sexta-feira, 12 de agosto de 2016

"As coisas só acontecem quando algo se move."


1. O que é o perdão?

1. O perdão reconhece que o que pensaste que teu irmão fez a ti não aconteceu. Ele não perdoa os pecados e os torna reais. Ele vê que não houve pecado. E, em vista disso, todos os teus pecados são perdoados. O que é o pecado exceto uma ideia falsa acerca do Filho de Deus? O perdão simplesmente vê sua falsidade e, em razão disso, a abandona. Agora, então, o que fica livre para ocupar seu lugar é a Vontade de Deus.

2. Um pensamento que não perdoa é um pensamento que faz um juízo ao qual não porá em dúvida, embora não seja verdadeiro. A mente está fechada e não será liberada. O pensamento oculta a projeção, apertando suas correntes a fim de que as distorções fiquem mais veladas e mais disfarçadas; menos facilmente sujeitas à dúvida e mantidas mais distante do bom senso. O que pode se interpor entre uma projeção rígida e o objetivo que ela escolhe como a meta que quer?

3. Um pensamento que não perdoa faz muitas coisas. Busca seu objetivo numa ação frenética, torcendo e destruindo aquilo que vê como intromissões ao caminho que escolheu. Seu objetivo, e também o meio pelo qual quer alcançá-lo, é a distorção. Ele inicia suas tentativas furiosas de esmagar a realidade sem preocupação com qualquer coisa que pareça apresentar uma contradição a seu ponto de vista.

4. O perdão, por outro lado, é tranquilo e, de modo sereno, não faz nada. Ele não transgride nenhum aspecto da realidade, nem busca alterá-la para formas que lhe agradem. Ele olha simplesmente e espera, e não julga. Aquele que não quer perdoar tem de julgar, pois precisa justificar seu fracasso em perdoar. Mas aquele que quer perdoar tem de aprender a receber a verdade exatamente como ela é.

5. Não faças nada, então, e permite que o perdão te mostre o que fazer, por intermédio d'Aquele Que é teu Guia, teu Salvador e Protetor, forte em esperança e certo de teu êxito final. Ele já te perdoou, porque esta é Sua função, que Lhe foi dada por Deus. Agora tu tens de compartilhar a função d'Ele e perdoar aquele que Ele salvou, cuja inocência Ele vê e a quem Ele reconhece como o Filho de Deus.

*

LIÇÃO 225

Deus é meu Pai e Seu Filho O ama.

1. Pai, eu tenho de retribuir Teu Amor por mim, pois dar e receber são a mesma coisa. Tu me dás todo o Teu Amor. Eu tenho de retribuí-lo, pois o quero meu em plena consciência, proclamando-o em minha mente e mantendo-o ao alcance de sua luz benigna, inviolado, amado, com o medo deixado para trás e apenas a paz pela frente. Quão sereno é o modo pelo qual Teu Filho amado é conduzido a Ti!

2. Irmão, nós encontramos esta serenidade agora. O caminho está aberto. Agora nós o seguimos juntos, em paz. Tu estendeste tua mão para mim e nunca te abandonarei. Somos um só e é só esta verdade que buscamos enquanto damos estes passos finais que concluem uma jornada que não começou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 225

Repetindo Einstein e o comentário a esta lição feito em anos anteriores, ele disse: "As coisas só acontecem quando algo se move".

Que lhes parece que isso significa ou pode significar à luz do ensinamento que o Curso oferece e que buscamos compartilhar?

Wayne Dyer, em um de seus livros, se refere ao trabalho de uma cientista de nome Valerie Hunt, que concluiu, a partir de suas pesquisas que, à maneira de Einstein, não podemos considerar o corpo formado por sistemas ou tecidos orgânicos, porque o corpo "é um campo de energia eletrodinâmica fluente e interativo".

Isto quer dizer, como conclui a própria pesquisadora, que "o movimento é mais natural do que o não-movimento - as coisas que se mantêm em circulação são inerentemente boas". E que "qualquer coisa que interfira no fluxo produzirá efeitos prejudiciais".

Ora, o Curso ensina que somos "espírito", e não corpos. Corpos são ilusões. Espírito é energia. De que modo podemos, então, viver na prática o ensinamento do Curso? Isto é, de que maneira podemos transformar as experiências da vida, em que vivemos um aparente pesadelo, em um sonho feliz?

Aprendendo que, como diz Dyer, "qualquer coisa que desaparece quando o espírito é colocado no seu lugar sempre foi uma ilusão. Quando ela pode desaparecer sem deixar vestígios, você sabe que ela nunca foi real".

Assim, o que o Curso nos oferece com as práticas diárias é a oportunidade de abandonarmos quaisquer ilusões. As práticas visam a nos levar ao contato com a percepção verdadeira. Aquela que mostra a cada um de nós o que somos, na verdade. Além da ilusão daquilo que pensamos experimentar e perceber a partir dos sentidos.

Então, como o Curso sugere que façamos em relação às lições, lá na Introdução ao Livro de Exercícios, tudo o que precisamos fazer é aplicar as ideias, independentemente do que pensamos acreditar. Isto é, no dizer de Dyer, precisamos aprender que nossa função primordial não é dizer "Como?". É dizer "Sim"!

Às práticas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário