quinta-feira, 1 de abril de 2010

Para que a luz permaneça conosco

LIÇÃO 91

Vê-se milagres na luz.

1. É importante lembrar que milagres e visão necessariamente combinam. Isto exige repetição, e repetição frequente. É uma ideia fundamental em nosso novo sistema de pensamento e na percepção que ele apresenta. O milagre sempre existe. A presença dele não é motivada por tua visão; sua ausência não é resultado de teu fracasso em ver. É apenas tua consciência de milagres que fica prejudicada. Tu os verás na luz; não os verás no escuro.

2. A luz, então, é vital para ti. Enquanto permaneceres nas trevas, o milagre continua a ser invisível. Deste modo, ficas convencido de que ele não existe. Isto decorre das premissas a partir das quais a escuridão nasce. A negação da luz leva ao fracasso em percebê-la. O fracasso em perceber a luz é perceber a escuridão. A luz, então, apesar de existir, é inútil para ti. Tu não podes usá-la porque sua presença é desconhecida para ti. E a aparente realidade das trevas torna sem sentido a ideia da luz.

3. Ser informado de que aquilo que não vês existe soa como loucura. É muito difícil ser convencido de que loucura é não ver o que existe e, em seu lugar, ver o que não existe. Tu não duvidas de que os olhos do corpo podem ver. Tu não duvidas de que as imagens que eles te mostram são a realidade. Tua fé está nas trevas, não na luz. Como se pode inverter isto? É impossível para ti, mas não estás sozinho nisto.

4. Teus esforços, por menores que possam ser, têm um forte apoio. Se ao menos percebesses de forma clara quão grande é esta força, tuas dúvidas desapareceriam. Hoje nos dedicaremos à tentativa de permitir que sintas esta força. Quando sentires em ti a força que coloca facilmente todos os milagres ao teu alcance não duvidarás. Os milagres que tua sensação de fraqueza escondem irromperão em tua consciência quando sentires a força em ti.

5. Três vezes hoje, reserva cerca de dez minutos para um momento de paz no qual tentas ultrapassar tua fraqueza. Isto se realiza de forma muito simples, à medida que informas a ti mesmo que não és um corpo. A fé se transfere para aquilo que tu queres e tu instruis tua mente de forma consoante. Tua vontade continua a ser teu professor e tua vontade tem toda a força para fazer o que deseja. Tu podes escapar do corpo se escolheres. Podes experimentar a força em ti.

6. Começa os períodos de prática mais longos com esta declaração das relações verdadeiras entre causa e efeito:

Vê-se milagres na luz.
Os olhos do corpo não percebem a luz.
Mas eu não sou um corpo. O que sou?

A pergunta com que esta declaração termina é necessária para nossos exercícios hoje. O que pensas ser é uma crença a ser desfeita. Mas o que és verdadeiramente tem de ser revelado a ti. A crença de que és um corpo, por ser um erro, exige correção. A verdade do que és convoca a força em ti para trazer a tua consciência o que o erro esconde.

7. Se não és um corpo, o que és? Precisas ficar ciente do que o Espírito Santo usa para substituir a imagem de um corpo em tua mente. Precisas sentir algo em que colocar tua fé, quando a retiras do corpo. Precisas de uma experiência real de alguma outra coisa, alguma coisa mais consistente e mais segura; mais digna de tua fé e que exista verdadeiramente.

8. Se não és um corpo, o que és? Pergunta isto com sinceridade e, depois, dedica vários minutos a permitir que teus pensamentos equivocados sejam corrigidos, para que seus opostos tomem o lugar deles. Dize, por exemplo:

Eu não sou fraco, mas forte.
Eu não sou impotente, mas todo-poderoso.
Eu não sou limitado, mas ilimitado.
Eu não sou indeciso, mas seguro.
Eu não sou uma ilusão, mas uma realidade.
Eu não posso ver nas trevas, mas na luz.

9. Na segunda fase do período de exercício, tenta experimentar estas verdades a teu próprio respeito. Concentra-te particularmente na experiência da força. Lembra-te de que toda sensação de fraqueza está associada à crença segundo a qual tu és um corpo, uma crença equivocada e que não merece nenhum crédito. Tenta retirar dela tua fé, ainda que só por um instante. Vais te acostumar a manter a fé naquilo que é mais digno em ti, à medida que avançamos.

10. Relaxa durante o restante do período de prática, confiante de que teus esforços, embora insuficientes, são plenamente apoiados pela força de Deus e de todos os Pensamentos d'Ele. É Deles que tua força virá. É por meio de Seu apoio vigoroso que sentirás a força em ti. Eles estão unidos a ti neste período de prática em que compartilhas um objetivo igual ao Deles Mesmos. É Deles a luz na qual verás milagres, porque a força Deles é tua. A força Deles vem a ser os teus olhos, para poderes ver.

11. Cinco ou seis vezes por hora, em intervalos razoavelmente regulares, lembra a ti mesmo de que é na luz que se vê milagres. Certifica-te também de combater a tentação com a ideia de hoje. Para esta finalidade particular, esta forma seria útil.

Vê-se milagres na luz.
Que eu não feche meus olhos por causa disto.

*

COMENTÁRIO:

Reiniciamos nossa jornada em direção à luz, neste dia 1º de abril, já mais seguros do que queremos alcançar, já mais seguros de que vamos alcançar nada mais nada menos do que a salvação do mundo, uma vez que ela é decorrência natural de nossa própria salvação. E caminhamos para ela com passos firmes, certos de que não vamos sozinhos.

Vamos aproveitar ainda este instante para dar as boas vindas a mais um seguidor, a mais uma pessoa que se junta a nós, a sexagésima primeira. Só não sei dizer quem é ela, ou ele. "Tabieli"? De qualquer forma, colocamos como sempre o espaço do blogue à disposição dele(a) para seus comentários, críticas, contribuições, dúvidas, perguntas, esclarecimentos e, é claro, para o compartilhamento de suas descobertas a partir do que nos ensina o UCEM com seus exercícios.

Também gostaria de registrar, e agradecer imensamente, a contribuição, enfim, de nosso colega Roberto Gaensly, que conseguiu driblar as dificuldades e nos brindar com uma reflexão a respeito do tempo, vinda de nossa também queridíssima colega Carmen Thiago.

Espero que tudo isto sirva para nos encorajar a continuar com as práticas. Para que a luz, que veio, permaneça conosco sempre e cada vez mais.

Um comentário:

  1. Gostaria de acrescentar um adendo ao comentário, para facilitar, quem sabe, o entendimento da lição. Para ajudar, talvez, a mudar nossa forma de pensar a respeito de milagres.

    Para tanto, ofereço-lhes, a respeito do assunto, a opinião de duas pessoas bastante conhecidas, que dizem o seguinte:

    1. "Tudo, aliás, é a ponta de um mistério. Inclusive, os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo." (João Guimarães Rosa)

    2. "Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é pensar que tudo é um milagre." (Albert Einstein)

    Um Ótima Páscoa a todos!

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