terça-feira, 12 de junho de 2012

Nada pode ser feito senão no presente, no agora.



LIÇÃO 164

Agora somos um com Aquele Que é nossa Fonte.

1. Em que momento senão agora a verdade pode ser reconhecida? O presente é o único tempo que existe. E chegamos, por isto, hoje, neste instante, agora, para olhar para aquilo que existe para sempre; não em nossa visão, mas aos olhos de Cristo. Ele olha para além do tempo e vê a eternidade tal como ela se apresenta aí. Ele ouve os sons que o mundo sem sentido e agitado engendra, mas Ele os ouve vagamente. Pois, além deles todos, Ele ouve a melodia do Céu e a Voz por Deus mais clara, mais significativa, mais próxima.

2. O mundo se desvanece facilmente diante de Sua visão. Seus ruídos se tornam indistintos. Uma melodia de muito longe do mundo fica cada vez mais distinta; um chamado antigo ao qual Ele dá uma resposta antiga. Tu os reconhecerás a ambos pois são apenas tua resposta ao Chamado de teu Pai a ti. Cristo responde por ti refletindo teu Ser, utilizando tua voz para dar Seu consentimento feliz, aceitando tua liberação por ti.

3. Quão santa é tua prática hoje, quando Cristo te dá Sua visão e ouve por ti, e responde ao Chamado que Ele ouve em teu nome! Quão sereno é o instante que ofereces para passar com Ele, distante do mundo. Quão facilmente se esquecem todos teus pretensos pecados e se apagam todas as tuas tristezas. Neste dia abandona-se a aflição, pois visões e sons que chegam de um ponto mais próximo do que o mundo ficam claros para ti que, hoje, desejas aceitar as dádivas que Ele oferece.

4. Há um silêncio no qual o mundo não pode se intrometer. Há uma paz antiga que levas em teu coração e que não perdes. Há em ti uma sensação de santidade que o pecado não toca nunca. Tu te lembrarás de tudo isto hoje. A fidelidade na prática hoje trará recompensas tão grandes, e tão completamente diferentes de todas as coisas que buscaste antes, que saberás que teu tesouro está aqui e que aqui está teu descanso.

5. Este é o dia em que fantasias vãs se abrem como uma cortina para revelar o que há além delas. Agora, aquilo que existe realmente se faz visível, enquanto todas as sombras que pareciam escondê-lo simplesmente desaparecem. Agora se atinge o equilíbrio e a balança do julgamento é entregue Àquele Que julga verdadeiramente. E, no julgamento d'Ele, um mundo de perfeita inocência se desdobrará diante dos teus olhos. Agora tu o verás com os olhos de Cristo. Agora sua transformação está clara para ti.

6. Irmão, este dia é sagrado para o mundo. Tua visão, que te foi dada de muito além de todas as coisas neste mundo, volta seu olhar para elas sob uma nova luz. E o que vês vem a ser a cura e a salvação do mundo. O valioso e o sem valor são percebidos e reconhecidos por aquilo que são. E o que é digno de teu amor recebe teu amor, enquanto não sobra nada para se temer.

7. Não julgaremos hoje. Receberemos apenas o que nos é dado pelo julgamento feito além do mundo. Nossa prática de hoje se torna a dádiva de gratidão por nossa libertação da cegueira e do sofrimento. Tudo o que vemos só aumentará nossa alegria, porque sua santidade reflete a nossa. Estamos perdoados na visão de Cristo, com o mundo todo perdoado na nossa. Abençoamos o mundo, ao vê-lo na luz em que nosso Salvador olha para nós e lhe oferece a liberdade que nos é dada por Sua visão de perdão, e não por nossa própria visão.

8. Abre as cortinas em tua prática abandonando simplesmente todas as coisas que pensas querer. Põe de lado teus tesouros insignificantes e deixa um espaço claro e aberto em tua mente ao qual Cristo pode vir e te oferecer o tesouro da salvação. Ele necessita de tua mente mais sagrada para salvar o mundo. Este propósito não é digno de ser teu? Não vale a pena buscar a visão de Cristo acima das metas insatisfatórias do mundo?

9. Não deixes que o dia de hoje passe sem que as dádivas que ele contém para ti recebam teu consentimento e tua aceitação. Podemos mudar o mundo se tu as reconheceres. Talvez não percebas o valor que tua aceitação dá ao mundo. Mas certamente queres isto: poder trocar todo o sofrimento pela alegria neste dia mesmo. Pratica com seriedade e a dádiva é tua. Deus te enganaria? A promessa d'Ele pode falhar? Podes te recusar a tão pouco, quando a Mão d'Ele oferece a salvação completa a Seu Filho?

*

COMENTÁRIO:

A ideia para nossas práticas desta terça-feira, dia 12 de junho, apenas revela algo que nunca mudou. Algo que precisamos incluir em nossos pensamentos de todos os dias e algo a que precisamos nos acostumar de novo. A verdade a nosso próprio respeito. A respeito daquilo que somos na verdade. Na unidade. E por não estarmos acostumados à verdade depois de tanto tempo aprendendo e praticando a ilusão é que precisamos das práticas que o Curso oferece. Aliás, há um grupo de estudos de UCEM na internet que se vale da expressão "Todo dia é dia de treino" como forma de não perder de vista a necessidade de nos exercitarmos constantemente.

Em todo o caso não custa chamar a atenção, tantas vezes quanto possível, para o fato de que somos um com Aquele Que é nossa Fonte, como nos lembra a ideia da lição de hoje. Agora e sempre. A separação em que o falso eu - o ego, para o Curso - acredita não aconteceu. Não há e nunca haverá nenhuma possibilidade de nos separarmos de Deus. E se alguma vez imaginamos que isso é possível é apenas porque nos distraímos de nós mesmos. Por alguns instantes nos distraímos do fato de que somos um com Deus permanentemente. Distraímo-nos de nós mesmos e pensamos ser possível nos separarmos de nossa Fonte,  e da unidade com tudo o que existe.

Nosso equívoco se deve principalmente ao fato de que pensamos no tempo de forma linear. Isto é, pensamos existir um tempo que passou, o passado, um tempo que acontece agora, o presente, e um tempo que será decorrente destes, o futuro. E, a maior parte do tempo, vivemos entre o passado e o futuro sem nos darmos conta de que, como a lição nos diz hoje, o presente é o único tempo que existe. Além disso, muitas vezes sentimos saudades do passado ou atribuímos a fatos que acreditamos terem acontecido lá os resultados do que vivemos agora, esquecendo-nos de que só podemos fazer nossas escolhas no presente. Outras vezes, deixamos de estar presentes porque navegando na fantasia da construção imaginária de um futuro que possa ser melhor do que o que vivemos agora.

Ora, não há nada que possamos fazer em algum tempo que não seja agora. Que tal praticar, pois, com esta ideia em mente?

Nenhum comentário:

Postar um comentário