quinta-feira, 23 de junho de 2011

Nossa infelicidade não vem dos fatos da vida

LIÇÃO 174

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (157) Quero entrar na Sua Presença agora.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (158) Hoje aprendo a dar como recebo.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:

Repriso aqui o comentário feito a esta mesma lição no ano passado. Acho que continua pertinente e pode levar ao aprofundamento da reflexão:

As ideias que revisamos nesta quinta-feira, dia 23 de junho, nos levam a refletir a respeito das escolhas que fazemos a todo instante, a maior parte das vezes de forma inconsciente, porque os efeitos delas fazem que nos perguntemos com frequência, como Paulo, em uma das cartas nos Evangelhos, se não estou enganado, "por que faço o mal que não quero, e não o bem que quero"?

Eckhart Tolle, em seu livro O Poder do Silêncio, diz o seguinte: "O ego precisa estar em conflito com alguém ou com alguma coisa. Isso explica por que, apesar de você querer, paz, alegria e amor, não consegue suportar a paz, a alegria e o amor por muito tempo. Você diz que quer ser feliz, mas está viciado em ser infeliz".

Eis aí a questão! Estamos viciados no ego. E, embora digamos a nós mesmos muitas vezes que queremos algo diferente, dizemo-lo apenas da boca para fora, de forma irrefletida e inconsciente, porque ainda não sabemos, de fato, o que queremos. E temos muito medo de escolher errado. E mais medo ainda de escolher certo.

O que nos resta fazer, então? Aprender mais a respeito de nosso vício, para trazê-lo à consciência e reconhecer todos os efeitos de sua presença em nossa vida. Pois, ainda de acordo com Tolle, no mesmo livro, nossa infelicidade não vem dos fatos da vida, mas do condicionamento de nossas mentes.

As práticas diárias das ideias que o Curso nos oferece, bem como outras práticas que busquem nos pôr em contato com nós mesmos, com o Ser, com o divino em nós, são um remédio milagroso para eliminar o vício que aprendemos com o mundo, eliminando também, por consequência, todos os seus efeitos e permitindo que experimentemos a paz de Deus.

Duvidam? Todos nós já passamos por uma situação na qual "perdemos as estribeiras", isto é, uma situação em que reagimos de uma forma que nos surpreende por completo. Ao relatá-la, depois de passado algum tempo, costumamos dizer: "aquilo me deixou completamente fora de mim". Na verdade, salvo alguns "instantes santos" é assim que vivemos no ego a maior parte do tempo. E dizemos também: "quando caí em mim" percebi o estrago, mas já era tarde demais.

O que significa "estar fora de si", senão inconsciência, não estar no agora, não estar presente por inteiro na situação, não estar em Deus? E "cair em si" não é a mesma coisa que recobrar a consciência, estar presente, estar em Deus, na Sua Presença?

Aproveitemos, pois, as ideias das práticas da revisão de hoje para "entrar na Sua Presença", aprender a ficar Nela e a compartilhá-la com todos aqueles a quem vamos encontrar neste dia, oferecendo-lhes a Presença, da mesma forma que A recebemos.

2 comentários:

  1. Oi Moisa,
    Ja passou o jetlag?
    Estava viajando esses dias, e voltei com alguns questionamentos, que foram respondidos com esta licao de hj.

    Muito esclarecedor seu comentario.

    Obrigada.
    besitos
    Dani

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  2. .
    Mouss, querido ...
    Valeu pelo "recado".
    É sempre bom reforçar esse empenho, que as vezes nas situações que criamos e que acabamos por experimentar em nosso dia a dia, acabam por nos "distrair" da meta, nos esquecendo momentaneamente dela, por nos envolvermos demais com elas, em especial quando as julgamos difíceis, ou desagradáveis, o que pode nos causar um certo cansaço, talvez o esquecimento, nos levando tmb a mudar o foco.

    Mas, faz parte do show. E o caminho ainda é longo, dentro dessa noção de tempo que ainda nos ilude. Mas a certeza de que não estamos sozinhos, que podemos ter toda a ajuda que precisamos, aqui mesmo dentro de nós, que basta nos voltarmos para dentro, e entregar nosso ser a Quem pode faze-lo, e ao Seu Amor, sempre disponível, é o que pode nos manter cada vez mais livres das consequências dessas escolhas equivocadas, que não nos permitem viver nesse estado de felicidade que deveria ser o nosso estado natural.
    Mas que nem por isso, devemos julgar um erro, mas aceita-las por terem sido o melhor que pudemos fazer, e a única coisa que pudemos fazer no momento.
    O que nos devolve ao
    Sinto muito, me perdoe, Eu te amo, Sou Grata!

    Obrigada meu querido ...
    Carmen.

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