segunda-feira, 23 de abril de 2018

E só mesmo com a salvação que temos compromisso


LIÇÃO 113

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (95) Eu sou um Ser único unido ao meu Criador.

A serenidade e a paz perfeitas são minhas agora,
porque sou um Ser único, completamente íntegro,
em unidade com toda a criação e com Deus.

2. (96) A salvação vem de meu Ser único.

De meu Ser único, Cujo conhecimento ainda permanece
em minha mente, vejo o plano perfeito de Deus para a
minha salvação realizado de forma completa.

3. Para a hora:
Eu sou um Ser único unido ao meu Criador.

Para a meia hora:
A salvação vem de meu Ser único.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 113

Continuemos as práticas de revisão das lições, entregando-nos ao espírito e abrindo-nos, mais uma vez, para ouvir a Voz que fala por Deus no interior de nós mesmos.

Estamos revisando cada uma das vinte ideias das práticas recentes para reforçar o aprendizado acerca de nós mesmos, do que somos, na verdade, e para tomarmos consciência de nossa unidade com Deus, nosso Criador. Isto é, para termos bem claro que a 'separação' de cuja veracidade o ego tenta nos convencer nunca existiu.

Sabemos, assim, que é no reconhecimento e na aceitação da unidade com tudo e com todos e no abandono da crença em uma separação que nunca existiu, não existe e não existirá jamais, que podemos compreender o plano de Deus para a salvação e assumir o compromisso de cumprir nosso papel, sem o qual a salvação não pode se realizar.

É para isso que o Curso nos oferece as práticas e as revisões das ideias a cada passo. Pois é essencial, para que a salvação se realize, que reconheçamos nosso Ser único, unido ao Criador e à criação toda. É essencial que tenhamos em mente que nosso compromisso dever ser para com nossa salvação, que é, por consequência, a salvação do mundo.

Pratiquemos, pois, a salvação, em primeiro lugar para nós mesmos. E ela há de vir, de nós, para nós mesmos e para o mundo inteiro. 

Às práticas?

*

ADENDO:

Jornada num tempo sem tempo (ou viagem de volta no tempo?)

2017. Abril, dia 23: De Viana a Navarrete (22,5 km)

Saio de Viana perto das oito horas rumo a Logroño. Uma caminhada tranquila, apesar das bolhas nos pés.

Duas horas depois já estou na entra de Logroño: dez quilômetros percorridos. Já quase na chegada, encontro Bart, um holandês que está, pela primeira vez, fazendo o Caminho Francês, sozinho. A mulher dele já fez o Caminho Português e, até onde entendo do inglês que ele fala, os dois fizeram juntos, há alguns anos, o Caminho Primitivo.

Ele tem tempo para percorrer todo o Caminho, uma vez que só vai voltar à Holanda na primeira semana de julho.

Separamo-nos depois de termos buscado folhetos, mapas e roteiro das atividades e da programação em Logroño, no centro de atendimento ao turista e aos peregrinos na entrada da cidade, sobre a ponte que parece um cartão postal ao se chegar. 

Eis aí uma foto dela, que publiquei também há um ano, no instagram e no facebook:



Logroño é uma cidade grande e muito bonita. Acolhe o peregrino de braços aberto. Há que se dizer que a peregrinação é uma fonte de renda inestimável para todos os lugares que acolhem e acomodam as pessoas ao longo do caminho. E não são poucos os lugares.

Mas, como eu dizia, Logroño acolhe muito bem o peregrino e prepara com todo cuidado o caminho para que ele continue em frente. A sensação, porém, por contraditória que pareça é a de que a cidade não quer que os peregrinos se vão.

Tomo um café da manhã maravilhoso, apesar do horário - já passa das dez horas -, no Café Royal, no centro. Um suco de laranja, um café grande - americano como dizem os espanhóis ao longo de todo o caminho - com um pedaço/fatia de "tortilla de bacalao" deliciosa.

Saio do café em direção à saída da cidade, que se dá atravessando um parque fantástico, enorme, a que acorrem centenas de pessoas com seus filhos, seus animais de estimação. Famílias inteiras, a pé ou de bicicleta. Um parque que parece ser interminável, de onde a sensação a que me referi antes.

E, conforme tinha me avisado Juan, um peregrino de Barcelona, ontem, muitas pessoas estão no parque preparando o "barbacoa". O cheiro de churrasco nos espaços disponíveis do parque para tal é uma tentação.

Daí, finda a passagem pelo parque, creio que se chama Parque de la Grajera, passa-se por um antiguo  hospital de peregrinos e, depois de mais ou menos três horas de caminhada, chegamos a Navarrete, outra cidade linda nesta região da Espanha.

Digo chegamos porque perto da chegada encontro Tina e Márcio, o casal de baianos com quem tinha saído de Saint Jean, e andamos juntos os últimos mil e poucos metros que nos separam da cidade. Aliás, como não poderia deixar de ser, mil metros de uma subida que judia do peregrino depois de tanto tempo caminhando.

Registramo-nos no Albergue de Peregrinos. O pior banho por enquanto e a pior cama/colchão até aqui. Tudo pela módica quantia de sete euros.

Almoço sozinho num bar das adjacências. Tina e Márcio, que tinham ido almoçar no melhor restaurante da cidade, de acordo com um morador que nos tinha indicado o caminho para o albergue, chegam de volta.

À tardinha, vamos todos ao bar em que almocei e que oferece, a partir das 19:30 horas, o Menu do Peregrino, como reza a tradição "primer plato", segundo prato y postre, con vino y água à vontade, por quinze euros.

Encontramos lá Alexandre, o gaúcho, que faz a caminhada mais ou menos no mesmo ritmo dos baianos, mas que sempre chega na frente. Ele também quer jantar. Jantamos todos juntos.

Aí, já é hora de voltar ao albergue e descansar para a jornada que amanhã vamos ter pela frente. A ideia é ir a Nájera e, depois, seguir até Azofra. Vinte e quatro quilômetros ao todo.


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