quarta-feira, 25 de junho de 2014

Conhecer o(s) outro(s) como ser(es) espiritual(ais)


LIÇÃO 176

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (161) Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (162) Eu sou como Deus me criou.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 176

"Deus é só Amor e, por isto, eu também."

Esta ideia é a que deve envolver, em nossas práticas de hoje, as ideias que revisamos: Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus e Eu sou como Deus me criou. Duas ideias de grande importância para nosso aprendizado de como chegar à percepção correta: a do Espírito Santo em nós. 

A quem podemos imaginar que pedimos a bênção  A quem, senão a cada uma das pessoas que povoam nosso mundo? Mas acreditamos que elas nos podem abençoar? Somos capazes de vê-las como o Filho santo de Deus, depois de todas as características, qualidades e defeitos, que lhes atribuímos, acreditando de maneira equivocada no falso eu - o ego do Curso - e em seus conselhos baseados na crença em uma separação que, na verdade, nunca existiu?

A segunda ideia que revisamos talvez se revele o melhor caminho para voltarmos a ver cada uma das pessoas que povoam nosso mundo como o Filho santo de Deus. Pois, se acreditarmos que ainda somos como Deus nos criou, vai ser impossível vê-las de modo diferente. Não acham?

Rubem Alves, em uma de suas crônicas, diz que, no ego, nosso desejo é sempre o de "engaiolar o outro e levá-lo pelos caminhos que são nossos. Isso vale para tudo: marido-mulher, pai-filha, mãe-filho, patrão-empregado, professor-aluno...". Mas há uma saída, ainda de acordo com ele, "que sugere a possibilidade de uma relação sem gaiolas", está em "um pequeno poema de [Fritz] Perls":

Eu sou eu.
Você é você.
Eu não estou neste mundo para atender
às suas expectativas.
E você não está neste mundo para atender
às minhas expectativas.
Eu faço a minha coisa.
Você faz a sua.
E quando nos encontramos.
É muito bom.


As práticas das ideias que revisamos hoje, envoltas na ideia de que também somos amor porque Deus é só Amor, podem nos levar à compreensão de que, de fato, ainda somos como Deus nos criou e de que todas as pessoas que se apresentam a nós em qualquer ocasião de nossas vidas são o Filho santo de Deus que veio para nos abençoar. Mesmo que de uma forma que ainda não somos capazes de compreender. 

Lembram-se da primeira lei espiritual que se ensina na Índia: "a pessoa que vem [sempre, em qualquer circunstância, em qualquer situação] é a certa"?

Este comentário, até aqui, há de lembrar os que seguem o blogue há algum tempo, é praticamente o mesmo que fiz para esta mesma lição nos últimos anos.

Vou acrescentar apenas uma observação a respeito da necessidade de abandonarmos qualquer impressão que tenhamos de conhecer alguém, se o conhecemos somente a partir da aparências, se não formos capazes de olhar para o que está além do corpo, como ensina o Curso.

Quem, além do Curso, chama a atenção para isso é Joel Goldsmith, que diz:

"Até agora conheceste a teus amigos, parentes, pacientes e alunos como seres humanos, alguns bons e outros maus. De hoje em diante não deverás mais conhecê-los como bons nem maus; deverás conhecê-los como seres espirituais. É tão errado conhecer um homem como sendo bom, quanto conhecê-lo como sendo mau. É tão errado considerar um homem rico, quanto considerá-lo pobre. Não deves conhecer a nenhuma pessoa como boa ou má, segundo a carne [a forma, o corpo]. Doravante deves conhecê-la como a Cristo."

Às práticas?

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