quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Temos muito a desfazer para voltar à visão


LIÇÃO 2

Eu dou a todas as coisas que vejo neste quarto [nesta rua, desta janela, neste lugar]
todo o significado que têm para mim.

1. As práticas com esta ideia são as mesmas que aquelas com a primeira. Começa com as coisas que estão perto de ti e aplica a ideia a qualquer coisa sobre a qual teu olhar pouse. Depois, amplia o alcance para fora. Vira a cabeça para incluir o que quer que esteja em qualquer um dos lados. Se possível, vira-te e aplica a ideia àquilo que estava atrás de ti. Continua, tanto quanto possível, a não fazer distinção quando escolheres os sujeitos para a aplicação da ideia; não te concentres em nenhuma coisa em particular e não tentes incluir tudo o que vês em uma área determinada, ou introduzirás tensão.

2. Olha simplesmente com naturalidade e com razoável rapidez ao teu redor, tentando evitar a escolha por tamanho, brilho, cor, material ou pela importância relativa para ti. Escolhe os objetos simplesmente quando os vires. Tenta aplicar o exercício com igual facilidade a um corpo ou a um botão, uma mosca ou um piso, um braço ou uma maçã. O único critério para a aplicação da ideia a qualquer coisa é simplesmente que teus olhos a tenham encontrado. Não faças nenhuma tentativa de incluir qualquer coisa em particular, mas certifica-te de que nada seja excluído de forma específica.

*

COMENTÁRIO: 

E então, gostaram de explorar a primeira lição com Tara Singh? Prontos para a segunda? É o que vamos fazer, nesta quarta-feira, dia 2 de janeiro.


Explorando a LIÇÃO 2

"Eu dou a todas as coisas que vejo neste quarto, [nesta rua, desta janela, neste lugar]
todo o significado que têm para mim."

As práticas com esta ideia são as mesmas que aquelas com a primeira. Começa com as coisas que estão perto de ti e aplica a ideia a qualquer coisa sobre a qual teu olhar pouse. Depois, amplia o alcance para fora. 

Teus olhos veem uma árvore - mas a árvore é somente teu conceito de algo que cresce e abriga vida. Tu lhe dás o nome de "árvore". Tu vês que ela é uma bela árvore, ou que ela tem frutos, e aprendes a respeito dela. Isso é parte da função de teu cérebro.

Mas a visão não vê a árvore. A visão só vê a totalidade. Ela não pode separar a árvore de qualquer outra coisa. Só o cérebro dá nomes a coisas diferentes.

Nós vemos a partir do pensamento. O pensamento tem desejos e problemas. A visão não. A questão é, então, ser liberado do pensamento que projetamos. Ele não faz parte da criação. Deus não criou o pensamento; Deus criou a visão.

Como podes te libertar do pensamento? Tu precisas do Espírito Santo para sair do mundo do pensamento projetado e desfazer aquilo que não tem significado. Querer que o Espírito Santo resolva teus problemas, no entanto, é a premissa errada. Para o Espírito Santo, os problemas não existem. Se quiseres estabelecer contato com o Espírito Santo, tens de desfazer teus próprios problemas.

Podes tomar a decisão de não permitir nunca que teu pensamento projetado te governe? Quando tens verdadeiramente a intenção de ver a falta de significado do pensamento, o Espírito Santo já está te liberando e te trazendo à visão. Mas, se estiveres satisfeito no ponto aonde estás, então não precisas do Espírito Santo.

Não podes te aproximar do Espírito Santo querendo alguma coisa porque o Espírito Santo desfaz qualquer coisa que queiras. Podes pensar: "Agora tenho alguém a minha disposição". Não. O Espírito Santo não é um garoto de recados. Ele não vai aumentar teu sofrimento; para começar é tua carência que te prendeu na armadilha. Se realmente invocares o Espírito Santo, podes continuar a viver com teus valores antigos? O Espírito Santo dissipa as ilusões de querer e de ver. Quando valorizas a visão acima de qualquer coisa, o Espírito Santo está presente. Tua própria disposição de desfazer O convida.

Podes perceber que, para se relacionar com o Espírito Santo, já deve ter havido uma mudança de valores dentro de ti? Tu estás deixando o mundo para trás por desfazê-lo.

Porém, a menos que ponhamos energia nisso, não seremos receptivos ao desfazer. Vivemos no nível da dualidade - do gostar e do não gostar, "quero isto" e "não quero aquilo". Quanto do mundo teremos de deixar para trás para descobrir que na realidade não existem árvores separadas, religiões separadas, nacionalidades separadas. À medida que nos movemos na direção do reconhecimento de nós mesmos tal qual Deus nos criou, o Espírito Santo já está aí, já está ajudando.

Lembra da Lição 1: Nada do que vejo... significa coisa alguma. Protestamos: "Tenho de justificar minha visão. Minha visão dá significado a minha existência. Como vou viver no mundo. Como posso lidar com a questão do medo"? Estas questões estão além do gostar e do não gostar. A premissa fundamental de tudo o que fazemos é medo e insegurança. A questão central é a sobrevivência.

Justificamos ver tudo em termos de nossa sobrevivência. Damos autoridade ao cérebro - ao corpo - e ignoramos o espírito. Este é o erro que o Espírito Santo corrige.


Eu dou a todas as coisas que vejo... todo o significado que têm para mim.

Podes aceitar a verdade disto? Quando fores liberado da limitação de ver, deixarás para trás a própria condição corporal. Então, apesar de o corpo não mais te controlar, o Cristo em ti ainda precisa de teu corpo para trazer a luz do Céu à terra.

Podes olhar além do corpo de uma pessoa e reconhecer o Cristo nela? Teus olhos físicos não podem fazer isso; só a visão pode. Então, vês o que Deus criou, e a questão do perdão nem ao menos surge. Tu queres realmente, mais do que qualquer outra coisa, ir além da limitação da visão física?


Eu dou a todas as coisas que vejo... todo o significado que têm para mim.

O ver com os olhos físicos pode ser chamado de julgamento.Temos uma opinião acerca de todas as coisas que vemos, e toda opinião é uma forma de julgamento. "Isto é meu, aquilo é dela. Lavarei meus pratos, mas não lavarei os teus." O "eu" é falso. Uma vez que o falso "eu" dá significado, o que ele vê não tem significado.

No fim, vamos perceber com clareza que aquilo a que damos significado não tem absolutamente nenhum significado. Ver o que é sem significado te liberta.

Viramos as coisas de cabeça para baixo. Não queremos deixar para trás; queremos buscar. Mas é desnecessário buscar. Deixar para trás é a única coisa que importa.

Tu não podes fugir do desfazer. E, para desfazer, precisas do Espírito Santo, que não atende a nenhum outros propósito. Quando estás disposto a te conhecer - e conhecer a ti mesmo é conhecer Deus - precisas desfazer e eliminar todas as tuas pressuposições, todas as tuas opiniões, todos os teus saberes, todas as coisas de que não gostas, e todas as coisas de que gostas. Tudo.

Quanto mais atenção deres ao desfazer, tanto mais energia receberás. Tens de te recusar a concluir que é inútil. No momento em que concluíres, mais uma vez adoras o pensamento. Dás significado ao sem significado, e somente tu podes parar isso. Se fores sério, não aceitarás tuas próprias conclusões; não viverás sob a autoridade do pensamento. Tu nunca mais declararás que alguma coisa é sem significado para acreditar que ela tem significado.

A visão é parte da realidade. Sua luz já inerente a teu interior. Uma vez que estejas liberado do pensamento, tua realidade é a luz. Na visão tu te tornas parte do todo - de todo o universo. Conflito, contradição, dualidade acabam. Existe apenas "aquilo que é".

Tu tens muito a desfazer antes de terminar a leitura desta segunda lição. Ela pode te trazer à visão, neste exato lugar, neste exato instante.  

3 comentários:


  1. Ah, Moisés,

    Você pergunta: “E então, gostaram de explorar a primeira lição com Tara Singh?”
    Perdoe-me, mas só uma resposta me ocorre: Ah, Moisés, não para não; não para não... – tá maravilhoso!

    Além disso...

    Senti impulso de destacar algumas afirmações, mas logo depois uma outra me surpreendia ainda mais. Obrigada por me oferecer, pelos seus talentos, comentários em bandeja tão requintada.

    Mas me atrevo a evidenciar o que me chega como fundamental nessa lição:

    “Nós vemos a partir do pensamento. Ele não faz parte da criação. Deus não criou o pensamento; Deus criou a visão”.

    “Podes tomar a decisão de não permitir nunca que teu pensamento projetado te governe”?

    “Tu queres realmente, mais do que qualquer outra coisa, ir além da limitação da visão física? Quando valorizas a visão acima de qualquer coisa... A menos que ponhamos energia nisso, não seremos receptivos ao desfazer. Tu não podes fugir do desfazer. Damos autoridade ao cérebro - ao corpo - e ignoramos o espírito. Este é o erro que o Espírito Santo corrige. Quanto mais atenção deres ao desfazer, tanto mais energia receberás. Tens de te recusar a concluir que é inútil. No momento em que concluíres, mais uma vez, adoras o pensamento. Se fores sério... Tu nunca mais declararás que alguma coisa é sem significado para acreditar que ela tem significado”.

    Moisés, “eu” preciso que você continue a estender a mim o que já é teu quando você faz as suas escolhas de postagem.

    Não sei como agradecer: não há palavras.

    Um grande abraço,
    Marilia

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  2. Moisés...S O C O R R O !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Faço minha as palavras tão maravilhosamente bem escritas da nossa amada Marília. Por favor continue..."Eu", ainda que fazendo diariamente os exercícios há pelo menos uma década, AINDA preciso muito desta tua ajuda na compreensão e na disciplina para não cochilar tanto ou pelo menos, aceitar a expiação nas cochiladas e derrapadas e seguir firme, em frente.
    Que Deus te abençoe SEMPRE E MUITO !!!
    Isso sim é começar o ano novo com o pé e TUDO o mais direito, rs...
    Bjs
    Nina

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  3. Super obrigado, Marília e Nina,

    Como eu disse, a exploração de Tara Singh vai apenas até a lição 10, que é o que me propus a compartilhar aqui com vocês e com todos os que dão uma espiadinha nas postagens do blogue.

    Espero que toda esta exploração seja muito proveitosa para todos nós.

    Obrigado por seus comentários.

    Beijos.

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