quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Só eu posso ser o dono e senhor de meu destino


LIÇÃO 267

Meu coração bate na paz de Deus.

1. Toda a vida que Deus criou em Seu Amor está a minha volta. Ela me chama em cada batida do coração e em cada respiração. A paz enche meu coração e inunda meu corpo com o propósito do perdão. Minha mente está curada agora e tudo o que preciso para salvar o mundo me é dado. Cada batida do coração me traz paz; cada respiração me infunde força. Eu sou um mensageiro de Deus, guiado por Sua Voz, animado por Ele no amor e mantido sereno e em paz para sempre em Seus Braços amorosos. Cada batida do coração chama Seu Nome e cada uma recebe a resposta de Sua Voz, que me assegura que n'Ele estou em casa.

2. Que eu ouça a Tua Resposta, não a minha. Pai, meu coração bate na paz que o Coração do Amor criou. É lá, e só lá, que posso estar em casa.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 267

Repetindo mais uma vez de cabo a rabo o comentário de anos anteriores, vamos relembrar o que eu já disse várias outras vezes a respeito desta jornada espiritual que fazemos juntos, cada um de seu jeito. Lembremo-nos, portanto, de que a descoberta de que existe apenas um lugar em que podemos desfrutar da paz e da alegria completas, expressões da Vontade de Deus para nós, envolve algum esforço inicial. 

Ou melhor, como eu também já disse antes, envolve em primeiro lugar que nos conscientizemos de que cada um de nós tem de tomar a decisão de buscar viver a Vontade de Deus de paz e de alegria completas para nós de forma mais frequente e duradoura, mesmo aqui neste mundo.

Os que já se decidiram e estão atentos, hão de lembrar que a lição 253 diz ser impossível que alguma coisa se apresente a nossa experiência sem ter sido solicitada por nós mesmos. E mais: diz que [tudo] o que acontece, em qualquer circunstância, é [sempre] o que queremos que aconteça, mesmo quando não temos consciência disso. 

Ela diz, ainda mais, que o que não acontece deixa de acontecer porque não queremos que aconteça. E afirma de modo categórico que "mesmo neste mundo" de ilusões e aparências somos nós - cada um de nós a sua própria maneira - que governamos nosso destino

Para reconhecer isto, basta nos lembrarmos, por exemplo, de uma das leis espirituais da Índia, que diz que, em qualquer situação, precisamos ter presente em nós que "aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido".

Lembram-se do filme Invictus? Quem já o assistiu há de se lembrar de Mandela dizendo ao capitão da equipe de rugby da África do Sul que o que o manteve sempre firme, confiante e o ajudou a suportar os longos vinte e seis anos em que esteve preso foi o poema Invictus, de William E. Henley*, que, aliás, empresta o título ao filme.

Uma lição mais antiga, pela qual já passamos, diz que não somos vítimas do mundo que vemos. O que isso quer dizer? Exatamente a mesma coisa que diz a lição 253 com outras palavras. Isto é, nós mesmos escolhemos tudo aquilo que vamos viver, tudo aquilo que queremos experimentar. Somos cem por cento responsáveis por tudo o que nos acontece. E não só a nós mesmos, mas ao mundo inteiro [pelo menos pelas partes do mundo que nos chegam à consciência]. Porque o mundo só existe como representação dos desejos e pensamentos que trazemos no interior de nós mesmos. É por isso que o mundo é diferente para cada um de nós.

A ideia que praticamos hoje nos oferece mais uma vez a oportunidade e a ocasião para a tomada de decisão. Ela nos convida a irmos, dentro de nós mesmos, ao lugar em que Deus nos espera, para nos acolher e envolver em Seu abraço amoroso e pleno de paz. E é só nesse abraço amoroso e nessa paz que podemos experimentar a alegria perfeita e sentir o coração bater em total sintonia com "toda a vida que Deus criou em Seu Amor".


*NOTA: O poema Invictus, na tradução de André C. S. Masini ficou assim:

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi'alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

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