domingo, 1 de maio de 2011

As práticas para ultrapassar os obstáculos à paz

LIÇÃO 121

O perdão é a chave para a felicidade.

1. Eis aqui a resposta para a tua busca de paz. Eis aqui a chave para o sentido em um mundo que parece não fazer nenhum sentido. Eis aqui o caminho para a segurança nos perigos aparentes que parecem te ameaçar a cada esquina e trazer incerteza para todas as tuas esperanças de encontrar serenidade e paz em algum momento. Nisto, todas as perguntas são respondidas; nisto, finalmente, garante-se o fim de toda incerteza.

2. A mente que não perdoa está cheia de temor e não oferece nenhum espaço para que o amor seja ele mesmo; nenhum lugar em que ele possa estender suas asas em paz e se elevar acima do tumulto do mundo. A mente que não perdoa é triste, não tem esperança de descanso e de alívio da dor. Ela sofre e habita no sofrimento, perscrutando no escuro, sem ver, mas certa do perigo que a espreita lá.

3. A mente que não perdoa está dilacerada pela dúvida, confusa acerca de si mesma e de tudo o que vê; amedrontada e com raiva, fraca e violenta, com medo de seguir adiante, com medo de ficar, com medo de acordar ou de ir dormir, com medo de qualquer som e com mais medo ainda do silêncio; aterrorizada pelo escuro e ainda mais aterrorizada com a aproximação da luz. O que a mente que não perdoa pode perceber a não ser sua condenação? O que ela pode ver exceto a prova de que todos os seus pecados são reais?

4. A mente que não perdoa não vê nenhum erro, mas apenas pecados. Ela olha para o mundo com olhos cegos e grita estridentemente quando vê suas próprias projeções se erguerem para atacar sua paródia lamentável da vida. Ela quer viver, mas deseja estar morta. Ela quer o perdão, mas não vê nenhuma esperança. Ela quer uma saída, mas não pode conceber nenhuma porque vê o pecado em todos os lugares.

5. A mente que não perdoa está em desespero, sem perspectiva de um futuro que possa oferecer qualquer coisa a não ser mais desespero. Porém, considera seu julgamento do mundo irreversível, e não percebe que condenou a si mesma a este desespero. Ela pensa que não pode mudar, porque o que vê testemunha que seu julgamento está correto. Ela não pergunta porque pensa que sabe. Ela não questiona, segura de que está correta.

6. O perdão é conquistado. Ele não é inerente à mente, que não pode pecar. Uma vez que o pecado é uma ideia que ensinaste a ti mesmo, o perdão também tem de ser aprendido por ti, mas de um Professor diferente de ti mesmo, Que representa o outro Ser em ti. Por meio d'Ele tu aprendes como perdoar o ser que pensas que fizeste e permites que ele desapareça. Deste modo, devolves tua mente unificada Àquele Que é teu Ser e Que jamais pode pecar.

7. Toda mente que não perdoa te apresenta uma oportunidade de ensinares a tua própria mente como se perdoar. Cada uma delas espera liberação do inferno por teu intermédio e se volta para ti implorando pelo Céu aqui e agora. Ela não tem nenhuma esperança, mas tu te tornas a esperança dela. E, na condição de esperança dela, tu, de fato, te tornas tua própria esperança. A mente que não perdoa tem de aprender com o teu perdão que ela está salva do inferno. E, à medida que ensinas a salvação, tu aprenderás. Contudo, todo o teu ensinamento e todo o teu aprendizado não virão de ti, mas do Professor Que te foi dado para te mostrar o caminho.

8. Hoje praticamos aprender a perdoar. Se estiveres disposto, podes aprender hoje a pegar a chave da felicidade e a usá-la em teu próprio benefício. Dedicaremos dez minutos pela manhã e outros dez à noite, para aprender como oferecer o perdão e também como recebê-lo.

9. A mente que não perdoa não acredita que dar e receber são a mesma coisa. No entanto, tentaremos aprender que eles são a mesma coisa pela prática do perdão a alguém em quem pensas como sendo um inimigo e a alguém que consideras um amigo. E, enquanto aprendes a vê-los como um só, estenderemos a lição a ti mesmo e veremos que a saída deles incluía a tua.

10. Começa os períodos de prática mais longos pensando em alguém de quem não gostas, que parece te irritar ou te causar desgosto caso tenhas de encontrá-lo; alguém a quem desprezas vivamente ou a quem simplesmente tentas ignorar. Não importa a forma que tua raiva toma. É provável que já o tenhas escolhido. Ele servirá.

11. Agora fecha os olhos e vê-o em tua mente, e olha para ele por um momento. Tenta perceber alguma luz nele em algum lugar; um pequeno raio que nunca notaste. Tenta achar uma pequena centelha de alegria brilhando através do retrato desagradável que manténs dele. Olha para este retrato até veres uma luz em algum lugar nele e tenta, em seguida, permitir que esta luz se estenda até envolvê-lo e tornar o retrato bonito e bom.

12. Olha para esta percepção transformada por um momento e volta tua mente para aquele a quem chamas de amigo. Tenta transferir para ele a luz que aprendeste a ver em torno de teu "inimigo" anterior. Percebe-o agora como mais do que amigo para ti, pois nesta luz a santidade dele te mostra teu salvador, salvo e capaz de salvar, curado e íntegro.

13. Deixa, então, que ele te ofereça a luz que vês nele e permite que teu "inimigo" e teu amigo se unam para te abençoar com o que deste. Agora és um só com eles e eles contigo. Agora estás perdoado por ti mesmo. Ao longo de todo o dia, não te esqueças do papel que o perdão desempenha para trazer a felicidade a todas as mentes que não perdoam, a tua entre elas. Dize a ti mesmo a cada hora:

O perdão é a chave para a felicidade.
Despertarei do sonho de que sou mortal,
falível e pecador, e saberei que sou o Filho perfeito de Deus.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 1º de maio, após termos terminado nossa terceira revisão, retomamos a caminhada. E a retomamos com alegria, neste dia do trabalho, firmando mais uma vez o compromisso de continuarmos firmes em nossas práticas, porque, de fato, como estamos aprendendo, ainda há muito a se fazer, para que encontremos a salvação para nós mesmos e para o mundo todo. Para podermos viver, mesmo neste mundo, a paz e a alegria completas, que são a Vontade de Deus para todos e cada um de nós.

Na terça que passou, no grupo de estudos do UCEM, lemos parte do Capítulo 19. A parte que trata dos obstáculos à paz, entre eles nosso desejo de ficarmos livre da paz, para que possamos olhar para o mundo e impor a ele nossos julgamentos. Algo que não somos capazes de fazer quando estamos em paz. Pois estar em paz indica que nos perdoamos e perdoamos o mundo e tudo o que há nele.

Tivemos alguma dificuldade em interpretar o que o texto dizia, mas, ocorre-me agora, enquanto escrevo este comentário, que toda a dificuldade que temos em lidar com qualquer coisa que se apresente a nossa experiência está sempre ligada ao julgamento, está sempre ligada à necessidade que temos de controlar o mundo, dando a ele, e a tudo e a todos nele, todas as características que queremos acreditar que sejam verdadeiras.

Esquecemo-nos a maior parte do tempo que só podemos ver fora o que trazemos no interior e que, por isso, tudo o que o mundo nos apresenta são apenas aspectos daquilo que trazemos dentro de nós. Isto é, como o Curso diz, o mundo nada mais é do que uma projeção de nossos desejos, de nossos pensamentos e de nossos julgamentos.

Para corrigir nossa percepção equivocada é que o Curso nos oferece esta série de lições. Para nos levar de volta a nós mesmos, para nos pôr de novo em contato com o espírito em nós. E para nos oferecer nova oportunidade de experimentar a paz é que a lição de hoje nos oferece a ideia que pode abrir as portas da alegria e nos dar, como é a Vontade de Deus e a nossa, a paz que dura para sempre.

Às práticas, pois.

2 comentários:

  1. Oi Moisa, esta licao e mto importante p mim, pois preciso me perdoar, diariamente dos pecados que eu crio, com meus julgamentos. Minha percepcao equivocada sobre a felicidade!!!
    Let there be light!!!
    Paz e amor a todos!!!

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  2. Olá, Cris, querida,

    Que bom que você está conosco...

    Na verdade, o que você diz é mais ou menos a experiência de todos nós, quando nos distraímos de nós mesmos e mergulhamos no passado ou voltamos nossa atenção para o que ainda está para acontecer, para o futuro.

    É só por isso que precisamos nos perdoar, pois quando vivemos nossa experiência no presente, estando e sendo presentes na experiência que se apresenta, não há necessidade de perdão, pois não há julgamento.

    O julgamento - e, portanto, a necessidade do perdão - só se dá quando nos abandonamos à comparação entre o que pensamos ser e viver e o que vivemos no passado, ou entre o que estamos vivendo, e julgando ser uma experiência ruim [ou boa], comparando-a com o que gostaríamos de viver no futuro.

    Por isso, o perdão é a chave para a felicidade, pois ele nos devolve ao presente, ao que somos, na verdade. Ele nos devolve a consciência de que ainda somos como Deus nos criou.

    Obrigado por comentar.

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