LIÇÃO 219
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
1. (199) Eu não sou um corpo. Sou livre.
Eu sou o Filho de Deus. Aquieta-te, minha mente, e pensa nisto por um momento. E, depois, volta à terra, sem confusão a respeito do que meu Pai ama para sempre como Seu Filho.
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 219
Caras, caros,
Pode-se dizer mais uma vez que nada melhor, nem mais apropriado, do que nos aproximarmos do fim desta última revisão e, por consequência, do final da primeira parte do Livro de Exercícios, revendo mesmo esta ideia, a que serve também para dar unidade à revisão de todas as ideias que praticamos neste período.
É ela também que vai nos preparar para a segunda parte do livro, aquela que vai nos levar na direção da percepção verdadeira: a percepção do Espírito Santo que todos nós compartilhamos, apesar de não termos consciência disso a maior parte do tempo.
São as práticas com as ideias de hoje que, no caminho em direção do que vamos praticar com as ideias da segunda parte, vão abrir nossa mente para a liberdade de que necessitamos para viver a vida a partir da percepção que nos dá o Espírito Santo em nós.
Assim, como eu já disse anteriormente, revisamos hoje a ideia que nos oferece a possibilidade de libertação completa de uma das crenças mais fortes dentre aquelas que nos aprisionam e que limitam - ainda que apenas aparentemente - aquilo que somos na verdade, em um corpo, em uma forma materializada. Uma ideia que nos afiança sermos livres, se reconhecermos, compreendermos e aceitarmos que não somos só corpos.
O que somos, ainda que nos vejamos em um corpo de matéria, é espírito. E é só a partir do espírito em nós que podemos ser livres. E também deixar que os corpos sejam livres, seja qual for a forma que eles tomem.
É esta a verdade a respeito do que somos, se acreditarmos que ainda somos como Deus nos criou. Mas quem acredita nisto, quando olha para o mundo e vê o "caos" que aparentemente se instalou sobre a terra, sobre o planeta e no universo como um todo, por conta da interferência humana?
Todavia, a ideia que praticamos hoje também permite que vejamos que o aparente "caos" é apenas a ilusão gerada pela crença em corpos e formas, frutos de uma separação que nunca existiu. Ele é apenas uma interpretação - na mais das vezes equivocada - que fazemos do que vemos.
É por esta razão que a orientação para as práticas fala em aquietar a mente. Para que olhemos de modo diferente para o mundo, e para as coisas dele ou nele. Nada é o que parece ser. Não nos enganemos por mais tempo. Pois o que nossos olhos veem, conforme uma lição lá do início, é apenas o passado. E o que é o passado a não ser uma história que contamos a nós mesmos, a nós mesmas?
Quando cometemos o equívoco de acreditar que compreendemos o que percebemos, seu significado está perdido para nós (conforme T-11.VIII.2:3). Porque neste exato segundo já não somos, nem percebemos, o que fomos no segundo anterior. E a maior parte de toda a dor que experimentamos se origina no fato de tentarmos sê-lo. Isto é, de acreditarmos que o que somos agora não muda, ou que o que somos agora, neste exato momento, é a mesma coisa que fomos há algum tempo, ou há muito tempo.
Ainda de acordo com o que o Curso ensina, não conhecemos o significado de nenhuma das coisas que vemos e não temos nenhum pensamento totalmente verdadeiro. Mas temos um Professor Que conhece o significado de todas coisas. Podemos perguntar a Ele, se estivermos dispostos a aprender. Todavia, para aprender com Ele, é preciso que estejamos dispostos a questionar todas as coisas [no mundo e do mundo] que aprendemos por conta própria, pois aprendemos mal quando buscamos ser professores de nós mesmos, ou de nós mesmas (vide T-11.VIII.3).
Aproveitemos, pois, as práticas de hoje para aprender a respeito de nossa liberdade com o único Professor Que conhece todas as coisas, aquietando nossas mentes para ouvir Sua Resposta.
A elas?
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