quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Remover obstáculos para ver a Presença do Amor


LIÇÃO 278

Se eu for limitado, meu Pai não é livre.

1. Se eu aceitar que sou prisioneiro em um corpo, em um mundo no qual todas as coisas que aparentam viver parecem morrer, então, meu Pai é prisioneiro comigo. E é nisto que acredito quando afirmo que tenho de obedecer às leis que o mundo obedece; que as fragilidades e os pecados que percebo são reais e não se pode fugir deles. Se eu for limitado de qualquer modo, não conheço meu Pai nem meu Ser. E estou perdido para toda realidade. Pois a verdade é livre, e aquilo que é limitado não é uma parte da verdade.

2. Pai, não peço nada senão a verdade. Tenho muitos pensamentos tolos acerca de mim mesmo e de minha criação, e trago um sonho de medo em minha mente. Hoje não quero sonhar. Escolho o caminho para Ti em lugar da loucura e em vez do medo. Pois a verdade é segura e só o amor é certo.

*

COMENTÁRIO:

Vou repetir nesta quinta-feira, dia 4 de outubro, dia de São Francisco, o comentário feito a esta lição no ano passado, para que busquemos nos lembrar de que o Curso quer apenas ensinar a remover os obstáculos que, neste mundo de aparências e de ilusões, nos impedem de ver a Presença do Amor em tudo. 

É por isso que a ideia que o Curso nos oferece para as práticas de hoje visa a nos ensinar de que modo podemos apreender a verdade a respeito do que somos em Deus, a Sua semelhança, algo que não tem nenhum limite, a não ser em nossa imaginação habitada pelos enganos em que nos quer aprisionar o falso eu.

Ainda somos como Deus nos criou. Sempre fomos e seremos sempre, independentemente daquilo em que nos decidirmos a acreditar. Se vocês voltarem sua atenção para a introdução do livro, hão de lembrar que lá está o resumo de tudo o que buscamos aprender, quer pelo estudo do texto, quer pelas práticas dos exercícios, quer pela leitura do manual dos professores, pelos esclarecimentos dos termos, quer pelos suplementos que o Curso recebeu logo após ser publicado.

E o que nos diz este resumo? Diz simplesmente que:


Nada real pode ser ameaçado. 
Nada irreal existe.
Nisto está a paz de Deus.

Isto é tudo o que precisamos aprender. Isto é tudo o que precisamos tornar parte de nosso repertório mais íntimo para nos servir de orientação e de estímulo sempre que nossas escolhas, conscientes ou inconscientes nos apresentarem qualquer situação ou experiência que nos afaste da alegria completa e perfeita; a condição natural do Filho de Deus, que somos todos nós na unidade.

Cientes de que apenas isso é a verdade que deve iluminar nossos caminhos, podemos deixar de dar ouvidos a quaisquer limites ou pensamentos de limites que nos queira sugerir o ego, o falso eu. Na verdade, lembrando aquilo de que falei no ano passado neste mesmo dia, o ego não existe.

Lembram do que Wei Wu Wei, citado anteriormente a respeito, diz? "Nós não possuímos um ego. Estamos possuídos pela ideia de um". Por isso, quando acreditamos que qualquer coisa fora de nós pode nos atingir, fazer sofrer, trazer dor ou alegria, o que acontece é que apenas não temos consciência das escolhas que fizemos. Ainda precisamos aprender a afinar o instrumento à espera da hora de dançar. Ainda estamos na travessia. E, com certeza, Deus está conosco.

Ou vocês acham que Ele poderia deixar de estar? Que, de alguma forma, somos capazes de limitá-Lo?

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