LIÇÃO 266
Meu Ser sagrado vive em ti, Filho de Deus.
1. Pai, Tu me deste todos os Teus Filhos para serem meus salvadores, meus conselheiros visíveis; os portadores da Tua Voz santa para mim. Tu estás refletido neles e, neles, Cristo olha para mim desde o meu Ser. Que Teu Filho não se esqueça de Teu Nome santo. Que Teu Filho não se esqueça de sua Fonte santa. Que Teu Filho não se esqueça de que o Nome dele é o Teu.
2. Neste dia entramos no Paraíso, invocando o Nome de Deus e nosso próprio nome, reconhecendo nosso Ser em cada um de nós; unidos no Amor santo de Deus. Quantos salvadores Deus nos deu! Como podemos perde o caminho para Ele, quando Ele enche o mundo com aqueles que O indicam e nos dá a visão para olhar para eles?
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 266
A ideia que vamos praticar hoje, do ponto de vista da percepção dos sentidos do corpo, não faz nenhum sentido. Isto é, ela se refere a algo que o ego - o falso eu - tem muito medo que venhamos a descobrir, ou lembrar, acerca de nós mesmos, o que o deixaria sem chão.
O que somos na verdade é o Ser sagrado, que vive em Deus e em Seu Filho, que é o que somos e é o que Deus é. Mas para entrar em contato com esta verdade é preciso que nos afastemos do mundo. É preciso que olhemos para o mundo de um ponto de vista que não se baseie nas impressões da percepção do corpo e que nos mostre que há, em tudo e em todos, alguma coisa além da forma que o olhos veem.
Isto tem a ver com a ideia de modificar a percepção, de mudar o modo de ver. Tem a ver com chegar ao ponto de saber que não há nada no mundo, por mais real que nos pareça, que não passe de ilusão, se vocês tiverem em mente o que falamos a respeito disso na lição de ontem.
Mudar o modo de ver é curar a percepção. É escolher a percepção correta do Espírito Santo, substituindo por ela a percepção do ego e dos sentidos. Trabalhamos com isto na primeira parte do livro de exercícios, cujas ideias buscavam nos ensinar um modo de desaprender aquilo que o mundo ensina.
Mas também podemos, nesta segunda parte, sem sombra de dúvida, nos valer das ideias da primeira como forma de alcançar a percepção correta, que é o que o Curso se propõe a nos ensinar agora. Assim, eis aqui parte do comentário feito antes a esta lição:
Não há nada a temer [Lição 48]. Nestes tempos aparentemente conturbados que vivemos, em que todos os veículos de comunicação - ou a maioria deles - escolheram nos contar quase que apenas aquelas notícias que confirmam a ideia de - e reforçam a crença na - separação, e nos aconselham a ter medo até do vizinho ao lado, precisamos recorrer com frequência a esta lição. Ela figura, em meu modo de ver, entre as mais importantes do Curso, no que diz respeito à meta da primeira parte do livro de exercícios: o desaprender daquilo que o mundo nos ensina, como disse acima.
Há uma espécie de sintonia - e não poderia ser diferente - entre a ideia da lição 48 e esta que praticamos hoje. Pois, se prestamos atenção, perceberemos que, de fato, não há razão alguma para se temer nenhuma das pessoas que aparentemente povoam este nosso mundo. A ideia de hoje nos ensina a olhar para todos e para cada um e ver neles o nosso salvador. Todos têm a função de nossos "conselheiros visíveis". Seja qual for a forma com que se apresentem. Seja qual for a mensagem que nos tragam.
Se olharmos bem para cada uma das pessoas que se apresenta em nossa vida, seremos capazes de identificar nela o Filho de Deus, a menos que estejamos nos sentindo separados d'Ele, o que significa que não estamos experimentando o Ser em nós mesmos, que estamos apenas distraídos de nós mesmos.
E, mais uma vez, não há como não lembrar e deixar de voltar às falas do jagunço Riobaldo, do livro Grande Sertão: Veredas. Ouçam o que ele diz a certa altura:
"Pensar mal é fácil, porque esta vida é embrejada. A gente vive, eu acho, é mesmo para se desiludir e desmisturar. A senvergonhice reina, tão leve e leve pertencidamente, que por primeiro não se crê no sincero sem maldade."
Não é mesmo o caso de se buscar praticar com mais afinco?
Há uma espécie de sintonia - e não poderia ser diferente - entre a ideia da lição 48 e esta que praticamos hoje. Pois, se prestamos atenção, perceberemos que, de fato, não há razão alguma para se temer nenhuma das pessoas que aparentemente povoam este nosso mundo. A ideia de hoje nos ensina a olhar para todos e para cada um e ver neles o nosso salvador. Todos têm a função de nossos "conselheiros visíveis". Seja qual for a forma com que se apresentem. Seja qual for a mensagem que nos tragam.
Se olharmos bem para cada uma das pessoas que se apresenta em nossa vida, seremos capazes de identificar nela o Filho de Deus, a menos que estejamos nos sentindo separados d'Ele, o que significa que não estamos experimentando o Ser em nós mesmos, que estamos apenas distraídos de nós mesmos.
E, mais uma vez, não há como não lembrar e deixar de voltar às falas do jagunço Riobaldo, do livro Grande Sertão: Veredas. Ouçam o que ele diz a certa altura:
"Pensar mal é fácil, porque esta vida é embrejada. A gente vive, eu acho, é mesmo para se desiludir e desmisturar. A senvergonhice reina, tão leve e leve pertencidamente, que por primeiro não se crê no sincero sem maldade."
Não é mesmo o caso de se buscar praticar com mais afinco?
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