quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Para as religiões oficiais as pessoas não importam

 

LIÇÃO 11

Meus pensamentos sem significado* me mostram
um mundo sem significado.

1. Esta é a primeira ideia que temos que está relacionada a uma fase fundamental do processo de correção: a inversão do modo de pensar do mundo. Parece que o mundo determina o que percebes. A ideia de hoje apresenta o conceito de que teus pensamentos determinam o mundo que vês. Alegra-te, de fato, por praticar a ideia em sua forma inicial, pois nesta ideia tua liberação está assegurada. A chave para o perdão está nela.

2. Deve-se empreender os períodos de prática da ideia de hoje de um modo um pouco diferente dos anteriores. Começa com os olhos fechados e repete a ideia para ti mesmo lentamente. Em seguida, abre os olhos e olha ao teu redor, perto e longe, para cima e para baixo - para qualquer lugar. Durante o minuto aproximado a ser passado usando a ideia, repete-a para ti mesmo simplesmente, seguro de fazê-lo sem pressa e sem nenhuma sensação de urgência ou esforço.

3. Para fazer estes exercícios com o máximo benefício, os olhos devem se mover de uma coisa para outra de forma razoavelmente rápida, uma vez que não devem se demorar em nada em particular. As palavras, no entanto, devem ser usadas de uma forma calma, até mesmo vagarosamente. A apresentação a esta ideia, em particular, deve ser praticada do modo mais casual possível. Ela contém a base para a paz, para o relaxamento e para a liberdade que estamos tentando alcançar. Ao concluíres os exercícios, fecha os olhos e repete a ideia para ti mesmo lentamente mais uma vez.

4. Três períodos de prática provavelmente serão suficientes. Todavia, se houver pouca ou nenhuma inquietude e uma inclinação a fazer mais, pode-se empreender até cinco períodos. Não se recomenda mais do que isso.

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*NOTA DE TRADUÇÃO: A expressão sem significado, do original meaningless, também poderia ser traduzida por sem sentido, sem prejuízo do significado/sentido do texto original, em meu modo de entender. Em outros contextos também se pode pensar em traduzir meaningless por inútilinsignificante.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 11:

Caras, caros,

Bem, do mesmo modo que lhes disse em anos passados - aos que já estavam por aqui conosco -, após a lição de número 10, os comentários, a exploração das lições por Tara Singh, na forma que compartilhei com vocês se acabam. E todos os comentários dele, sua exploração das dez lições iniciais foram muito bons.

Mas acabaram. Foi por esta razão que nos últimos anos, desde já algum tempo, eu procurei me valer da forma que ele usou para fazer os comentários e a exploração da lições ao longo do livro de exercícios.

É o que vocês vão ler a partir de hoje nos comentários às lições daqui por diante, salvo quando não for possível por quaisquer razões fazer um comentários nos mesmos moldes.  

Que lhes parece?

Comecemos, então, mais uma vez, por devotar toda a nossa atenção ao que diz a ideia para as nossas práticas de hoje: 

Meus pensamentos sem significado me mostram um mundo sem significado.

Pensemos por um momento a respeito da verdade que isto pode nos revelar.

Não é óbvio, a partir do que praticamos até aqui que, se os pensamentos que temos não significam coisa alguma - e são eles que criam e constroem nossa experiência neste mundo -, o mundo que vemos, portanto, não pode mesmo ter nenhum significado?

A lição diz:  

Esta é a primeira ideia que temos que está relacionada a uma fase fundamental do
processo de correção: a inversão do modo de pensar do mundo.

Ora, se queremos viver num mundo que tenha algum significado, para podermos ser a manifestação do divino, para sermos capazes de cumprir nosso objetivo e função de estender a Vontade de Deus, por sermos "partes da Consciência Una na qual as mentes estão unidas", vamos precisar, sem sombra de dúvida, praticar. Isto é, aplicar as palavras da verdade eterna que o Curso nos oferece, e aprender a inverter o modo de pensar do mundo.

Parece que o mundo determina o que percebes. A ideia de hoje apresenta 
o conceito de que teus pensamentos determinam o mundo que vês.

O contrário é que é verdadeiro, no entanto. Isto é, é bem diferente do que costumamos pensar, não é? Pensamos, de modo geral, que aquilo que acontece em nossas vidas tem sua causa fora de nós. Quer dizer, pensamos que Fulano ou Sicrano nos fazem algo de bom ou aprontam alguma coisa ruim para nós, algo que nos magoa e fere. Mas isso não é verdade. Tudo o que experimentamos vem de nós. De nós mesmos, de nós mesmas. Da escolha que cada um, cada uma, de nós faz individualmente. Na verdade, somos sempre nós que escolhemos o que queremos experimentar. Em todos os instantes e em todas as circunstâncias de nossas vidas.

Ou como diz uma autora que leio no momento, pela fala de sua personagem: "A percepção nunca é passiva. Não somos apenas receptores do mundo; somos também seus produtores ativos. Existe algo de alucinatório em toda percepção, e as ilusões são criadas com facilidade".

E então? Como ficamos? 

Às práticas?

*

Repito aqui também mais uma vez uma última observação relacionada aos comentários das dez lições anteriores. Ao finalizar o capítulo do livro de onde retirei e traduzi os comentários, Tara Singh faz um alerta e um pedido de atenção ao que podemos fazer com o Curso, a partir de nosso contato com ele. Creio que o que ele diz pode nos ajudar a aprofundar a reflexão de hoje e das que virão, bem como nos levar ao que ele chama de "momento decisivo". Entre outras coisas, ele diz que é só a gratidão que pode nos mostrar a beleza [um lado positivo e sadio] do viver. 

Seu texto, reprisando, diz o seguinte:

"Quero que saibas de uma coisa. Somente a bênção de teu contato com Um Curso em Milagres pode transformar completamente teu modo de ver. Não concluas que não podes mudar; tu já mudaste. Jamais serás o(a) mesmo(a). Por que não ficar agradecido(a)?

"Tua gratidão vai te mostrar um lado positivo e sadio da vida. Vai até mesmo acelerar tua subida na espiral. Uma vez que tenhas feito contato com a ação da Vida por detrás das aparências, vais começar a desfazer tudo o que a bloqueia.

"Tu não tens de acreditar em nada. Sê apenas responsável pelo desfazer de tua negatividade. Se tu te auto-sabotares, nunca confiarás. Uma vez que tens o Curso, podes te dar ao luxo de confiar.

"Como eu disse, devemos ter ansiado pela verdade durante milhares de anos. Organizações religiosas tendem a se degenerar em negócios ou em sistemas de crenças. Elas não se importam contigo de verdade. Por isso, Deus teve de agir diretamente para alcançar Seu Filho. Agora o Curso está em tuas mãos. Podes te inspirar com isso?

"No minuto em que fazes contato com o Curso, é impossível que não mudes. Vê o fato como fato e começa a desfazer. Para tanto, tens toda a ajuda que és capaz de aceitar."

*

Boas práticas a todos aqueles e aquelas que quiserem, de fato, mudar! E aos e às que não quiserem também. Mas lembrando-nos de que a mudança que se pede, de acordo com o texto "O Natal com fim do sacrifício" [Capítulo 15 do livro texto, subcapítulo XI, página 346 à página 349], é uma mudança que vai nos manter os mesmos. Isto é, devemos mudar para sermos os mesmos, as mesmas, desde nossa Fonte, pois continuamos a ser como Deus nos criou. 

Às práticas?

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