quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Por que ver de modo diferente

Qual é meu maior desejo? Por que coisa eu daria minha vida [a vida de meu corpo] de bom grado, sem medo?
É mais ou menos óbvio que o maior desejo de todos nós, seres humanos, é o de uma vida saudável, feliz, em um ambiente de harmonia e de paz. A perfeita alegria.
O que nos impede de realizar nosso maior desejo? O medo. Os medos.
O medo é natural? Os medos são naturais? Não, eu diria. O medo é natural apenas quando se refere àquela emoção ligada ao que se costuma chamar de instinto de sobrevivência. E não deveria se chamar medo, mas apenas instinto de preservação do corpo [e do ego]. Aquela emoção que sentimos quando nos envolvemos em alguma ação que pode trazer riscos para nosso corpo, o meio de comunicação e de transporte de uma forma particular de vida. A nossa.
A vida, em si mesma, não corre riscos. Nunca. Nem tem medo.
Por que, então, temos medo afinal?
Difícil responder. Porque nos sentimos sozinhos e separados uns dos outros. Porque pensamos no mundo como um lugar perigoso e cheio dos maiores horrores que se pode imaginar. Porque os homens [e mulheres] estão em guerra o tempo inteiro. Ora aqui, ora acolá. Porque não conseguimos nos entender. Porque falamos línguas diferentes. Porque temos religiões diferentes. Porque temos crenças diferentes. Porque temos interesses diferentes. Porque não nos respeitamos. E porque nem ao menos respeitamos as diferenças. Ou melhor, nem sequer reparamos que existem diferenças. Porque as diferenças e os diferentes não nos interessam em absoluto. Enfim, não existe forma de listar todos os motivos que imaginamos para justificar o medo.
Há algum tempo, ouvi um palestrante dizer que, ao contrário do que podemos pensar, nossas diferenças não nos separam. São elas que nos unem. Você consegue imaginar um mundo inteiro feito de uma pessoa só ou duas, pensando na possiblidade de macho e fêmea. Um macho e uma fêmea que, ao se acasalarem, reproduziriam sempre o mesmo macho e a mesma fêmea infinitamente. Iguais. Sem nenhuma diferença. What a nightmare! [Que pesadelo!]
No entanto, lá no fundo de minha mente [e da sua, e da de todos nós, ou da maioria] equivocada, existe um programa [uma crença] que me autoriza, de forma muito louca, a pensar que o mundo seria bem melhor se todos fossem iguaizinhos a mim. Se todos pensassem como eu. Que onipotência! Isso justifica o ditado segundo o qual "Deus criou o homem a Sua imagem e semelhança e o homem, em contrapartida, criou Deus a sua imagem e semelhança". Porque é apenas este ditado que pode explicar o estado de coisas que vemos no mundo. Um deus louco, insano, com sede de poder e dinheiro. Com sede de confusão.
Esquecemo-nos, ou não nos foi ensinado, durante o longo processo de aprendizado do mundo que "eu sou responsável por aquilo que vejo. Eu escolho as emoções que sinto e decido a meta que quero alcançar. E peço tudo o que parece me acontecer e recebo [tudo] da forma que pedi". Isso de acordo com o ensinamento do UCEM.
Por isso é importante que prestemos bastante atenção no que nos diz a lição para este dia 28 de janeiro: Acima de tudo eu quero ver as coisas de modo diferente. Para darmos, como sugere o livro, uma aplicação específica à ideia que ele nos ofereceu ontem.
E a pergunta que requer reflexão, a partir da ideia, é: se já sei tudo [em minha crença equivocada, em meu julgamento] para que ver as coisas de modo diferente?
Vamos comentar?

4 comentários:

  1. Oi Pai, o Blog está muito legal. Parabéns!

    Beijos

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  2. Oi Moisés, muito legal! Ótima idéia.
    eu tive um "insight" sobre esta questão de medo. Hoje sou uma pessoa mais feliz, por que tenho menos medos, menos inseguranças a meu respeito. Acredito sempre que tudo SEMPRE dá certo, de uma forma ou de outra. Basta acreditar.
    Beijos.

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  3. Oi, Emanuel.
    Obrigado por comentar.

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  4. Cilene, querida,
    conte o "insight" para nós. Acho que todos estamos interessados em ser "uma pessoa mais feliz". com menos medos e menos inseguranças a nosso próprio respeito. Que não quer acreditar que tudo SEMPRE dá certo, de uma forma ou de outra? Basta acreditar? Parece fácil? Será tão fácil assim, considerando as aparências que o mundo em que vivemos nos apresenta?
    Obrigado por comentar.

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