quarta-feira, 28 de agosto de 2024

O que nos faz livres é não querer nada deste mundo

 

3. O que é o mundo?

1. O mundo é percepção equivocada. Ele nasce do erro e não abandona sua fonte. Ele não continuará a existir quando o pensamento que lhe deu origem deixar de ser apreciado. Quando a ideia de separação se transformar em um pensamento de perdão verdadeiro, o mundo será visto sob outra luz; e uma luz que leva à verdade, na qual o mundo inteiro tem de desaparecer e todos os seus erros sumirem. Como consequência disto, sua fonte desaparece e seus efeitos também.

2. O mundo foi feito como um ataque a Deus. Ele simboliza o medo. E o que é o medo exceto ausência de amor? Desta forma o mundo tinha por objetivo ser um lugar aonde Deus não pudesse entrar, e onde Seu Filho pudesse estar separado d'Ele. A percepção nasceu aqui, pois o conhecimento não poderia produzir tais pensamentos insanos. Mas os olhos enganam e os ouvidos escutam de forma errada. Então, os erros se tornam bem possíveis, pois a certeza desaparece.

3. Em seu lugar nasceram os mecanismos da ilusão. E, agora, eles partem para encontrar o que lhes cabe buscar. Seu objetivo é servir à finalidade para a qual o mundo foi feito para testemunhar e tornar verdadeira. Eles veem, em suas ilusões, apenas uma base sólida na qual a verdade existe, mantida ao lado das mentiras. Porém, tudo o que elas informam é só ilusão que é mantida ao lado da verdade.

4. Do mesmo modo que a vista foi feita para conduzir para longe da verdade, ela pode ser reorientada. Os sons se tornam o chamado por Deus e toda percepção pode receber uma nova finalidade d'Aquele a Quem Deus nomeou Salvador do mundo. Segue Sua luz e vê o mundo da forma que Ele vê. Ouve só a Voz d'Ele em tudo o que fala a ti. E deixa Ele te dar a paz e a certeza que jogaste fora, mas que o Céu preserva n'Ele para ti.

5. Não nos acomodemos até que o mundo se junte a nossa percepção transformada. Não nos demos por satisfeitos até que o perdão se torne total. E não tentemos mudar nossa função. Temos de salvar o mundo. Pois nós, que o fizemos, temos de vê-lo pelos olhos de Cristo, para que aquilo que foi feito para morrer possa ser devolvido à vida eterna.

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LIÇÃO 241

A salvação chegou neste instante santo.

1. Quanta alegria há hoje! É um momento de celebração especial. Pois o dia de hoje oferece ao mundo sombrio o instante em que se dá sua liberação. Chegou o dia em que a tristeza acaba e a dor desaparece. Hoje a glória da salvação desponta sobre um mundo liberto. Este é o momento da esperança para incontáveis milhões. Eles serão reunidos agora à medida que os perdoas a todos. Pois hoje serei perdoado por ti.

2. Nós nos perdoamos uns aos outros agora e, por isto, chegamos finalmente a Ti mais uma vez. Pai, Teu Filho, que nunca partiu, volta ao Céu e a seu lar. Quão alegres estamos por ter de volta nossa sanidade e por lembrar que somos todos um só.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 241


Recebemos hoje, mais uma vez, a terceira das instruções para orientar as práticas das dez lições que virão em seguida nesta segunda parte do livro de exercícios. O tema desta vez é: O que é o mundo? Como tenho feito, de alguns anos para cá, para as instruções que antecedem as lições, vou continuar a postar a instrução para cada série antes da postagem da lição a cada dia, para facilitar a prática de lê-la, antes do exercício ou prática com a lição do dia.

Então, como responder à pergunta que nos vai servir de instrução nestes próximos dez dias? O que lhes parece que é o mundo, assim como o veem? Da forma com que o vemos? Será que cada um e cada uma de nós o vê da mesma forma? E, se não, isto é indicador de quê? Que lhes parece? Será que, se, de fato, o mundo que vemos fosse real, não deveríamos todos e todas vê-lo do mesmo modo? E, se ele não é real, o que é então? O que é que pode ser real, se visto de milhares de maneiras diferentes ao mesmo tempo?

A ilusão?

É para podermos responder a estas questões que precisamos das práticas. Pois, se o mundo é apenas uma ilusão, por que nos importamos tanto com ele? Por que há milhões de pessoas buscando vender a ideia que sustenta a necessidade de se mudar o mundo? A necessidade de torná-lo melhor, mais justo, pacífico e equilibrado? Por quê?

Não será isso apenas mais uma das infinitas artimanhas do ego - o falso eu - buscando nos convencer de que o mundo traz em si algo que queremos de fato? Algo de valor, que pode nos levar na direção da alegria e da paz completas e perfeitas, que são a Vontade de Deus para nós?

Li outro dia, em algum lugar, uma frase de um mestre que dizia algo como: nem mesmo um rei poderoso ou um imperador soberano pode qualquer coisa contra aquele que não deseja nada do mundo. Eu diria que isto é muito significativo, uma vez que a maior parte dos problemas que enfrentamos está relacionada a coisas que queremos do mundo, no mundo, acreditando que podemos mudá-lo, sem pensar nem sequer por um instante que qualquer mudança tem de se dar sempre a partir do interior, já que a percepção só nos mostra aquilo que escolhemos ver. Isto mostra também que a liberdade só é verdadeiramente possível quando não queremos nada do mundo. Isto é, quando reconhecemos, em sintonia com o Curso, que não há nada que queiramos no mundo.

De verdade, parece-me, que se pode perfeitamente dizer que aquele,, ou aquelas, que não deseja nada do mundo já encontrou a salvação, para si e para o mundo. Tal é a ideia que praticamos novamente para começar as práticas com a primeira das lições que terão como ponto central a instrução que o Curso nos traz hoje.

Aprender que, de fato, o mundo não me pode dar nada que eu já não tenha, que ele não é nada mais do que a projeção daquilo que trago em mim, não é nada mais nada menos do que reconhecer minha salvação, que chega neste instante santo. O instante em que abrimos mão do mundo, em favor da identidade verdadeira, em Deus, com Ele. 

Às práticas? 

OBSERVAÇÃO: 

Um adendo para aprofundar a reflexão: 

Esta é uma das mensagens-relâmpago, uma provocação, de um amigo, já encantado, cujas mensagens levam sempre a questionarmos a "realidade" que pensamos haver no mundo que vemos. É dele, por exemplo, a frase: "A verdade é que é tudo mentira". Pensemos, pois, nesta aí abaixo:

Você pensa que tem livre arbítrio?
Então porque não escolhe virar Deus?
Prefere ser menos?
Das duas uma: ou você não tem livre arbítrio, ou não é inteligente.


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