à medida que aparentemente vamos passando pela vida, que, na verdade deixamos passar por nós, por medo de nos envolvermos, por medo de nos entregarmos, por medo de revelarmos o "pior" de nós. Aquilo que não queremos aceitar em nós como parte do pacote que recebemos ao nascer neste mundo, nesta forma.

    Esquecemo-nos, ou ainda não aprendemos a lembrar, de que não há nada fora de nós e que o mundo que vemos e as experiências por que passamos são escolhas que fizemos/fazemos. Podemos fazê-las de modo consciente. Basta tomarmos a decisão. Isto é, basta que sejamos corajosos os suficiente para "estabelecer a meta" da verdade, que é o que nos libertará.

    Parabéns por sua decisão.

    Obrigado por compartilhar.

    Beijos.

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