quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O que somos na verdade não muda com o tempo


LIÇÃO 308

Este instante é o único tempo que existe.

1. Imagino o tempo de tal forma que frustro meu objetivo. Se eu escolher alcançar a intemporalidade além do tempo, tenho de mudar minha percepção a respeito da serventia do tempo. O propósito do tempo não pode ser o de manter o passado e o futuro como uma coisa só. O único intervalo em que posso ser salvo do tempo é agora. Pois o perdão chega para me libertar neste instante. O nascimento de Cristo é agora, sem um passado ou um futuro. Ele vem para dar Sua bênção presente ao mundo, devolvendo-o à intemporalidade e ao amor. E o amor está sempre presente, aqui e agora.

2. Obrigado por este instante, Pai. É agora que sou redimido. Este instante é o momento que Tu estabeleces para a liberação de Teu Filho e para a salvação do mundo nele.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 308

Com a ideia para as práticas de hoje, o Curso oferece, mais uma vez, o ensinamento que pode nos tornar livres da crença limitadora em um tempo linear, que nos faz acreditar que o que somos hoje é resultado daquilo tudo que aprendemos ao longo de nossa vida ou que somos o resultado de milhões, bilhões quem sabe, de anos de evolução. Isto não é a verdade do que somos. 

O que somos, na verdade, não muda com o tempo. Nem com o espaço. Aquilo que acreditamos a respeito de nós mesmos é apenas uma ideia equivocada acerca de uma imagem que fazemos do que julgamos ser o que somos. Como eu já disse antes, em harmonia com o que o Curso ensina, nós nunca reagimos aos fatos, mas apenas às interpretações que fazemos deles.

Como podemos compreender e manter em mente, para além de quaisquer equívocos, que o tempo e espaço não existem senão na mente humana e são parte de uma ilusão? Ilusão esta criada pelo falso eu - o ego do Curso -, que é apenas a imagem que criamos e construímos de nós mesmos, mas que não é o que somos.

Quem sabe repetir uma das histórias de Joel Goldsmith, extraída do livro O Despertar da Consciência Mística, possa nos trazer alguma luz sobre a questão. É uma história que fala de "um homem em um barco a remos, na correnteza".

O lugar e o tempo onde ele iniciou sua viagem era aqui e agora, mas o lugar para onde ele ia era ali e depois. Em outras palavras, era no futuro e era no espaço; mas quando ele chegou lá, achou que [lá] era aqui e agora. O lugar [de onde ele partiu] que tinha sido aqui e agora [agora] era lá e depois [ou antes], e o [outro] lugar para o qual ele ia era lá, mais tarde.

Tudo estava mudado; mas quando ele chegou ao último lugar, tudo atrás dele estava lá e naquele tempo e todo o seu aqui e agora tinha passado, exceto aquilo que ele carregou consigo para onde foi. Quanto ao que lhe dizia respeito, [ele] ainda estava aqui e agora.

Mais tarde, ele teve a oportunidade de subir em um balão. Quando o fez, descobriu que esses lugares [aqueles todos por onde ele havia passado e também aquele em que se encontrava] estão todos aqui e todos agora. Ele podia vê-los e tomar consciência deles das alturas, com a mesma atualidade e realidade. Não havia nem tempo nem espaço naqueles três.

Goldsmith diz mais: "Quando fechamos os olhos, ficamos menos cientes do tempo e do espaço; mas, quando meditamos e alcançamos, enfim, o centro do ser em nós, toda a sensação de tempo, espaço, corpo desaparece: peso, preocupação, passado e futuro. Todas essas coisas desaparecem e nos descobrimos vivendo apenas. Não há sensação de tempo, nem de presente, nem de passado, nem de futuro. Não há sensação de desejo, porque na consciência mística profundo de estar aqui e agora, isto é, de experimentar só ser, há apenas realização".

Às práticas? Aqui e agora?

OBSERVAÇÃO: Este comentário repete inteiramente, inclusive no título da postagem, o do ano passado.

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