segunda-feira, 9 de maio de 2011

Aprendendo a escolher de modo diferente

LIÇÃO 129

Além deste mundo há um mundo que eu quero.

1. Esta é a ideia que se segue à que praticamos ontem. Tu não podes te limitar à ideia de que o mundo é inútil, pois, a menos que vejas que há alguma coisa mais para se esperar, só ficarás deprimido. Nossa ênfase não está na desistência do mundo, mas na troca dele por aquilo que é muito mais satisfatório, pleno de alegria e capaz de te oferecer paz. Pensas que este mundo pode te oferecer isto?

2. Talvez valha a pena pensar mais uma vez por um breve momento a respeito do valor deste mundo. Talvez admitas que não há nenhuma perda em se abandonar toda a ideia de valor aqui. O mundo que vês é, de fato, impiedoso, instável, cruel, idiferente a ti, rápido na vingança e implacável em seu ódio. Ele só dá para tirar e afastar todas as coisas que te foram caras por algum tempo. Não se encontra o amor duradouro, pois não há nenhum aqui. Este é o mundo do tempo, aonde todas as coisas acabam.

3. Será uma perda achar, em lugar deste, um mundo no qual seja impossível perder; em que o amor dure para sempre e a vingança não tenha nenhum significado? Será perda encontrar todas as coisas que realmente queres e saber que elas não têm fim e que continuarão a ser exatamente como as queres ao longo do tempo? Não obstante, até mesmo elas serão finalmente trocadas por aquilo de que não podemos falar, pois tu vais, daí, a um lugar onde as palavras falham por completo, na direção de um silêncio no qual não se fala uma língua e, contudo, compreende-se com certeza.

4. A comunicação, precisa e clara como o dia, permanece ilimitada por toda a eternidade. E o Próprio Deus fala a Seu Filho, da mesma forma que Seu Filho fala com Ele. A linguagem d'Eles não tem palavras, porque o que Ele dizem não pode ser representado por meio de símbolos. O conhecimento d'Eles é direto e totalmente compartilhado e totalmente uno. Quão distante disto estás, tu, que permaneces preso a este mundo. E, todavia, quão próximo estás, quando o trocas pelo mundo que queres.

5. Agora o último passo é certo; agora, estás a um instante da intemporalidade. Aqui só podes olhar para frente, nunca para trás, para ver de novo o mundo que não queres. Eis aqui o mundo que vem para tomar o lugar dele, quando libertas tua mente das ninharias que o mundo apresenta para te manter prisioneiro. Não dês valor a elas e elas desaparecerão. Valoriza-as e elas te parecerão reais.

6. A escolha é esta. Que perda pode haver para ti em escolher não valorizar o nada? Este mundo não tem nada que realmente queiras, mas aquilo que escolhes em seu lugar tu, de fato, queres! Deixa que ele te seja dado hoje. Ele espera apenas por tua escolha para tomar o lugar de todas as coisas que buscas mas não queres.

7. Pratica tua vontade para fazer esta troca dez minutos pela manhã e à noite, e mais uma vez no intervalo entre uma e outra. Começa com isto:

Além deste mundo há um mundo que eu quero. Escolho ver aquele
mundo em vez deste, pois aqui não há nada que eu realmente queira.

Em seguida, fecha os olhos sobre o mundo que vês e na escuridão silenciosa observa as luzes que não são deste mundo se acenderem uma a uma, até que o lugar onde uma começa e a outra termina perca todo o significado enquanto elas se fundem numa só.

8. Hoje, as luzes do Céu se inclinam em tua direção, para brilhar sobre tuas pálpebras enquanto descansas além do mundo da escuridão. Eis aqui a luz que teus olhos não podem ver. E, no entanto, tua mente pode vê-la com clareza e pode compreender. Hoje te é dado um dia de graça e nós agradecemos. Percebemos claramente neste dia que o que temias perder era apenas a perda.

9. Agora, de fato, compreendemos que não existe perda. Pois, finalmente, vimos o oposto dela e estamos gratos porque a escolha foi feita. Lembra-te de tua decisão a cada hora e reserva um instante para confirmar tua escolha, deixando de lado quaisquer pensamentos que tenhas e dando ênfase, por um breve instante, apenas a isto:

O mundo que vejo não tem nada que eu queira.
Além deste mundo há um mundo que eu quero.

*

COMENTÁRIO:

Nesta segunda-feira, dia 9 de maio, passado o momento em que nos lembramos e agradecemos a Deus por nossa mãe, abraçando nela todas as mães do mundo; passado o momento em que voltamos também, ainda que apenas por um instante, nossa atenção para aquelas mães que já não estão fisicamente com seus filhos, oferecendo a elas e a eles todo o amor de que somos capazes, para que nossa atenção amorosa atingisse a todos os corações de todas as mães e de todos os filhos; e tendo feito o mesmo com todas as mães cujos filhos já não estão fisicamente presentes, para dissipar todo o sofrimento, envolvendo mães e filhos no mesmo abraço amoroso, que nos dá a certeza de que valeu a pena o amor que compartilhamos na forma por algum tempo, voltamos novamente nossa atenção para este mundo por alguns instantes. Para aprender que, independentemente, do que vemos nele, ele não nos oferece nada que realmente queiramos, conforme nossa prática de ontem. Para aprender que "além deste mundo, há um um mundo" que queremos verdadeiramente, mesmo não tendo isso ainda muito claro em nossa consciência.

Apesar de nossa experiência de vida estar ligada a este mundo das formas, que aparentemente vemos, e que mudam conforme muda nosso olhar, a lição deste dia nos convida a praticar a ideia da existência de um mundo que se situa além deste que vemos. Mais: que é esse mundo, o que ainda não somos capazes de ver, o que, de verdade, queremos. Praticar esta ideia, pois, vai nos fazer entender melhor as experiências por que passamos. Principalmente se já formos capazes de entender que todas elas sempre se apresentam a nós a partir de uma escolha que fazemos, individual ou conjuntamente. Uma escolha que sempre podemos mudar, quando aceitamos a responsabilidade pela experiência que o mundo nos apresenta, sendo gratos por ela ter se apresentado.

Aprendamos, portanto, com as práticas de hoje a agradecer por tudo o que recebemos e por tudo o que vivemos, para alcançarmos a certeza de que "todas as coisas cooperam para o bem". E "que tudo está [sempre, no momento em que olhamos para o mundo] absolutamente certo da forma como está". Nem poderia se diferente. E, se ainda não somos capazes de ver assim, é porque ainda não aprendemos a escolher de modo diferente.

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