terça-feira, 24 de abril de 2018

Na alegria, na felicidade e só está o natural em nós


LIÇÃO 114

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (97) Eu sou espírito.

Eu sou o Filho de Deus. Nenhum corpo pode conter
meu espírito nem impor sobre mim uma limitação
que Deus não criou.

2. (98) Vou aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação.

O que pode ser minha função exceto aceitar a Palavra de
Deus, Que me criou para o que sou e serei para sempre?

3. Para a hora:
Eu sou espírito.

Para a meia hora:
Vou aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 114

As ideias da revisão hoje são uma nova oportunidade para que nos lembremos de tudo aquilo que precisamos aprender [ou lembrar], para sermos capazes de reconhecer e aceitar o que somos na verdade [espírito, em unidade com o divino] e o papel que cabe a cada um neste mundo [aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação].

Não nos deixemos enganar pelo uso que o ego faz da mente, buscando nos limitar com a crença de que somos apenas corpos e de que estamos destinados aos limites que a separação nos impõe. O que ele tenta fazer é que acreditemos ser só um corpo perecível, frágil, destinado a voltar ao pó de onde aparentemente vieram todos os corpos. 

O que somos não pode ser contido ou limitado por um corpo, por uma forma. E, certamente, não foi do pó que viemos, mas da luz. É o espírito de luz que nos anima e modifica o pó e lhe dá sentido. A luz é nosso destino, o lugar de onde nunca saímos.

É isto que revisamos e praticamos com as ideias de hoje. Ao nos aceitarmos como espírito - e espírito de luz -, e não corpo, não podemos fazer nada a não ser aceitar o papel que nos cabe no plano de Deus para a salvação. E são só o reconhecimento e a aceitação disso que podem nos devolver à alegria e à felicidade, que mostram o que é natural em nós, em nossa condição de Filhos de Deus e espelham a Vontade d'Ele para todos e cada um de nós.

Às práticas?


*

ADENDO:

Jornada num tempo sem tempo (ou viagem de volta no tempo?)

2017. Abril, dia 24: De Navarrete a Azofra (24 km)

Em Navarrete também se desperta cedo. Por volta das seis horas da manhã. Depois de tudo preparado, perto de uma hora depois, saio.

O caminho em direção a Nájera, que está a cerca de dezoito quilômetros, se faz subindo durante os primeiros quase dez quilômetros. De uma altitude de pouco mais de 400 metros até o Alto de Santo Antón, a 715 metros. Desce-se em seguida, nos quase dez quilômetros restantes, até os 490 metros de Nájera.

O primeiro ponto de parada, em Ventosa, é já bem perto do ponto mais alto. Num dos bares do lugar, peço um "sumo de naranja", um café e como meio "bocadillo de jamón y queso" que trazia comigo desde Sansol.

O caminho até Nàjera é tão tranquilo que quase chega a ser monótono, quilômetros e mais quilômetros, ora por estrada de terra, ora por uma espécie de caminho de asfalto ou de concreto, passando por plantações de uva, oliveiras, feno e por alguns agricultores com suas máquinas agrícolas em alguns pontos cuidando de suas plantações ou preparando a terra para novos cultivos.

Chego em Nájera às onze horas. Quatro horas de caminhada para cobrir os dezoito quilômetros. Uma média que não está nada mal, considerando uma parada de cerca de meia hora e o estado de meus pés.

Nájera é uma cidade pequena  e encantadora. Para ir-se ao centro e para ir adiante no caminho, passa-se por sobre a ponte sobre o rio Najerilla. Uma ponte antiga, com as grades de proteção de ferro. Linda.

Vejam a foto:



Segue-se daí por uma elevação que vai levar para fora da cidade. E tome mais quilômetros de estrada de terra e pedra e plantações de uva, oliveiras e feno.

Chego cedo em Azofra: uma hora da tarde. Um lugarejo bastante simpático. Estou cansado. Nos últimos dois ou três quilômetros minha perna esquerda começou a dar mostras de fadiga - a panturrilha. Creio que por conta das bolhas no pé esquerdo, o caminhar força um pouco mais. Mas cheguei bem.

O albergue em que faço meu registro é um dos melhores que encontrei até agora, desde Roncesvalles. As camas são divididas, duas em duas, em compartimentos meio que privativos. Não há beliches, o que é por si só muito bom. A cama que me foi designada fica no mesmo compartimento ocupado por Alexandre, que tem sido companhia mais ou menos constante nos últimos trechos. Assim como Tina e Márcio que também pararam aqui.

Após a chegada e um banho meio complicado por causa daquelas duchas que são rentes às paredes e cuja temperatura não se pode regular, saímos para almoçar no Bar Sevilha, na rua central da cidade, que fica bem perto do albergue. O menu do peregrino: primeiros pratos, segundos pratos e postre (sobremesa) por dez euros, com direito a vinho e/ou água.

Almoça-se e janta-se ao mesmo tempo dado o horário. Como muito bem. Uma salada mista com atum e ovo cozido, um bife de ternera com fritas e "cuajada con miel".

De volta ao albergue, lavo roupas, ponho para secar, e ainda há sol e tempo suficiente para aproveitar a piscina para os pés - um tanque de água fria -, para relaxá-los e deixá-los prontos. Somos vários peregrinos e peregrinas em volta da piscina com os pés mergulhados na água. O máximo.

Aí, é só esperar um tempinho, tratar dos pés e ir para a cama. Há que descansar para poder encarar o que mais uma etapa nos reserva para amanhã.


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