quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tudo o que pode existir é manifestação do divino


LIÇÃO 262

Que eu não perceba nenhuma diferença hoje.

1. Pai, Tu tens um único Filho. E é para ele que quero olhar hoje. Ele é Tua única criação. Por que eu deveria perceber mil formas naquilo que continua a ser único? Por que eu deveria dar a este único mil nomes quando um só basta? Pois Teu Filho tem de levar Teu Nome, porque Tu o criaste. Que eu não o veja como um estranho para Seu Pai, nem como um estranho para mim. Pois ele é parte de mim e eu dele, e nós, eternamente unidos em Teu Amor, somos parte de Ti Que és nossa Fonte; somos o Filho santo de Deus eternamente.

2. Nós, que somos um só, queremos reconhecer a verdade acerca de nós mesmos neste dia. Queremos ir para casa e descansar na unidade. Pois a paz está lá e não pode ser buscada e encontrada em nenhum outro lugar.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 262

Que tal nos lembrarmos mais uma vez de que o que o Curso nos pede hoje, com a ideia para as práticas,  é que deixemos de lado todas as diferenças. Até porque elas são apenas aparentes e se referem tão somente àquilo que projetamos à volta de nós. É desta projeção de aparentes diferenças que nasce o mundo inteiro e tudo o que aparentemente não nos parece correto no mundo é só o que não queremos aceitar com parte de nós mesmos. Pois, como já lhes disse antes, é a ideia de que existe alguma diferença entre o que somos e o que são todos aqueles que habitam o mundo conosco que nos leva a comparações e nos prende a julgamentos. Isso é claro só pode redundar em reforço na crença na separação.

Temos de ter sempre presente que não importa o que o ego nos diz. Pois tudo o que ele pode dizer se refere unicamente à percepção dos sentidos. E os sentidos não podem ser confiáveis, em praticamente nenhuma circunstância, quando a serviço do sistema de pensamento do ego. Assim é que tudo o que vemos é fruto de nossa percepção. 

E tem mais. Lembram-se de que já lhes falei da forma pela qual Ken Wilber dá orientação que nos permite avaliar se estamos vendo de forma correta aquilo que estamos vendo? Para termos bem claro se estamos vendo o que, de fato, se apresenta a nossa experiência ou se estamos vendo apenas nossa interpretação do que vemos. Quer dizer, para descobrirmos se estamos oferecendo ao que se nos apresenta o olhar correto ou o olhar do julgamento do falso eu, que só vê de modo equivocado.

Diz ele o seguinte: quando olhamos para alguma coisa, pessoa ou situação, seja em que momento for, e o que vemos apenas nos informa, isto é, acrescenta alguma informação nova a nosso repertório, estamos olhando de forma correta. Se, por outro lado, olhamos para alguma coisa, pessoa ou situação, em qualquer dado momento, e o que vemos nos perturba, incomoda ou nos deixa irritados ou deprimidos, inquietos e preocupados, é preciso que mudemos nossa forma de olhar. Pois isto é uma indicação segura de que estamos reagindo, não ao que vemos, mas à interpretação que fazemos do que vemos.

Não lhes parece, pois, que faz todo o sentido trabalhar com a ideia que o Curso nos oferece para as práticas de hoje? Para nos tornarmos capazes de olhar para o mundo e ver nele só o mesmo. Isto é, ver que tudo o que existe e é verdadeiro é a manifestação do divino por trás da diversidade de formas que projetamos para completar nossa experimentação do mundo.

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