LIÇÃO 206
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
1. (186) A salvação do mundo depende de mim.
Deus me confiou Suas dádivas, porque sou Seu Filho. E quero levar Suas dádivas aonde Ele deseja que elas estejam.
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 206
Caras, caros,
Nestes tempos pós-pandemia, que exacerba os momentos de ceticismo e de quase abandono das coisas do espírito que vivemos, como se só a matéria, o material e os corpos importassem na vida, tudo transformado em mercadoria, inclusive corpos e vidas, humanas e não-humanas, parece-me que pode ser interessante nos perguntarmos por que acontecem as coisas que acontecem? Talvez seja interessante nos perguntarmos também por que as coisas que acontecem a cada um e a cada uma de nós, aparentemente, acontecem da forma que acontecem.
E talvez seja conveniente também repetir as perguntas feitas nos comentários dos últimos anos a esta lição. Lembram?
Vejamos, repetindo:
Vocês já repararam, já se deram conta de que a maioria das profecias, de um modo ou de outro, sempre se realizou, ou quase sempre se realiza, e de que é bem possível que aquilo que se prenuncia vai se realizar, quase que com certeza, nalgum momento?
Por quê? - vocês hão de se perguntar. O que se pode dizer a respeito? O que se pode pensar?
Lembremo-nos, primeiro, de que os profetas, os de antigamente e também os de hoje, surgem e se anunciam em função de momentos e situações críticas que se apresentam, e que criam um clima de temor e de medo no inconsciente de um grande número de pessoas num ponto qualquer do planeta, e, por vezes, no planeta todo. Estes profetas do apocalipse até mesmo, por vezes, se apoderam do inconsciente de uma nação e do mundo inteiro, provocando as crises, quer econômicas, quer sociais, quer políticas, quer religiosas, quer de outra natureza qualquer. O mesmo se dá no microcosmo de um grupo de pessoas, num condomínio, numa família ou em escolas, em grupos menores e maiores. Vocês não estão ouvindo dizer que é um absurdo o que tem acontecido no mundo nestes dias?
Se pensarmos bem, mesmo as "fake news" [notícias falsas] - observem bem mesmo - são passíveis de moverem pessoas numa ou noutra direção, sem que as pessoas mesmos se deem conta de que estão sendo guiadas por um falso profeta, uma profecia enganosa, um falso, uma falsa, profeta.
Atentados, sequestros, estupros, mortes, violência aqui e ali, aparentemente de forma aleatória, sem que se consiga descobrir as razões para tais coisas. Diante de um quadro como este, mesmo aqueles e aquelas que acreditam ter justificativas para cometerem os atos mais apavorantes servem de desculpa para outros e outras, os e as que não têm causa alguma, manifestarem sua loucura, com atos insanos e inconsequentes.
Ora, a partir do que o Curso ensina, é mais ou menos óbvio concluir que foi - é sempre - a força, a energia, de um grande número de mentes sintonizadas em determinado pensamento - medo, crise, guerra, peste, fome ou o que quer que seja - que transformou em realidade a situação que se temia. Pois tudo o que se nos apresenta à experiência não é nada mais nada menos do que o resultado, a materialização, das crenças que abrigamos e acalentamos em nós.
É difícil para o ego admitir, como o Curso ensina, que "medo é desejo", mas esta ideia tem a mais perfeita lógica por detrás de si. Se nossos pensamentos são os mecanismos que materializam as experiências por que passamos, aquelas que escolhemos viver, e se é a energia que depositamos nos pensamentos que provoca esta materialização, nada mais óbvio do que pensar que, se colocamos nossa energia num medo qualquer, é esse medo que vai se materializar, porque é lá que mora a nossa crença, em forma de pensamento. É naquilo que temos presa nossa atenção.
É óbvio, portanto, de acordo com o ensinamento do Curso, como eu já disse várias outras vezes também, que tudo o que vivemos neste mundo não passa de ilusão, porque o mundo só existe como projeção daquilo que pensamos, para materializar as informações, as experiências, as situação pelas quais queremos - e pensamos precisar - passar para confirmar aquilo em que acreditamos a respeito do mundo e a nosso próprio respeito.
Na verdade, a partir disto, é bastante lógico concluir que tudo aquilo em que pensamos, tudo aquilo em que acreditamos, vai se concretizar, quer neste momento, quer em algum momento do futuro, próximo ou distante, uma vez que nossos pensamentos, nossas crenças, nossos medos, se materializam em forma de problemas, experiências, situações por que precisamos passar, como eu disse acima, apenas para confirmar que temos razões para acreditar naquilo em que acreditamos.
É por esta razão que os profetas têm suas profecias e previsões confirmadas muitas vezes, na maioria delas, eu diria. Pois o futuro tende a materializar aquilo que prevemos, se acreditamos na previsão, na profecia. Embora, no fundo, saibamos que o que o mundo nos oferece é apenas uma experiência de ilusões, baseadas na imagem de nós mesmos e de nós mesmas que inventamos - o falso eu, o ego do Curso -, que não é o que somos de fato, é esta experiência de ilusões que compõe a aparente realidade que o mundo nos apresenta.
É apenas modificando nossas crenças que podemos modificar a experiência das ilusões, a experiência deste mundo, transformando-o num lugar para viver "o sonho feliz", em vez de lidar com um pesadelo que se torna a cada dia mais apavorante, a se acreditar nas previsões dos pessimistas e céticos de plantão.
Assim é que chegamos à ideia para nossa revisão de hoje, que nos ensina que: A salvação do mundo depende de mim. Para aprendermos a vigiar nossos pensamentos, para que a ilusão de mundo que construímos para nós mesmos, para nós mesmas e para todas as formas de vida que habitam este mundo conosco seja a ilusão de um mundo perdoado, um mundo de alegria, de paz e de amor. Livre da arrogância e do desejo de onipotência do(s) ego(s). Livre da necessidade do ego de ter razão.
Às práticas?
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