quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Como abandonar as ilusões de uma vez por todas?


LIÇÃO 309

Não terei medo de olhar para dentro hoje.

1. A eterna inocência está dentro de mim, porque é Vontade de Deus que ela esteja aí para todo o sempre. Eu, Seu Filho, cuja vontade não tem limites tal qual a Própria Vontade d'Ele, não posso desejar nenhuma mudança nisso. Pois negar a Vontade de meu Pai é negar minha própria vontade. Olhar para dentro é apenas descobrir minha vontade tal qual Deus a criou e tal qual ela é. Eu tenho medo de olhar para dentro porque imagino que criei outra vontade que não é verdadeira e a tornei real. Mas ela não tem nenhum efeito. Dentro de mim está a Santidade de Deus. Dentro de mim está a lembrança d'Ele.

2. O passo que dou hoje, meu Pai, é minha libertação infalível de sonhos vãos de pecado. Teu altar continua sereno e puro. Ele é o altar santo para meu Ser e nele encontro minha Identidade verdadeira.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 309

De quantas formas diferentes escolhemos o auto-engano neste mundo? De que precisamos para abandonar de uma vez por todas a ilusão de um mundo que precisa urgentemente de mudanças? Um mundo povoado por pessoas cheias de defeitos que precisam mudar para atender a um padrão, a um ideal, para que possamos amá-las mais e melhor? O que pensamos de nós mesmos, então, é muitas vezes indizível, porque o juiz que trazemos em nós - o ego - é mais rigoroso com aquilo que vê em nós mesmos do que com tudo o que possa ver fora de si.

É claro que isso tem a ver, conforme já chamei sua atenção antes, com  o que praticamos na lição 93, da primeira parte do Livro de Exercícios, que nos oferece a ideia: A luz e a alegria e a paz habitam em mim. Mas, em geral, não é assim que nos vemos. 

O que o texto que nos prepara para as práticas com a lição 93 fala claramente daquilo que pensamos acerca de nós mesmo, ao dizer:

Tu pensas ser o lar do mal, das trevas e do pecado. Pensas que, se alguém pudesse perceber a verdade acerca de ti, ficaria repugnado e fugiria [de ti] como de uma cobra venenosa. Pensas que, se aquilo que é a verdade acerca de ti te fosse revelado, serias acometido de um horror tão intenso que te precipitarias para a morte pela tua própria mão, por ser impossível continuar a viver depois de ver isso.

Ora, como já aprendemos, isto não é a verdade a nosso respeito. Como poderia ser, se somos o Filho de Deus?

É por isso que é necessário que pratiquemos, que façamos as lições da maneira que nos orienta o Curso, para que comecemos a aprender a verdade a respeito do Filho de Deus, a verdade a respeito de nós mesmos e a acerca de Deus.

É isto que podemos aprender com as práticas da ideia que o Curso nos oferece para hoje. Pois é apenas no interior de nós mesmos - para onde podemos nos voltar sem medo algum - que podemos encontrar a verdade, que podemos nos conhecer e conhecer Deus em nós.

Às práticas?

OBSERVAÇÃO: 

Aproveito para acrescentar a este comentário que, inclusive em seu título, é quase que uma repetição literal dos comentários feitos a esta mesma lição nos dois últimos anos, uma resposta às perguntas que Gugu fez, ao comentar a lição 304.

Aí vai:

Caro Gugu,

Desculpe-me a demora em responder a sua questão de 31 de outubro último. O que aconteceu? Quando li sua pergunta, estava fora de casa. Apesar de ter algum acesso à internet, os comentários às lições dos dias seguintes, até ontem, já estavam com suas postagens pré-programadas. Então, resolvi deixar para responder as sua perguntas quando em casa, para lhe responder calma e tranquilamente, sem pressas nem pressões, de forma a não deixar nenhuma dúvida.

O que, a meu ver, significa "ensinar" para o Curso?

Uma resposta curta, fácil e simpres seria dizer aquilo que o Curso diz a certa altura:

Ensina só amor, porque é só isso o que és.

Então, quando o Curso fala de ensinar, não está se referindo a ensinar o Curso, mas a ensinar o que somos. Isto é, cada um de nós deve procurar ensinar apenas aquilo que é, porque em todas as situações estamos ensinando e aprendendo. 

Ou seja, para dizer como o Curso diz, em qualquer circunstância ou experiência, só ensinamos aquilo que nós mesmos precisamos aprender.

É por isso que, em primeiro lugar, o Curso se define, desde seu início, como um caminho. E, como todos podemos apreender, um caminho que pode não servir a todos. Assim, não devemos buscar ensinar o Curso ao maior número possível de pessoas.

Não há nenhuma necessidade de largarmos tudo para ensinar o Curso. Também não há nenhuma necessidade de fazer esse tipo de movimento para qualquer outro tipo de ensinamento ou caminho. A menos que isso seja aquilo que nosso coração nos pede para fazermos.

Em outras palavras, para não me alongar muito. Toda a nossa vida, todas as experiências que escolhemos viver, todas as pessoas que se apresentam em nossa vida, o mundo todo e tudo e todas as pessoas e coisas nele só fazem, ou só existem para, nos ensinar o que somos. Da mesma forma tudo o que fazemos, todos os nossos pensamentos, gestos e atitudes servem tão somente para nosso aprendizado do que somos. Para que nos lembremos, ou relembremos, de que ainda somos como Deus nos criou, como ensina o Curso.

Espero que minha resposta lhe possa ser útil, Gugu. E fique à vontade, por favor, para comentar, perguntar ou compartilhar seu entendimento deste ou daquele ponto que você esteja estudando.

Paz e bem!

Moisés

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