domingo, 25 de março de 2012

A salvação depende sempre apenas de nós mesmos


LIÇÃO 85

A revisão de hoje abrangerá estas ideias:

1. (69) Minhas mágoas escondem a luz do mundo em mim.

Minhas mágoas me mostram o que não existe e escondem de mim o que quero ver. Reconhecendo isto, para que quero minhas mágoas? Elas me mantêm nas trevas e escondem a luz. Mágoas e luz não podem combinar, mas luz e visão têm de estar unidas para eu ver. Para ver, tenho de abandonar as mágoas. Eu quero ver, e este será o meio pelo qual serei bem-sucedido.

2. Formas específicas para esta ideia poderiam ser feitas destas maneiras:

Que eu não use isto como uma barreira à visão.
A luz do mundo limpará tudo isto com seu brilho.
Não tenho nenhuma necessidade disto. Eu quero ver.

3. (70) Minha salvação vem de mim.

Hoje reconhecerei onde está minha salvação. Ela está em mim porque aí está sua Fonte. Ela não deixa sua Fonte e por isto não pode deixar minha mente. Não procurarei por ela fora de mim mesmo. Ela não é encontrada fora e, em seguida, trazida para dentreo. Mas, de dentro de mim, ela alcançará o que está além, e tudo o que vejo refletirá apenas a luz que brilha em mim e em si mesma.

4. Estas formas da ideia são adequadas para aplicações mais específicas:

Que isto não tente a procurar minha salvação fora de mim.
Eu não deixarei que isto se intrometa com minha consciência da Fonte de minha salvação.
Isto não tem nenhum poder para afastar de mim a salvação.

*

COMENTÁRIO:

As ideias que vamos revisar nas práticas deste domingo, dia 25 de março, estão entre as mais importantes se, como já comentei anteriormente, se puder dizer ou pensar que há, ou pode haver, uma escala de importância para se aproximar  das ideias que as lições nos oferecem. De fato, não há! É por isso que o Curso afirma também que não há ordem de dificuldades em milagres, uma vez que todos são o mesmo. O que pode acontecer é que uma ideia apela mais para a nossa sensibilidade nalgum momento e nos leva na direção de nós mesmos de forma mais fácil do que outra. Entretanto, como já disse outras vezes, em geral, cada vez que praticamos uma ideia, se o fazemos do modo como o Curso orienta, é como se nos aproximássemos dela pela primeira vez. Não lhes parece? E isso é verdadeiro.

O que penso, porém, ao dizer que estas ideias em particular estão entre as mais importantes, é apenas para mais uma vez chamar a atenção para o fato de que qualquer uma delas - assim como o livro afirma que qualquer uma das outras todas também -, se reconhecida, entendida e posta em prática sem reservas pode ser o veículo de nossa salvação. Pode nos levar à verdade, que é simplesmente e que está dentro de cada um de nós.

Repisando no que o texto diz: "a procura da verdade não é senão a busca honesta de tudo aquilo que obstrui a verdade", que "não pode ser perdida, nem buscada, nem achada". Por estar dentro de nós, ela está presente aonde quer que estejamos. Como se fora uma sombra. Nossa própria sombra. A sombra de cada um de nós. Pois a verdade de cada um, parafraseando o que Alan Watts diz em seu livro The Spirit of Zen a respeito da sombra do homem, vai com ele aonde ele for. 

Buscando, então, como fizemos no ano passado, trazer isto para as práticas de hoje, eu diria que, se seguirmos a orientação do Curso, vamos poder perceber de forma clara e cristalina que as mágoas são, sem sombra de dúvida, algo - uma ilusão que construímos em nossa mente - que busca obstruir a verdade, porque as mágoas não nos deixam ver a verdade que está por detrás de qualquer situação com que estejamos lidando. Elas, na verdade, escondem a luz do mundo em nós [a primeira ideia] e a impedem de iluminar a situação, pondo fim à separação que aparentemente vemos.

Quanto à segunda ideia - e estou me repetindo -, também é fácil perceber que, diferentemente do que o mundo nos ensina, a salvação depende sempre apenas de nós mesmos, quer dizer, cada um de nós é responsável por sua própria salvação e pela salvação do mundo inteiro, uma vez que não há nada fora de nós, de acordo com o ensinamento. 


Às práticas?

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