sábado, 23 de julho de 2011

Para construir uma experiência de mundo diferente


LIÇÃO 204

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (184) O Nome de Deus é minha herança.

O Nome de Deus me lembra de que sou Seu Filho, não escravo do tempo, livre das leis que governam o mundo de ilusões doentias, livre em Deus, um com Ele para todo o sempre.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.


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COMENTÁRIO:

Neste sábado, dia 23 de julho, a ideia que vamos praticar nos revela a verdadeira herança a que temos direito na condição de filhos de Deus. Ela complementa e estende a ideia que praticamos ontem. Repetindo, então, o que já disse antes, gostaria de lembrá-los, mais uma vez, de que, assim como herdamos, de nossa família terrena, um nome que é o que nos acompanha desde nosso nascimento até o fim de nossa existência na forma humana, o fato de sermos Filhos de Deus também nos dá o direito de carregar o Nome d'Ele, até mesmo durante o tempo em permanecemos em contato com o corpo que nos serve de veículo neste mundo.

Gostaria também de aproveitar o comentário e a questão posta pelo nosso colega Jorge Leite na lição de dois dias atrás, para dizer que, de fato, quando nos decidimos a voltar nossa vida "completamente para Deus", podemos ter a impressão de que alguns dos relacionamentos centrados na busca da satisfação no mundo, que mantemos, acabam. Algumas das pessoas que conhecemos se afastam e aparentemente mostram uma espécie de não-reconhecimento, quando não um tipo de rejeição àquilo que passamos a representar, quando resolvemos aceitar nosso papel no plano de Deus para a salvação do mundo.

Jorge, uma das lições que praticamos diz que "só o plano de Deus para a salvação funcionará". Quando reconhecemos isso, entendendo o fato de que, como também diz Keating, "somente a experiência de Deus pode colocar em perspectiva todas as outras formas de prazer ou as promessas de felicidade que várias criaturas nos proporcionam". O que o Curso nos pede para fazer não é abandonar o mundo ou as coisas e pessoas e criaturas do mundo. O que ele nos pede é que olhemos para o mundo de modo diferente, que olhemos primeiro para nós mesmos para encontrar as dádivas que recebemos, a fim de que sejamos capazes de oferecê-las, da mesma forma que Deus as oferece a todos e a cada um de nós.

Há ainda um texto que já mencionei outras vezes, intitulado "Estabelecer a meta", na página 388, para quem tem o livro, que fala claramente da necessidade de tomarmos a decisão de viver para a verdade, aceitando e reconhecendo a Vontade de Deus de alegria e paz completas para nós como nossa própria vontade. Se estabelecemos a verdade como meta, toda e qualquer situação que se apresentar vai ser vivenciada como significativa para nos levar na direção dela.

O que eu acho que posso dizer é que quando escolhemos de verdade voltar "nossas vidas completamente para Deus", vamos ser capazes, a partir da fidelidade às práticas diárias, de perceber que tudo e todos a nossa volta são manifestações do mesmo divino que nos define. Vamos finalmente aprender que a separação nunca existiu, não existe e não poderá jamais existir. É isso que vai nos permitir construir uma experiência de mundo diferente. Uma experiência que não exclui nada, mas, ao contrário, inclui tudo.

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