quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A santidade é nosso estado natural em Deus


LIÇÃO 285

Hoje minha santidade brilha luminosa e pura.

1. Desperto com alegria hoje, esperando que apenas as coisas benditas de Deus venham a mim. Peço que só elas venham, e percebo claramente que meu convite será aceito pelos pensamentos ao quais ele foi enviado por mim. E pedirei somente coisas alegres no momento em que aceitar minha santidade. Pois qual seria a utilidade da dor para mim, a que propósito serviria meu sofrimento e de que forma a tristeza e a perda me beneficiariam, se hoje a insanidade se afastar de mim e eu aceitar minha santidade em lugar dela?

2. Pai, minha santidade é Tua. Que eu me alegre nela e seja devolvido à sanidade por seu intermédio. Teu Filho ainda é tal como Tu o criaste. Minha santidade é parte de mim e parte de Ti também. E o que pode mudar a Própria Santidade?

*

COMENTÁRIO:

Nesta quinta-feira, dia 11 de outubro, temos, mais uma vez, a oportunidade de praticar uma ideia que pode nos fazer redescobrir, na santidade, nosso estado natural. Isto é, conforme o Curso afirma, a condição natural do Filho de Deus é a alegria perfeita, a completa inocência e a pureza absoluta. Não importa o que nos pensemos capazes de fazer para macular qualquer uma destas características, é só na ilusão que pensamos poder fazê-lo. E, mesmo que o façamos nos sonhos que pensamos ser a vida que vivemos, nada do que fizermos vai alterar ou modificar o que Deus criou a Sua imagem e semelhança eterno.

Valendo-me mais uma vez do livro Normose, de Pierre Weil, Jean-Yves Leloup e Roberto Crema, apresento-lhes, como já fiz antes algumas vezes, uma definição de santidade, uma definição do que é ser santo,  bem diferente daquela à qual fomos e ainda estamos acostumados a aceitar. O que aprendemos como característica da santidade nos ensina a pensar no santo como um ser divinamente perfeito com auréola e, quem sabe?, asas que lhe permitam até flutuar acima dos "mortais" comuns como nós. E, se não asas, uma capacidade particular para desafiar a lei da gravidade, entre outras.

Para Roberto Crema, como vocês verão em seguida, o conceito de santidade está alinhado ao que nos ensina o Curso, que é, em meu modo de ver, a mesma santidade à qual Jesus se referia quando disse: "Sede santos, assim como vosso Pai no Céu é santo." A santidade é nosso estado natural em Deus. Vejam, então, o que diz Crema:

"... a santidade [sinônimo de plenitude] não é um privilégio de poucos; é uma responsabilidade de todos nós. Ser santo é ser inteiro, é ser simples, é ser transparente. É ser tudo aquilo que realmente somos. É uma conquista do processo de individuação, da travessia das sombras rumo ao ser, processo que jamais termina e que começa com o primeiro passo neste labirinto de nós mesmos."

É por isso que, diferentemente do que costumamos pensar, santidade não tem nada a ver com "carolice" e nem tem de ser motivo de zombaria, como já disse aqui, nem sofrer a pressão da sociedade [do ego] que faz força para o indivíduo [dito "santo" ou "santinho" em tom de pouco caso ou ironia] contrariar a si mesmo e àquilo em que acredita, fazendo alguma coisa da qual ele tem consciência de que os resultados só vão afastá-lo da alegria, tirar-lhe a paz de espírito e separá-lo do amor, mergulhando-o no medo.

Ser santo, em síntese, é apenas aceitar que somos o que somos. E que ainda somos como Deus nos criou, não nos deixando iludir ou enganar por quaisquer características que o falso eu nos queira atribuir para nos convencer de que estamos ou podemos estar separados de Deus, de nossa Fonte. Não faz parte da sabedoria comum dizer que é pelos frutos que se conhece a árvore? Ora, se fomos criados à imagem e semelhança de Deus, como acreditar que podemos ser diferentes d'Ele de alguma forma? 


OBSERVAÇÃO: Este comentário repete quase que de modo integral o comentário publicado para esta mesma lição no ano passado. Creio que ainda é válido e pode ajudar a aprofundar a reflexão a respeito da ideia para as práticas de hoje.

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