sábado, 21 de novembro de 2015

Dos desejos loucos, surge um mundo louco


LIÇÃO 325

Todas as coisas que penso ver refletem ideias.

1. Este é o princípio fundamental da salvação: o que vejo reflete um processo em minha mente, que começa com minha ideia do que quero. A partir disso, a mente constrói uma imagem da coisa que deseja, julga favorável e, portanto, busca encontrar. Essas imagens são, em seguida, projetadas para fora, examinadas, consideradas reais e preservadas como pessoais. Dos desejos loucos, surge um mundo louco. Do julgamento, surge um mundo condenado. E, de pensamentos de perdão, surge um mundo pacífico, misericordioso para com o Filho de Deus, para lhe oferecer um lar benigno no qual ele possa descansar por um momento antes de seguir adiante, para ajudar seus irmãos a andarem para frente com ele e encontrarem o caminho para o Céu e para Deus.

2. Pai Nosso, Tuas ideias refletem a verdade, e as minhas, separadas das Tuas, apenas inventam sonhos. Deixa-me ver apenas aquilo que reflete Tuas ideias, pois as Tuas, e só as Tuas, estabelecem a verdade.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 325

A ideia que vamos praticar novamente hoje traz consigo a revelação do modo de que nos valemos [a maior parte do tempo induzidos pelas crenças do falso eu] para "aparentemente" criar este mundo. Ou será que algum de nós acredita que tudo aquilo que vê existe na forma que se apresenta a ele e é real daquela forma para todos os que povoam seu mundo? 

Será que já não nos passou pela cabeça em algum momento a dúvida, uma pequena intuição do fato de que o que vemos pode não ser exatamente como vemos? A descoberta de que outros veem de modo diferente do nosso não é suficiente para pôr em dúvida a pretensa certeza de que aquilo que vemos pode ser da forma que vemos? E saber que cada um vê um mundo diferente não é prova suficiente de que o que vemos é só uma das miríades de formas da ilusão? Pode ser real alguma coisa que milhões, bilhões, veem de modo diferente?

Como já disse antes, tudo o que aparentemente existe em nosso mundo, antes de existir, foi uma ideia. Daí ser possível acreditarmos na veracidade da ideia que o Curso apresenta para as nossas práticas:

Todas as coisas que penso ver refletem ideias.

Não lhes parece claro isso? Lembram-se da ideia que praticamos com a lição de número sete: Eu só vejo o passado? Lá já éramos orientados a perguntar a nós mesmos a respeito de nossa experiência com uma xícara. O que sabemos a respeito da xícara a não ser aquilo que aprendemos a respeito dela no passado. O que é uma xícara, senão uma ideia de um recipiente para se tomar chá, café, ou outro líquido qualquer materializada? Será que a vemos verdadeiramente? 

Como se dá este processo e como ele pode facilitar que nos aproximemos da salvação? Vejamos o que a lição diz:

Este é o princípio fundamental da salvação: o que vejo reflete um processo em minha mente, que começa com minha ideia do que quero. A partir disso, a mente constrói uma imagem da coisa que deseja, julga favorável e, portanto, busca encontrar. Essas imagens são, em seguida, projetadas para fora, examinadas, consideradas reais e preservadas como pessoais. Dos desejos loucos, surge um mundo louco. Do julgamento, surge um mundo condenado. E, de pensamentos de perdão, surge um mundo pacífico, misericordioso para com o Filho de Deus, para lhe oferecer um lar benigno no qual ele possa descansar por um momento antes de seguir adiante, para ajudar seus irmãos a andarem para frente com ele e encontrarem o caminho para o Céu e para Deus.

Ora, não há como não pensar no que a ideia nos sugere para as práticas. ... Dos desejos loucos, surge um mundo louco. Do julgamento, surge um mundo condenado. Basta, pois, que tomemos nossa decisão de escolher o Céu para que o Céu se apresente a nossa experiência. Mesmo neste mundo.

Para tanto, é necessário abrir mão de todas as crenças. É preciso que estejamos dispostos a reformular todos os conceitos que temos, de nós mesmos, dos outros, da vida e do significado deste mundo. Ou como o Curso diz:

Aprender este curso exige disposição para questionar todos os valores que manténs. Um só mantido oculto ou indefinido pode comprometer teu aprendizado. Nenhuma crença é neutra. Cada uma delas tem o poder de ditar cada decisão que tomas. Pois uma decisão é uma conclusão baseada em tudo o que acreditas.

É preciso, portanto, que tomemos a decisão de viver apenas o presente. O agora. Pois, também como o ensina o Curso, não há nenhum outro tempo. É preciso também que tomemos a decisão pelo Céu, pelo amor, pela alegria e pela paz, que são a Vontade de Deus para todos e cada um de nós.

Quando estivermos dispostos a abandonar tudo aquilo que o mundo nos oferece, abrindo mão de nossas ideias e crenças, construídas a partir de uma lógica que considera verdadeiro e certo apenas aquilo que vemos do modo que vemos, é que vamos ser capazes de deixar de lado quaisquer certezas, para buscar a sintonia com os Pensamentos de Deus, que é o que somos na verdade, n'Ele e com Ele. 

Aí vamos ser capazes também de abandonar nossa identificação com um corpo para experimentar viver a liberdade, a paz e a alegria que só o perdão ao mundo, e a nós mesmos, pode oferecer. E vamos poder dizer como a lição nos orienta: 

Pai Nosso, Tuas ideias refletem a verdade, e as minhas, separadas das Tuas, apenas inventam sonhos. Deixa-me ver apenas aquilo que reflete Tuas ideias, pois as Tuas, e só as Tuas, estabelecem a verdade. 

Às práticas?

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