quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Se eu fosse eu, o mundo seria o que é?

LIÇÃO 244

Eu não corro perigo em nenhum lugar do mundo.

1. Teu Filho está seguro em qualquer lugar que esteja, porque Tu estás lá com ele. Ele só precisa chamar Teu Nome e se lembrará de sua segurança e de Teu Amor, pois são uma coisa só. Como ele pode ter medo ou duvidar ou deixar de saber que não pode sofrer, ficar em perigo ou experimentar a infelicidade, quanto pertence a Ti, amado e amoroso, na segurança de Teu abraço Paterno?

2. E, na verdade, é aí que estamos. Nenhuma tempestade pode alcançar o abrigo bendido de nosso lar. Estamos seguros em Deus. Pois o que pode vir a ameaçar o Próprio Deus ou amedrontar aquilo que será uma parte d'Ele para sempre?

*

COMENTÁRIO:

A ideia para as práticas de hoje, quinta-feira, 1º de setembro, complementa e expande a ideia que utilizamos no sábado: O medo não se justifica de nenhuma forma [lição 240]. Ela nos convida a darmos um mergulho no interior de nós mesmos para buscar trazer à tona aquilo que ainda nos assusta, aquilo que, por alguma razão, reprimimos e que, agora, nos impede de viver a liberdade, a alegria e a paz completas que Deus quer para nós.

É preciso que nos conscientizemos de que mesmo aí, no ponto mais profundo de nossas mentes, não corremos perigo. Não há nada em nós mesmos e em nenhum lugar do mundo que ofereça riscos àquilo que somos em Deus, com Ele. E só podemos ser n'Ele, com Ele. Pois fora d'Ele não há nada. Assim como não há nada fora de nós, conforme o Curso nos ensina.

Nem mesmo este mundo em que aparentemente vivemos, e que se apresenta, por vezes, tão cheio de riscos, tão imperfeito e caótico, pode oferecer nenhum perigo, pois ele não passa de sonho. Um sonho que sonhamos, pensando estar acordados, diferente daquele que sonhamos quando estamos dormindo, mas, de qualquer modo um sonho. Ou há alguém que acredite que alguma coisa daquilo que lhe mostra sua percepção é duradoura e vai se estender até a eternidade?

Se pusermos um pouco de nossa atenção naquilo que pensamos, vamos perceber que não temos medo de nada daquilo que acontece em nossos sonhos dormindo, mesmo quando o que acontece se apresenta de forma terrível e assustadora. E por que não temos medo, então? Simplesmente porque, em algum ponto de nós, sabemos que tudo o que estamos vivendo faz parte de um sonho e que logo vamos acordar em nosso quarto, em nossa cama, seguros e protegidos.

Porém, pondo ainda mais atenção a nossos pensamentos, que se multiplicam de forma vertiginosa a todo momento, mudando e mudando, e mudando... Passando de um ponto a outro, de um assunto a outro, de uma questão a outra, de uma pessoa a outra, de uma visão a outra, de um modo de perceber a outro. Detendo-se, às vezes, em um julgamento de nós mesmos que nos deprime e nos afasta da alegria. Tira a nossa paz. Para, em seguida, alegrar-se com uma bobagem qualquer, com uma piada qualquer, com um dito espirituoso de alguém.

Lembram-se da crônica de Clarice Lispector de que falei algumas vezes já aqui? "Se eu fosse eu..." É para se pensar, será que se eu fosse eu, o mundo seria o que é? [Para quem não conhece a crônica, ela está no seguinte endereço: http://cirandadeestorias.blogspot.com/ e foi publicada em 25 de maio de 2009.]

Às práticas, pois. Para descobrir!

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