sábado, 21 de abril de 2018

E hora de revisar e de olhar para o divino interior


REVISÃO III

Introdução

1. Nossa próxima revisão começa hoje. Vamos revisar duas lições recentes a cada dia durante dez dias sucessivos de prática. Respeitaremos um formato especial para estes períodos de prática, ao qual recomenda-se com insistência que sigas tão fielmente quanto possível.

2. Compreendemos, é claro, que pode ser impossível para ti empreender o que se sugere aqui como o mais favorável a cada dia e a cada hora do dia. O aprendizado não será prejudicado quando perderes um perído de prática por ser impossível no momento estabelecido. Tampouco é necessário que faças esforços excessivos para te certificares de que estás acompanhando em termos de números. Rituais não são nosso objetivo e frustrariam nossa meta.

3. Mas o aprendizado será dificultado se pulares um período de prática por estares sem vontade de dedicar a ele o tempo que se pede que dês. Não te enganes a este respeito. A má vontade pode ser escondida de forma muito cuidadosa por trás de um disfarce feito de situações que não podes controlar. Aprende a distinguir as situações pouco favoráveis a tua prática daquelas que estabeleces para sustentar um disfarce para tua má vontade.

4. Os períodos de prática que perdeste porque não quiseste fazê-los, seja qual for a razão, devem ser feitos assim que mudares teu modo de pensar acerca de teu objetivo. Só terás má vontade para cooperar na prática da salvação se ela atrapalhar metas que valorizas mais. Quando retiras o valor dado a elas, deixas que teus períodos de prática sejam substitutos para tuas ladainhas a elas. Elas não te dão nada. Mas tua prática pode te oferecer tudo. E, por isto, aceita o que ela te oferece e fica em paz.

5. O formato que deves usar para esta revisão é este: dedica cinco minutos, ou mais se preferires, duas vezes por dia, para refletir acerca dos pensamentos indicados. Lê as ideias e os comentários escritos abaixo para o exercício de cada dia. E, em seguida, começa a pensar a respeito deles, enquanto permites que tua mente os relacione a tuas necessidades, a teus problemas aparentes e a todas as tuas preocupações.

6. Coloca as ideias em tua mente e deixa que ela as use da forma que escolher. Confia que ela as usará com sabedoria e que será ajudada em suas decisões por Aquele Que te deu os pensamentos. Em que podes confiar a não ser naquilo que está em tua mente? Acredita, nestas revisões, que o meio que o Espírito Santo utiliza não falhará. A sabedoria de tua mente virá em teu auxílio. Orienta-a no início; em seguida, descansa em uma fé silenciosa e deixa que a mente empregue os pensamentos que lhe deste, uma vez que eles te foram dados para que ela os use.

7. Eles te foram dados em total confiança; com certeza absoluta de que os usarias bem; com fé total que perceberias suas mensagens e as usarias para ti mesmo. Oferece-as a tua mente com a mesma confiança e certeza e fé. Ela não falhará. É ela o meio escolhido pelo Espírito Santo para a tua salvação. Já que ela tem a confiança d'Ele, o meio que Ele escolheu tem certamente que merecer a tua.

8. Chamamos a atenção para os benefícios que terás se dedicares os primeiros cinco minutos do dia a tuas revisões e se também deres os últimos cinco minutos de tua vigília a elas. Se isto não for possível, tenta ao menos dividi-los de forma a empreenderes uma pela manhã e a outra durante a última hora antes de ires dormir.

9. Os exercícios a serem feitos ao longo do dia são igualmente importantes e talvez até mesmo de maior valor. Estás inclinado a praticar somente nos horários indicados e depois seguir teu caminho na direção de outras coisas, sem aplicar o que aprendeste a elas. Como consequência, recebes pouco reforço e não dás a teu aprendizado uma chance justa de provar quão grandes são suas dádivas potenciais para ti. Eis aqui outra chance de usá-lo bem.

10. Nestas revisões, ressaltamos a necessidade de permitires que teu aprendizado não fique à toa entre teus períodos de prática mais longos. Tenta fazer uma breve, mas séria, revisão de tuas duas ideias diárias a cada hora. Usa uma delas na hora cheia e a outra meia hora depois. Não precisas dar mais do que apenas um momento a cada uma. Repete-a e permite que tua mente descanse um pouquinho em silêncio e em paz. Em seguida, volta-te para outras coisas, mas tenta conservar o pensamento contigo e deixa que ele sirva também para te ajudar a manter tua paz ao longo do dia.

11. Se fores perturbado, pensa nele novamente. Estes períodos de prática são planejados para te ajudar a criar o hábito de aplicar o que aprendes a cada dia a tudo o que fizeres. Não repitas o pensamento para deixá-lo de lado. Sua utilidade para ti não tem limites. E ele se destina a te servir de todas as maneiras, em todos os momentos e lugares, e sempre que precisares de qualquer tipo de ajuda. Tenta, então, levá-lo contigo nos afazeres do dia para torná-lo sagrado, digno do Filho de Deus, agradável para Deus e para teu Ser.

12. As tarefas da revisão de cada dia se concluirão com uma reafirmação do pensamento a ser usado em cada hora e também daquele a se aplicar a cada meia hora. Não os esqueças. Esta segunda chance com cada uma destas ideias trará avanços tão grandes que sairemos destas revisões com benefícios tão grandes que iremos adiante em terreno mais firme, com passos mais decididos e fé mais forte.

13. Não te esqueças quão pouco aprendes.
Não te esqueças o quanto podes aprender agora.
Não te esqueças da necessidade que teu Pai tem de ti,
Enquanto revisas estes pensamentos que Ele te deu.

*

LIÇÃO 111

Para a revisão pela manhã e à noite:

1. (91) Vê-se milagres na luz.

Eu não posso ver no escuro. Deixa que a luz da santidade
ilumine minha mente e me permita ver a inocência interior.


2. (92) Vê-se milagres na luz, e luz e força são a mesma coisa.

Eu vejo por meio da força, a dádiva de Deus para mim.
Minha fraqueza é a escuridão que a dádiva d'Ele dissipa,
dando-me Sua força para tomar o lugar dela.


3. Para a hora:
Vê-se milagres na luz.

Para a meia hora:
Vê-se milagres na luz, e luz e força são a mesma coisa. 



*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 111

Com as últimas vinte lições (da 91 à 110), que praticamos até ontem, cobrimos, mais uma vez, uma nova etapa de nosso aprendizado. É tempo, portanto, de começarmos outro período de revisão. De novo. 

Uma vez que são bastante claras e explícitas as instruções para as práticas de cada uma das próximas dez lições, a partir das quais vamos rever e praticar de modo um tanto diferente do anterior os vinte exercícios e ideias que vimos por último, neste ano em curso, ainda não vou fazer nenhum longo comentário com o fim de explorar uma a uma estas dez novas lições como temos feito desde o início das práticas nos dois últimos anos.

Em vez disso, dou-lhes, mais uma vez, assim espero, liberdade para que as explorem por si mesmos/mesmas, na expectativa, quase certeza de que, ao se voltarem para o divino no interior de si mesmos/mesmas, cada um(a) de vocês vai aceitar o desafio, ou desafios, que cada uma das lições traz mais uma vez, e também vai experimentar o milagre, ou milagres, que certamente vão se apresentar para todos(as) os(as) que praticarem com honestidade, oferecendo a Deus o melhor de si, para receber também o melhor. Voltemo-nos, pois, para o divino interior a partir das práticas.

Caso algum de vocês julgue necessário, pode sempre recorrer às lições e aos comentários publicados antes para cada uma delas, quando se apresentou pela primeira vez. E, por favor, fiquem também à vontade para manifestar suas impressões e/ou experiências com as práticas sempre que julgarem necessário. Podemos trocar ideias a respeito sempre que quiserem ao longo desta revisão.

Assim mais uma vez desejo boas práticas e boa revisão a todos/todas. 

Às práticas?

*

ADENDO: 

Jornada num tempo sem tempo (ou viagem de volta no tempo?)

2017. Abril, dia 21: De Cirauqui a Villamayor de Monjardin (24 km)

Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar.
Antonio Machado poeta espanhol.

E entramos no sexto dia da caminhada. 

Após o café da manhã, organizada toda a mochila de novo, tomei novamente a estrada.

O destino, quer dizer a próxima parada sugerida pelos guias do Caminho, é LIzarra/Estella. Mas isso para quem começou sua caminhada de hoje em Puente la Reina. No meu caso, tendo adiantado quase oito quilômetros, decidi seguir adiante, prevendo parar em Villamayor de Monjardin, cerca de dez quilômetros depois de Lizarra.

Ao sair de Cirauqui, o primeiro ponto de parada, para um café, água ou alguma coisa para comer, ou para usar o banheiro, é Lorca, a cerca de seis quilômetros, cuja atração é uma ponte medieval. Parei lá apenas para comprar umas pastilhas para a garganta que está me incomodando há já bem uns dois dias. Creio que por conta da baixa umidade do ar. Também tirei algumas fotos.

Esta é a ponte.




Depois, passa-se por Villatuerta, mais cinco quilômetros e, antes de se chegar a Lizarra/Estella, desviando um pouco do caminho, está o que mapa identifica como a Ermita de San Miguel, para mim, uma igreja abandonada sem nada que indicasse o santo a que fora devotads, cercada por oliveiras. Algumas muito antigas. Parei lá para beber água, descansar da mochila e tirar algumas fotos.

Lizarra/Estella é um espetáculo à parte. Uma cidade grande com arquitetura antiga, mas com um centro que oferece todas as facilidades da vida moderna. Lembra muito aquelas cidadezinhas medievais com um grande número de igrejas e prédios dos séculos XII, XIII.

Saindo de Estella, a dois quilômetros de distância, está Ayegui, um ponto que marca os primeiros cem quilômetros do Caminho. Seguem-se o Monastério de Irache, que tem um Hospital dos Peregrinos e uma fonte das Bodegas de Irache, na qual se pode provar o vinho produzido lá. Só na fonte! Há um aviso que diz não ser permitido levar o vinho da fonte. Para tanto é preciso comprar e pagar.

Villamayor de Monjardin, que escolhi como ponto de parada do dia, está a uma altitude de 625 metros, duzentos acima de Lizarra, passando ainda por Azqueta. Uma subida e tanto para quem já está cansado pela quantidade de quilômetros percorrida.

Encontro os italianos, pai e filho, em Azqueta. Ele dizem ter a intenção de ir até Los Arcos. Mas de Azqueta até lá são mais quinze quilômetros. É cedo ainda, mas não me arrisquei. Meus pés, minhas pernas e meu corpo inteiro pedem descanso.

Aqui estou, pois, em Villamayor de Monjardin, um lugarzinho porreta. O albergue é muito bom. Foi possível lavar toda a roupa do dia, pois ainda há sol suficiente para secar tudo até amanhã de manhã.

Janto num bar nas proximidades do albergue, passeio um pouco pelas redondezas e vou deitar.

Este foi o sexto dia. E amanhã tem mais.


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