sexta-feira, 8 de julho de 2011

A sintonia com o divino elimina todo o conflito

LIÇÃO 189

Sinto o Amor de Deus em mim agora.

1. Há uma luz em ti que o mundo não pode perceber. E com os olhos dele tu não verás esta luz, pois estás cego pelo mundo. No entanto, tens olhos para vê-la. Ela existe para que a vejas. Ela não foi posta em ti para ser mantida oculta de tua vista. Esta luz é um reflexo do pensamento que praticamos agora. Sentir o Amor de Deus em ti é ver o mundo de maneira nova, brilhando em inocência, vivo em esperança e abençoado com perfeita pureza e amor.

2. Quem poderia sentir medo em um mundo tal como este? Ele te acolhe, alegra-se porque vieste e canta teus louvores enquanto te mantêm a salvo de toda forma de perigo e de dor. Ele te oferece um lar aconchegante e benigno onde passar algum tempo. Ele te abençoa ao longo de todo o dia e vigia durante a noite qual guardião silencioso de teu sono sagrado. Ele vê a salvação em ti e protege a luz em ti, na qual vê sua própria luz. Ele te oferece suas flores e sua neve, em agradecimento por tua benevolência.

3. Este é o mundo que o Amor de Deus revela. Ele é tão diferente do mundo que vês pelos olhos sombrios de malícia e de medo que um prova que o outro é falso. Só um pode ser absolutamente verdadeiro. O outro é totalmente sem significado. Um mundo no qual o perdão brilha sobre todos as coisas e a paz oferece sua luz bondosa a todos é inconcebível para aqueles que veem um mundo de ódio que surge do ataque, pronto para vingar, assassinar e destruir.

4. Porém, o mundo de ódio é igulamente invisível e inconcebível para aqueles que sentem o Amor de Deus em si. O mundo deles reflete a tranquilidade e a paz que brilha neles; a bondade e a inocência que os envolve; a alegria com que olham para fora a partir dos infinitos mananciais de alegria interior. Eles olham para o que sentem interiormente e veem seu reflexo seguro em todos os lugares.

5. O que queres ver? A escolha te é dada. Mas aprende e não deixes tua mente se esquecer desta lei da visão: tu verás aquilo que sentes em teu interior. Se o ódio encontrar um lugar em teu coração, vais perceber um mundo amendrontador, preso de modo cruel entre os dedos ossudos e afiados da morte. Se sentires o Amor de Deus dentro de ti, olharás para um mundo de misericórdia e amor.

6. Hoje, ultrapassamos as ilusões, enquanto buscamos achar aquilo que é verdadeiro em nós e sentir sua ternura todo-envolvente, seu Amor que nos sabe tão perfeitos quanto ele próprio, sua visão que é a dádiva que seu Amor nos concede. Aprendemos o caminho hoje. Ele é tão certo quanto o próprio Amor, para o qual ele nos transporta. Pois sua simplicidade evita as ciladas que só servem para esconder as tolas complexidades do aparente raciocínio lógico do mundo.

7. Faze simplesmente isto: fica quieto e põe de lado todos os pensamentos acerco do que és e do que Deus é; todos os conceitos que aprendeste a respeito do mundo; todas as imagens que tens de ti mesmo. Esvazia tua mente de tudo o que ela pensa que é falso ou verdadeiro, ou bom ou mau, de todo pensamento que ela julga digno e de todas as ideias das quais ela se envergonha. Não te prendas a nada. Não tragas contigo um único pensamento que o passado tenha ensinado, nem uma só crença que tenhas aprendido alguma vez antes a respeito de qualquer coisas. Esquece este mundo, esquece este curso e vem com mãos totalmente vazias para teu Deus.

8. Não é Ele Quem conhece o caminho para ti? Tu não precisas saber o caminho para Ele. Tua parte é simplesmente permitir que todos os obstáculos que interpuseste entre o Filho e Deus Pai sejam calmamente retirados para sempre. Deus fará Sua parte em uma resposta alegre e imediata. Pede e receberás. Mas não faças exigências, nem indiques para Deus a estrada pela qual Ele deveria aparecer para ti. A maneira de alcançá-Lo é apenas deixar que Ele seja. Pois deste modo tua realidade também se manifesta.

9. E assim, hoje, não escolhemos o caminho pelo qual vamos a Ele. Mas escolhemos, sim, deixar que Ele venha. E descansamos com esta escolha. E, em nossos corações tranquilos e mentes abertas, Seu Amor marcará o caminho para si mesmo. Aquilo que não foi negado certamente existe, se for verdadeiro, e pode ser alcançado com certeza. Deus conhece Seu Filho e conhece o caminho para ele. Ele não precisa que Seu Filho Lhe mostre como achar Seu caminho. Seu Amor brilha e ser reflete a partir de seu lar interior através de toda porta aberta e ilumina o mundo em inocência.

10. Pai, não conhecemos o caminho para Ti. Mas chamamos e Tu nos respondes. Nós não atrapalheremos. Os caminhos para a salvação não são os nossos, pois Te pertencem. E é em Ti que os procuramos. Nossas mãos estão abertas para receber Tuas dádivas. Não temos nenhum pensamento separado de Ti e não damos valor a nenhuma crença acerda do que somos ou de Quem nos criou. Teu é o caminho que queremos encontrar e seguir. E pedimos apenas que Tua Vontade, que também é a nossa, seja feita em nós e no mundo, para ele se torne uma parte do Céu agora. Amém.

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COMENTÁRIO:

A ideia para nossas práticas nesta sexta-feira, dia 8 de julho, me parece estar diretamente relacionada ao texto que lemos no grupo de estudos da terça. Um texto que está na página 718, o último do livro, que se intitula Escolhe outra vez.

Vou transcrever aqui os dois primeiros parágrafos sobre os quais nos detivemos ao comentar a leitura na terça, retraduzindo-os diretamente do original, na tentativa de trazer alguma clareza para alguns aspectos que nos pareceram confusos. Gostaria de pedir àqueles que têm o livro que os comparassem ao texto que têm e me dissessem se percebem alguma diferença.

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VIII. Escolhe outra vez

1. A tentação, em todas as suas formas, tem uma única lição a ensinar sempre que se apresenta. Ela quer convencer o Filho santo de Deus de que ele é um corpo, nascido naquilo que tem de morrer, incapaz de fugir de sua fragilidade e limitado por aquilo que o corpo lhe ordena que sinta. O corpo estabelece os limites para o que ele pode fazer; seu poder é a única força que ele tem; sua compreensão não poder ir além do diminuto alcance do corpo. Serias isto, se Cristo aparecesse a ti em toda Sua glória pedindo-te apenas isto:

Escolhe outra vez se queres tomar teu lugar entre
os salvadores do mundo, ou se queres permanecer
no inferno e manter os teus irmãos aí.

Pois Ele veio e te pede isto.

2. Como fazes a escolha? Quão facilmente se explica isto! Tu sempres escolhes entre tua fraqueza e o poder de Cristo em ti.  E aquilo que escolhes pensas ser real. Simplesmente não usando nunca a fraqueza para orientar tuas ações, não dás nenhum poder a ela. E entregas o comando de tudo o que fazes à luz de Cristo em ti. Pois trazes tua fraqueza a Ele e Ele te dá a força d'Ele em lugar dela.

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Vocês conseguem perceber a relação entre este texto e a ideia que vamos praticar hoje? Ela, ao mesmo tempo, também tem relação direta com a ideia que praticamos ontem, que dizia que "aqueles que buscam a luz estão apenas cobrindo seus olhos". Pois "a luz está neles agora", do mesmo modo que está em cada um de nós.

Quem esteve conosco na terça, há de se lembrar também de que há uma correspondência entre o que a lição nos pede para praticar, para aprendermos que podemos escolher o que queremos ver, e o que falamos a respeito do texto Estabelecer a meta, da página 388 [se quiserem ler, vale a pena], acerca do qual já comentei aqui.

Na verdade, tudo está relacionado ao que queremos acreditar que é a Vontade de Deus para nós. Se acreditamos que a Vontade de Deus e a nossa própria vontade são a mesma, podemos tranquilamente inferir que, quando estamos fazendo aquilo que nos sentimos inspirados a fazer e que nos põe em contato com uma alegria quase indizível e nos deixa inteiramente em paz, estamos, de fato, cumprindo nosso papel no plano de Deus para a salvação. Pois são a alegria e a paz que nos ligam a Deus. Quando estamos em sintonia com o divino não há nenhum conflito e podemos verdadeiramente sentir o Amor de Deus dentro de nós. E fora também. Pois tudo o que nos sentimos inclinados a fazer é estender o amor que sentimos.

Basta, então, que nos dediquemos às práticas.

Um comentário:

  1. Olá, Nina.

    Olá, Dani.

    Obrigado pelos comentários à lição de ontem.

    Paz e bem!

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