terça-feira, 26 de abril de 2011

A tomada de decisão em favor do Céu

LIÇÃO 116

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (101) A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita. E eu só
posso sofrer a partir da crença em que existe outra vontade
separada da d'Ele.

2. (102) Eu compartilho a Vontade de Deus de felicidade para mim.

Eu compartilho a Vontade de meu Pai para mim, Seu Filho.
Tudo o que quero é o que Ele me dá. Tudo o que existe é o
que Ele me dá.

3. Para a hora:
A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

Para a meia hora:
Eu compartilho a Vontade de Deus de felicidade para mim.

*

COMENTÁRIO:

Começamos nossa revisão nesta terça-feira, dia 26 de abril, aprendendo com a primeira ideia que revisamos que a Vontade de Deus para nós é a felicidade perfeita. E aprendemos também, com a segunda ideia, que compartilhamos da Vontade de Deus para nós mesmos.

Por que precisamos das práticas de hoje? Precisamos delas para aprender de uma vez por todas que só é possível se acreditar no sofrimento quando acreditamos que existe em nós uma vontade diferente da Deus, separada da d'Ele, conforme comentário que fiz no ano passado.

Repetindo o que disse no ano passado no comentário a esta lição, assim como já o disse também outras vezes, o mundo não é um local de sofrimento e já aprendemos que nossa única função aqui é a salvação. E por quê? Porque nos acreditamos - fomos e continuamos a ser levados a acreditar - pecadores, separados de Deus.

E o que é a salvação? A salvação é também cura para nossas percepções equivocadas, cura para essa crença em uma separação que não existe. Então, o que é cura para o Curso? Para ele, "curar é devolver à alegria". O que é a mesma coisa que devolver à unidade. Assim, a salvação, a cura, a alegria e a felicidade perfeitas são todas formas diferentes de definir a única Vontade de Deus para nós.

A única coisa que pode nos afastar de Deus - apenas na ilusão - é aquilo que nos afasta de nós mesmos. Uma impossibilidade. Só se pode crer nisto como possibilidade, se acreditarmos que podemos existir separados de Deus. Se acreditarmos que é possível para alguém, qualquer um de nós, estar em algum lugar diferente daquele em que estamos em Deus. Pois sempre estamos em Deus, aonde quer que estejamos.

Ao contrário do que o mundo nos ensina, não somos nossos corpos e não somos nossas mentes. Somos espírito. E só podemos chegar a Deus, se aprendermos como chegar a nós mesmos. Abandonando toda e qualquer crença de que existe algo de valor maior do que a Vontade de Deus para nós na experiência da ilusão. Para isto, precisamos aceitar nossa única função aqui. Precisamos aprender e aceitar a Vontade de Deus para nós. E aceitar o papel que nos cabe na salvação.

Desculpem-me por este comentário tão longo, mas, para esclarecer um equívoco comum que vivemos quase que o tempo inteiro - e repetindo ainda uma vez mais o comentário do ano passado -, é preciso enfatizar, como bem o diz Ken Wilber em seu livro O Espectro da Consciência, o qual já citei outras vezes, que aceitar o papel que nos cabe na salvação envolve aprender que "nosso estado de consciência cotidiano atual, seja ele qual for, triste, feliz, deprimido, extático, agitado, calmo, preocupado ou amedrontado - exatamente isso, exatamente como é, é o Nível da Mente [isto é, o Nível de Deus, da Consciência Infinita, da Verdade Absoluta ou do Ser, que é o que somos, na verdade]. [Deus, ou qualquer outro nome que se dê a Ele,] não é uma experiência particular, [um] nível de consciência ou [um] estado de alma - [Ele] é, antes, precisamente o nível que temos agora, seja ele qual for, e a compreensão disto nos confere um profundo centro de paz, situado debaixo das piores depressões, ansiedades e medos, e que persiste enquanto duram [estes estados de depressão, ansiedade ou medo]".

Isto significa dizer que nenhum de nós em tempo algum pode estar em lugar diferente daquele que está, ou fazer algo diferente daquilo que está fazendo. Aceitar nosso papel na salvação é compreender que, uma vez tomada a decisão em favor do Céu, não vamos deixar de ser exatamente o que sempre fomos, somos e seremos eternamente. O Céu, como o Curso ensina, não é um lugar ao qual precisamos ir. É um estado que precisamos encontrar em nós mesmos. Sempre esteve em nós. Está agora. Vai estar permanentemente. As práticas deste dia podem nos levar à compreensão disto.

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