LIÇÃO 277
Que eu não limite Teu Filho a leis que inventei.
1. Teu Filho é livre, meu Pai. Que eu não imagine que o prendo às leis que invento para dominar o corpo. Ele não está sujeito a nenhuma das leis que inventei, pelas quais tento tornar o corpo mais seguro. Ele não muda a partir daquilo que é mutável. Ele não é escravo de nenhuma das leis do tempo. Ele é tal como Tu o criaste, porque não conhece nenhuma lei a não ser a do amor.
2. Não vamos adorar ídolos, nem acreditar em qualquer lei que a idolatria quer inventar para esconder a liberdade do Filho de Deus. Ele não está limitado senão por suas crenças. O que ele é, porém, está muito além de sua fé em escravidão ou liberdade. Ele é livre porque é Filho de seu Pai. E não pode ser limitado a menos que a verdade de Deus possa mentir e Deus possa querer enganar a Si Mesmo.
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COMENTÁRIO:
Comecemos o comentário à lição desta quarta-feira, dia 3 de outubro, com uma frase de Charlie Chaplin, que disse: "Estou sempre alegre. Essa é a maneira de resolver os problemas da vida". Pois não é isso que o Curso diz ser a Vontade de Deus para todos e cada um de nós, a alegria completa e perfeita?
Mais. Voltando a um livro que li em 2011, encontro lá o seguinte: "... a falta de alegria é uma tortura diária, é um vazio que fica no coração, é um vazio que nada preenche porque é uma falta de si mesmo, é saudade dos sonhos que [se] tinha e [de] que se esqueceu, tendo esquecido também como era sonhar".
"O mundo é sonho." E, em geral, é um sonho ruim para a grande maioria de nós. É disto que o Curso quer nos libertar, oferecendo-nos a possibilidade, mesmo neste mundo, de contato com "o mundo real", para que sejamos capazes de transformar o pesadelo em um "sonho feliz".
A tristeza, a dor, o sofrimento, a culpa, a morte e tudo o mais que nos afasta da alegria são limites que nós mesmos nos impomos. Nada disso se refere ao que somos na verdade. É por isso que as práticas de hoje têm de ser feitas com toda a atenção possível, para que nos libertemos de todos os limites que buscamos impor ao Filho de Deus, em nós mesmos e nos outros, que são extensões de nós mesmos na unidade de que participamos em Deus.
Uma lição anterior, logo depois da primeira revisão, a de número 76, já nos convidava a praticar de forma um pouco diferente a libertação do Filho de Deus, pedindo que reconhecêssemos que não estamos sujeitos a nenhuma lei a não ser a de Deus. Da mesma forma a lição de número 132, uma das minhas favoritas, nos pede para liberar o mundo de tudo o que pensamos que ele é. Isto é, na prática, parar de limitar o Filho de Deus por meio de leis que só podem reger um mundo de sonhos. Um mundo que não tem nada que queiramos.
Às práticas, para nos liberarmos dos limites?
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