sábado, 11 de junho de 2011

De volta à condição original de Filho de Deus

LIÇÃO 162

Eu sou como Deus me criou.

1. Este único pensamento, mantido na mente de forma decidida salvaria o mundo. Vamos repetí-lo de vez em quando, quando alcançarmos outro estágio no aprendizado. Ele significará muito mais para ti à medida que avançares. Estas palavras são sagradas, pois são as palavras que Deus deu em resposta ao mundo que fizeste. A partir delas o mundo desaparece e todas as coisas, vistas nas nuvens sombrias e ilusões fúteis dele, desaparecem assim que se diz estas palavras. Pois elas vêm de Deus.

2. Eis aqui a Palavra por meio da qual o Filho Se tornou a felicidade do Pai, Seu Amor e Sua completude. Aqui se anuncia e se exalta a criação tal como ela é. Não há nenhum sonho que estas palavras não dissipem, nenhuma ideia de pecado e nenhuma ilusão que o sonho contenha que não se desvaneçam diante de sua força. Elas são as trombetas do despertar que ressoam pelo mundo. Os mortos despertam em resposta a seu chamado. E os que vivem e ouvem estes sons nunca verão a morte.

3. Na verdade, aquele que torna suas estas palavras é santo, despertando com elas em sua mente, lembrando-se delas ao longo do dia, trazendo-as consigo à noite quando for dormir. Seus sonhos são felizes e seu descanso seguro, sua segurança está garantida e seu corpo curado, porque ele sempre dorme e acorda com a verdade diante de si. Ele salvará o mundo, porque dá a ele o que recebe cada vez que pratica as palavras da verdade.

4. Hoje praticamos de modo simples. Pois as palavras que usamos são poderosas e não precisam de nenhuma ideia além de si mesmas para mudar a maneira de pensar daquele que as usa. Ela muda de forma tão completa que é agora a sala do tesouro na qual Deus deposita todas as Suas dádivas e todo o Seu Amor, para serem distribuídos ao mundo inteiro, aumentando ao serem dados, mantidos completos porque seu compartilhar é ilimitado. E, desta forma, aprendes a pensar com Deus. A visão de Cristo devolve tua visão salvando tua mente.

5. Nós te exaltamos hoje. É teu o direito à santidade perfeita que aceitas agora. Com esta aceitação, traz-se a salvação para todos, pois quem poderia apreciar o pecado quando santidade como esta abençoa o mundo? Quem poderia se desesperar se a alegria perfeita é tua, acessível a todos como a cura da tristeza e do sofrimento, de toda sensação de perda, e para a liberação completa do pecado e da culpa?

6. E quem não quer ser teu irmão agora; tu, seu redentor e salvador. Quem poderia deixar de te acolher em seu coração com um convite amoroso, ansioso para se unir a alguém igual a si em santidade? Tu és como Deus te criou. Estas palavras dissipam a noite e não há mais escuridão. A luz veio hoje para abençoar o mundo. Pois tu reconheces o Filho de Deus e neste reconhecimento está o reconhecimento do mundo.


*

COMENTÁRIO:

No momento em que preparo este comentário, lembrando do último encontro do grupo de estudos da terça, dia 31  de maio, ocorre-me perguntar: Vocês já se deram conta de que cada um de nós só ouve aquilo que quer ouvir? Há uma explicação para isso, vocês não acham?

Conforme eu comentava a partir de um dos momentos de tentativa de entender um aspecto particular de um trecho que leitura que fizemos, não podemos nos enganar nunca acreditando que aquilo que dizemos a uma pessoa em particular ou a um grupo de pessoas, independentemente das palavras que usemos, é exatamente aquilo que a pessoa ou o grupo entende.

Não é! E por quê? Porque todos nós usamos filtros individuais que desenvolvemos a partir de nosso próprio experimentar do mundo e tudo o que vemos, ouvimos, cheiramos, tocamos ou provamos recebe um significado que busca apenas confirmar aquilo que acreditamos a respeito de nós mesmos, do mundo e de tudo o que experimentamos nele.

Neste sábado, dia 11 de junho, no entanto, vamos compartilhar as práticas de uma ideia que - quem sabe?, pode nos dar  um instante único de uma compreensão comum. Uma ideia que quer, e pode, nos devolver à condição original de Filhos de Deus, uma ideia que já vimos e praticamos antes. Uma das mais importantes ideias que precisamos aprender para alcançar o objetivo do auto-conhecimento que nos propõe o  Curso.

Como eu já disse também e como o Curso diz, ao mesmo tempo em que é importante para que alcancemos o objetivo do Curso, a ideia que praticamos hoje é também um dos mais poderosos instrumentos de que podemos nos valer para dissipar todas as ilusões do mundo, eliminando com elas nossa necessidade de interpretação e devolvendo ao mundo, e às coisas nele, a neutralidade original, que não depende de nosso julgamento, ou de nossa percepção.

E voltando à pergunta do início deste comentário: alguém acha que faz diferença para um copo dizer-se a ele que ele é grande, pequeno, verde ou incolor, de vidro ou de plástico, que está cheio, meio cheio ou meio vazio? Ou mesmo que faça alguma diferença para aquilo que o objeto é, em essência, que se dê a ele o nome de copo ou o de vaso, ou que se o chame simplesmente de um recipiente para se armazenar líquidos, se este for o fim para o qual o utilizamos? Ele também poderia servir, para usar o mesmo exemplo dado no ano passado, como um instrumento de medida, numa receita.

O mundo, e tudo o que existe nele, é neutro [Vocês já ouviram isto antes?]. E eu sou como Deus me criou. Isto é tudo o que precisamos saber para mudar por completo nossa forma de pensar acerca de nós mesmos e a respeito do mundo e de tudo o que nos cerca. Pois isto, como já foi dito antes também, devolve a cada um de nós a condição original de Filho de Deus e a unidade com tudo e com todos. E devolve ao mundo sua condição original, de simples instrumento de que nos podemos valer para experimentar o que somos em Deus e com Ele.

É para aprender isto que praticamos hoje.

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