quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Nascemos para manifestar a glória de Deus."

LIÇÃO 196

Só posso crucificar a mim mesmo.

1. Quando isto for bem compreendido e mantido em plena consciência, não tentarás te ferir nem tornar teu corpo escravo da vingança. Não atacarás a ti mesmo e perceberás claramente que atacar outro é apenas atacar a ti mesmo. Ficrás livre da crença louca de que atacar um irmão te salva. E compreenderás que a segurança dele é a tua própria segurança e que com a cura dele ficas curaado.

2. A princípio, talvez não compreendas como se pode encontrar a misericórdia que é ilimitada e mantém todas as coisas sob sua proteção segura na ideia que praticamos hoje. De fato, ela pode parecer um sinal de que não se pode nunca fugir ao castigo porque o ego, sujeito àquilo que vê como ameaça, está pronto para citar a verdade para proteger suas mentiras. Porém, deste modo, ele só pode deixar de compreender a verdade de que se vale. Mas tu podes aprender a perceber estas aplicações tolas e negar o significado que parecem tem.

3. Desta forma, também ensinas tua mente que não és um ego. Pois as maneiras pelas quais o ego quer distorcer a verdade não te enganarão mais. Não acreditarás que és um corpo a ser crucificado. E verás, na ideia de hoje, a luz da ressurreição olhando para os pensamentos de libertação e de vida, além de todos os pensamentos de crucificação e de morte.

4. A ideia de hoje é um passo que damos para nos conduzir, da escravidão, ao estado de perfeita liberdade. Vamos dar este passo hoje, a fim de podermos seguir rapidamente pelo caminho que a salvação nos mostra, dando cada passo na sequência estabelecida, enquanto a mente renuncia a seus fardo um a um. Não é de tempo que necessitamos para isto. Só de vontade. Pois aquilo que parecia precisar de mil anos pode ser feito facilmente em um só instante pela graça de Deus.

5. O pensamento sombrio e sem esperança de que podes fazer ataques a outros e te salvar te prega na cruz. Talvez ele parecesse ser a salvação. Mas ele apenas defendeu a crença de que o medo de Deus é verdadeiro. E o que é isto senão o inferno? Quem poderia acreditar que seu Pai é seu inimigo mortal, que está separado de si, e que espera para destruir sua vida e apagá-lo do universo sem medo do inferno em seu coração?

6. Esta é a forma de loucura em que acreditas, quando aceitas o pensamento amedrontador de que podes atacar outro e ficar livre. Até que esta forma mude, não há esperança. Até que, ao menos, vejas que isto tem de ser inteiramente impossível, como poderia haver saída? O medo de Deus é real para quem quer que pense que este pensamento é verdadeiro. E ele não perceberá sua tolice, ou nem mesmo verá que ela existe de modo que lhe seja possível questioná-la.

7. Para questioná-la de algum modo, primeiro sua forma tem de mudar pelo menos tanto quanto permitir que se abrande o medo de represália e que a responsabilidade te seja, até certo ponto, devolvida. A partir daí podes pelo menos considerar se queres continuar neste caminho doloroso. Até que esta mudança se realize, não podes perceber que são apenas teus pensamentos que te amedrontam e que tua libertação depende de ti.

8. Nossos próximos passos serão fáceis, se deres este hoje. A partir daí vamos adiante bem rápido. Pois tão logo compreendas que é impossível seres ferido a não ser por teus próprios pensamentos, o medo de Deus tem de desaparecer. Não podes, então, acreditar que o medo seja causado fora de ti. E Deus, A Que pensaste em banir pode ser acolhido de volta na menta santa que Ele nunca deixou.

9. Pode-se, com certeza, ouvir a canção da salvação na ideia que praticamos hoje. Se só podes crucificar a ti mesmo, não feriste o mundo e não precisas temer sua vingança e sua perseguição. Tampouco precisas te esconder aterrorizado pelo medo mortal de Deus que a projeção esconde atrás de si. A coisa que mais temes é tua salvação. Tu és forte e é força que queres. E és livre e alegre pela liberdade. Buscaste ser tão fraco quanto limitado, porque temias tua força e tua liberdade. Contudo, a salvação está nelas.

10. Há um instante em que o terror parece se apoderar de tua mente de forma tão completa que a saída parece bastante desanimadora. Quando perceberes claramente, de uma vez por todas, que é a ti mesmo que temes, a mente se perceberá dividida. E isto ficou escondido enquanto acreditaste que o ataque poderia ser dirigido para fora e devolvido de fora para dentro. Parecia existir um inimigo fora que tinhas de temer. E deste modo um deus fora de ti mesmo se tornou teu inimigo mortal; a fonte do medo.

11. Agora, por um instante, um assassino é percebido dentro de ti, ansioso por tua morte, concentrado em tramar o castigo para ti até o momento em que ele possa matar finalmente. No entanto, é neste instante também que a salvação chega. Pois o medo de Deus desaparece. E tu podes chamá-Lo para te salvar, com Seu Amor, das ilusões, chamando-O de Pai e a ti mesmo de Filho d'Ele. Reza para que o instante possa ser logo -, hoje. Afasta-te do medo e tenta te aproximar do amor.

12. Não há nenhum Pensamento de Deus que não vá contigo para te ajudar a alcançar este instante e ir além dele rapidamente com segurança para sempre. Quando o medo de Deus desaparece não há nenhum obstáculo que ainda permaneça entre tu e a santa paz de Deus. Quão benigna e misericordiosa é a ideia que praticamos! Dá-lhe boas vindas, como deves, pois ela é tua libertação. De fato, apenas tua mente é que pode tentar crucificar. Mas ao mesmo tempo tua redenção também virá de ti.

*

COMENTÁRIO:

Nesta quinta-feira, dia 15 de julho, para começar, vale a pena chamar a atenção para uma frase do nono parágrafo. Uma frase que é também reveladora do medo de Deus a que o texto da lição se refere. O medo que a lição quer nos ajudar a eliminar. Ela diz: "a coisa que mais temes é tua salvação". E por quê?

Se pensarmos bem, nos veremos forçados a concordar com o que  a frase diz. Ela diz, de outro modo, a mesma coisa que Marianne Williamsom nos diz em seu livro Um Retorno ao Amor, a respeito do poder que temos. Diz ela: "Nosso medo mais profundo não é o de que sejamos medíocres. Nosso medo mais profundo é o de que sejamos poderosos além de qualquer medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta. Nós nos perguntamos:  'Quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso, fabuloso?' Na verdade quem é você para não ser? Tu és um filho de Deus. Fingir-se de pequeno não ajuda o mundo em nada. Não há nada de iluminado em se encolher para que os outros não se sintam inseguros a sua volta. Fomos feitos para brilhar, como as crianças. Nascemos para tornar manifesta a glória de Deus que habita no interior de todos nós. Ela não está apenas em alguns de nós; está em todos nós. E, quando deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos permissão aos outros para que façam o mesmo. Quando nos libertamos de nosso próprio medo, nossa presença libera os outros automaticamente".

Vamos pensar a respeito disto durante as práticas?

5 comentários:

  1. Moisa, essa licao me faz pensar: ALL WE NEED IS LOVE!!! Nos so precisamos de amor com nos mesmos, assim poderemos enxergar o proximo como irmao e ama-lo como tal, sem comparacoes, exigencias, arrogancias. Nosso sistema de crencas criado pelo ego nos faz pensar que nao somos merecedores desse amor. Digo e repito, e acredito nisso: So o que precisamos e o amor. Quando passarmos a acreditar que Deus e amor, que nos fez com amor, no amor, entao poderemos ter a experiencia completa de SEU amor!
    Um Beijo para todos, Cris

    ResponderExcluir
  2. Olha só, Cris, que interessante.

    Voltando para casa, o rádio tocava uma música, um reggae, acho que de Peter Tosh ou Bob Marley, mas não tenho certeza, que tem por refrão a seguinte frase: "Got to be true to myself", isto é, "Tenho de ser verdadeiro para comigo mesmo" e em determinado momento a letra dizia: "if I want to make you happy, I've got to be happy first", ou algo parecido. Traduzindo para os que lerão este comentário e não falam inglês. Se eu quiser te fazer feliz tenho de ser feliz primeiro.

    Toda a letra tem uns achados em perfeita sintonia com o que o Curso ensina e com o que você diz, como os Beatles, "all you need is love". E o Curso declara simplesmente que, na verdade, a única coisa que existe é o amor. Resta-nos, então, nos voltarmos para dentro de nós mesmos para descobrí-lo e começar a estendê-lo.

    Obrigado por compartilhar.

    ResponderExcluir
  3. Concordo plenamente com vocês.
    Mtos bjos luz. Lindos comentários. Obrigada de verdade.
    Tô correndo...mas queria que soubessem que estou atenta.

    ResponderExcluir
  4. Amado amigao Moisa,

    Sabe que amo essa musica. E a titulo de curiosidade; quem fez ela foi Ziggy Marley, que na verdade se chama David Nesta Marley e foi apelidado por seu pai Bob Marley de Ziigy.
    E vc pode achar essa musica no album Dragonfly do mesmo.

    Letra da musica:

    Life has come a long way since yesterday I say
    and its not the same old thing over again I say
    just do what you feel and don't you fool yourself I say
    cause I can't make you happy unless I am I say I say I

    got to be true to myself got to be true to myself

    day in day out I've asked many questions I say
    only to find the truth it never changes I say
    if you don't deal with it it keeps killing you a little by little I say
    call me selfish if you will my life I alone can live I say I say I

    got to be true to myself got to be true to myself

    I don't care if it hurts I'm tired of lies and all these games
    I've reached a point in life no longer can I be this way
    don't come crying to me I too have shed my share of tears
    I'm moving on yes I'm grooving on well I'm finally free I've

    got to be true to myself got to be true to myself
    got to be true to myself got to be true to myself


    Desculpem nao traduzir, mas a ideia principal o Moisa ja passou.

    Um bjo a todos e bom fim de semana.
    Dani

    ResponderExcluir
  5. Obrigado, Dani.

    Já andei pelo google atrás da música e da letra e descobri que era do Ziggy. Outra ideia interessante que a letra traz é a de que "todos os dias fazemos muitas perguntas apenas para encontrar a verdade que não muda nunca" e que, "se não lidarmos com elas [com as perguntas, imagino], elas vão nos matar pouco a pouco.

    É muito bom, pois, saber que as práticas das lições nos ajudam a responder às muitas perguntas que temos com a verdade que não muda nunca. Isto é, a de que continuamos a ser como Deus nos criou. E somos Filhos d'Ele para sempre. Basta que sejamos verdadeiros para com nós mesmos.

    Obrigado por compartilhar, Dani.

    ResponderExcluir