domingo, 20 de janeiro de 2013

Quem tem medo de tomar a decisão? Por quê?


LIÇÃO 20

Estou decidido a ver.

1. Até agora fomos bem displicentes em relação a nossos períodos de prática. Não houve realmente nenhuma tentativa de determinar o momento para empreendê-los, pediu-se esforço mínimo e nem mesmo se pediu cooperação e interesses efetivos. Esta abordagem é intencional e planejada de forma muito cuidadosa. Não perdemos de vista a importância vital da mudança radical de teu modo de pensar. A salvação do mundo depende dela. Contudo, não verás se considerares que estás sendo coagido e se te entregares ao ressentimento e à contrariedade.

2. Esta é nossa primeira tentativa de introduzir uma estrutura. Não a interpretes de modo equivocado como um esforço para exercer força ou pressão. Tu queres a salvação. Tu queres ser feliz. Tu queres paz. Tu não as tens agora porque tua mente é totalmente indisciplinada e porque não podes distinguir entre alegria e pesar, prazer e dor, amor e medo. Agora está aprendendo a distingui-los. E, de fato, tua recompensa será grande.

3. Tua decisão de ver é tudo o que a visão pede. Aquilo que queres é teu. Não confundas o pequeno esforço que se pede a ti com um sinal de que nossa meta tem pouco valor. A salvação do mundo pode ser um objetivo sem importância? E o mundo pode ser salvo se tu não fores? Deus tem um único Filho e ele é a ressurreição e a vida. A vontade dele se faz porque todo o poder lhe foi dado no Céu e na terra. A visão te é dada a partir de tua decisão de ver.

4. Os exercícios para hoje consistem em lembrares a ti mesmo durante todo o dia que queres ver. A ideia de hoje também pressupõe, tacitamente, o reconhecimento de que não vês agora. Por isso, enquanto repetes a ideia, declaras que estás decidido a mudar teu estado presente por um melhor, por um que queres realmente.

5. Repete a ideia de hoje devagar e de forma inequívoca pelo menos duas vezes por hora hoje, tentando fazê-lo a cada meia hora. Não te aflijas se esqueceres de fazê-lo, mas faze um esforço verdadeiro para lembrar. As repetições adicionais devem ser aplicadas a qualquer situação, pessoa ou acontecimento que te transtorne. Podes vê-los de modo diferente, e verás. Tu verás aquilo que desejas. Assim é a verdadeira lei de causa e efeito do modo como ela opera no mundo.

*

COMENTÁRIO:

Com a lição deste domingo, dia 20 de janeiro, o Curso nos traz a um ponto decisivo, a começar pelo título que ele dá ao exercício. Vamos explorá-lo?

"Estou decidido a ver."

É este o momento para a tomada de decisão. Seremos capazes de perceber e reconhecer honestamente quão pouco estamos dispostos a nos comprometer com qualquer coisa que exija que voltemos o olhar para o interior de nós mesmos?

Por que será? Medo? Conformismo? Preguiça de mudar? De pensar em mudança?

Vejamos o que o a lição diz para começar:

 Até agora fomos bem displicentes em relação a nossos períodos de prática. Não houve realmente nenhuma tentativa de determinar o momento para empreendê-los, pediu-se esforço mínimo e nem mesmo se pediu cooperação e interesses efetivos. Esta abordagem é intencional e planejada de forma muito cuidadosa. Não perdemos de vista a importância vital da mudança radical de teu modo de pensar. A salvação do mundo depende dela. Contudo, não verás se considerares que estás sendo coagido e se te entregares ao ressentimento e à contrariedade.

Vejam que o próprio Curso nos trouxe até aqui, de forma aparentemente casual  e descomprometida, sem nos pedir de forma veemente que tomássemos qualquer decisão. É bem verdade que somos resistentes a pressões. Em geral não gostamos muito de conselhos e tendemos a abandonar rapidamente qualquer coisa que exija uma mudança muito radical em nossos hábitos. 

Estou decidido a ver.

Chega um momento na vida de cada um, porém, em que é necessário escolher uma direção, um rumo. Um momento em que é necessário comprometer-se com alguma coisa ou com alguém. A menos que se esteja inteiramente satisfeito com a vida que se leva, haverá, sem dúvida, um ponto em que vamos nos questionar a respeito da vida, do viver. Viver é só isso?

Acordar, fazer algum tipo de atividade física - para os que a fazem -, tomar café, ir para o trabalho, almoçar, voltar ao trabalho, ir para casa - uma passadinha eventual nalgum barzinho para um encontro com amigos ou amigas, dia ou outro -, jantar, um pouquinho de televisão - novela? -, dormir... Para... Acordar... Dia após dia. Mês após mês. Ano após ano. Por quanto tempo? Até quando?

Estou decidido a ver.

A lição vem para nos oferecer um novo quadro:

 Esta é nossa primeira tentativa de introduzir uma estrutura. Não a interpretes de modo equivocado como um esforço para exercer força ou pressão. Tu queres a salvação. Tu queres ser feliz. Tu queres paz. Tu não as tens agora porque tua mente é totalmente indisciplinada e porque não podes distinguir entre alegria e pesar, prazer e dor, amor e medo. Agora está aprendendo a distingui-los. E, de fato, tua recompensa será grande.

Queremos a salvação? Queremos ser felizes? Queremos paz de espírito? Alegria?

É preciso que nos perguntemos se, de fato, queremos estas coisas para que haja algum sentido em nos envolvermos com as práticas da ideia de hoje.

Estou decidido a ver:

O Curso afirma que:

Tua decisão de ver é tudo o que a visão pede. Aquilo que queres é teu. Não confundas o pequeno esforço que se pede a ti com um sinal de que nossa meta tem pouco valor. A salvação do mundo pode ser um objetivo sem importância? E o mundo pode ser salvo se tu não fores? Deus tem um único Filho e ele é a ressurreição e a vida. A vontade dele se faz porque todo o poder lhe foi dado no Céu e na terra. A visão te é dada a partir de tua decisão de ver.

Como já vimos antes, uma vez tomada a decisão, as mudanças não vão acontecer simplesmente da noite para o dia. Mas a mudança mais importante já se fez com a escolha de ver.

Isso não significa também que tudo vai ser muito mais fácil a partir de agora. Não! Significa, sim, que vamos começar a perceber a necessidade de se tomar a decisão a cada instante. Renová-la para podermos viver o milagre todos os dias em nossa vida.

O restante das instruções que a lição dá é suficientemente claro para que a apliquemos sem susto. E para que vejamos, na prática, os resultados de sua aplicação. Para quem estiver disposta a aprofundar ainda mais, talvez valha a pena uma visita ao comentário que fiz a esta mesma lição no ano passado.

Às práticas?

2 comentários:

  1. Oi Moisés,

    Considerando as Lições 18, 19 e 20 – essa tanto de 2013 quanto 2012, quando você disse “Eximir-se de assumir a responsabilidade por qualquer coisa é não entender que temos, SIM, responsabilidade por tudo aquilo que nos chega à consciência”, me veio à mente o versículo 12:2 de Romanos:

    "E não vos conformeis¹ com este século², mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

    Com alegria,
    Marilia

    ¹ Não se acomodem aos padrões humanos.
    ² O mundo conforme a percepção humana.

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  2. É isto mesmo, Marília...

    O próprio Curso se coloca apenas como um caminho, que não tem a menor intenção de se transformar em ritual, ou em religião.

    Os exercícios, praticados de acordo com as instruções, a meu modo de ver, servem para que nos libertemos das amarras a que fomos acostumados pela educação e pelo "inconsciente coletivo" que põe enormes obstáculos a quaisquer liberdades.

    Assim, parece-me correto pensar, ou trabalhar cada dia com mais afinco para aplicar o que as lições recomendam. Só isso é suficiente para que nosso modo de ver mude. E, quando mudamos, o mundo muda conosco.

    Obrigado por sua presença, por sua contribuição e pela alegria.

    Beijos.

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