quarta-feira, 19 de maio de 2010

Aprendendo a desfazer o erro

LIÇÃO 139

Aceitarei a Expiação para mim mesmo.

1. Eis aqui o fim da escolha. Pois aqui chegamos à decisão de nos aceitarmos tal como Deus nos criou. E o que é a escolha exceto incerteza acerca do que somos? Não existe nenhuma dúvida que não esteja enraizada nisto. Não existe nenhuma questão que não reflita esta. Não existe nenhum conflito que não envolva a pergunta simples e singular: "O que sou?".

2. No entanto, quem pode fazer esta pergunta exceto alguém que se recuse a reconhecer a si mesmo? Só a recusa em te aceitares pode fazer a pergunta parecer sincera. A única coisa que pode ser conhecida com certeza por qualquer coisa viva é o que ela é. A partir deste ponto de certeza, ela olha para as outras coisas com tanta confiança quanto em si mesma.

3. Incerteza a respeito do que tens de ser é auto-engano em uma escala tão ampla cuja magnitude é difícil de conceber. Estar vivo e não conhecer a ti mesmo é acreditar que estás, de fato, morto. Pois o que é a vida exceto seres tu mesmo e o que a não ser tu pode estar vivo em teu lugar? Quem é o que duvida? De que ele duvida? A quem ele pergunta? Quem pode lhe responder?

4. Ele apenas afirma que ele não é ele mesmo e, por isto, sendo alguma outra coisa, vem a ser um questionador do que é esta outra coisa. Contudo, ele nunca poderia em absoluto estar vivo, a menos que conhecesse a resposta. Se ele pergunta como se não soubesse, ele apenas demonstra que não quer ser a coisa que é. Ele a aceita porque vive; julga contra ela e nega seu valor e decide que não conhece a única certeza pela qual vive.

5. Desta forma, ele se torna indeciso acerca de sua vida, porque nega o que ela é. É para esta negação que necessitas da Expiação. Tua negação não fez nenhuma mudança naquilo que és. Mas tu divides tua mente entre o que conhece e o que não conhece a verdade. Tu és tu mesmo. Não há nenhuma dúvida disto. E, não obstante, tu duvidas. Mas tu não perguntas que parte de ti pode, de fato, duvidar de ti mesmo. Não pode realmente ser uma parte de ti que faz esta pergunta. Pois ela pergunta a alguém que conhece a resposta. Se fosse parte de ti, a incerteza, então, seria impossível.

6. A Expiação cura a estranha ideia de que é possível duvidares de ti mesmo e não ter certeza daquilo que realmente és. Isto é o abismo da loucura. Contudo, ela é a pergunta universal do mundo. O que isto significa a não ser que o mundo é louco? Por que compartilhar sua loucura na crença deplorável de que o que é universal aqui é verdadeiro?

7. Nada daquilo em que o mundo acredita é verdadeiro. O mundo é um lugar cujo propósito é ser um lar aonde aqueles que alegam não conhecer a si mesmos podem vir para perguntar o que é que eles são. E eles virão novamente até que se aceite o tempo da Expiação e eles aprendam que é impossível duvidares de ti mesmo e não estar ciente do que és.

8. Só se pode pedir de ti a aceitação, porque o que és é incontestável. Está estabelecido para sempre na Mente de Deus e na tua própria mente. Está tão além de toda dúvida e questão que perguntar o que tem de ser é toda a prova de que necessitas para mostrar que acreditas na contradição de que não conheces o que não podes deixar de conhecer. Isto é uma pergunta ou uma afirmação que nega a si mesma ao ser afirmada? Não vamos deixar que nossas mentes santas se ocupem com devaneios inúteis tais como este.

9. Temos uma missão aqui. Não viemos para reforçar a loucura em que acreditávamos antes. Não nos esqueçamos da meta que aceitamos. Viemos para ganhar mais do que só a nossa felicidade. O que aceitamos como aquilo que somos revela claramente o que todos têm de ser junto conosco. Olha para eles amorosamente, para que eles possam saber que são parte de ti e que tu és parte deles.

10. É isto que a Expiação ensina, e demonstra que a Unidade do Filho de Deus não é atacada por sua crença de que não sabe o que ele é. Aceita a Expiação hoje, não para mudar a realidade, mas simplesmente para aceitar a verdade acerca de ti mesmo e seguir teu caminho alegrando-te no Amor infinito de Deus. É apenas isto o que nos é pedido para fazer. É apenas isto que faremos hoje.

11. Reservaremos cinco minutos pela manhã e à noite para dedicar nossas mentes a nossa tarefa de hoje. Começamos com esta revisão de qual é nossa função:

Aceitarei a Expiação para mim mesmo,
Pois continuo a ser tal como Deus me criou.

Não perdemos o conhecimento que Deus nos deu quando nos criou iguais a Ele Mesmo. Podemos nos lembrar disto por todos, pois na criação todas as mentes são como uma só. E, em nossa memória, está a lembrança de quão caros são nossos irmãos para nós na verdade, do quanto cada mente é parte de nós, de quão fiéis eles são a nós realmente e de como o Amor de nosso Pai contém todos eles.

12. Em agradecimento por toda a criação, em Nome do seu Criador e de Sua Unidade com todos os aspectos da criação, repetimos nossa consagração a nossa causa a cada hora hoje, enquanto deixamos de lado todos os pensamentos que nos distraíriam de nosso objetivo sagrado. Por alguns minutos, deixa que tua mente se desembarece de todas as teias tolas que o mundo quer tecer em volta do Filho santo de Deus. E aprende a natureza frágil das correntes que parecem manter o conhecimento de ti mesmo distante de tua consciência, à medida que dizes:

Aceitarei a Expiação para mim mesmo,
Pois continuo a ser tal como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

A lição desta quarta-feira, dia 19 de maio, traz uma forma diferente de nos lembrar que ainda somos como Deus nos criou. As práticas nos incentivam a aprender a aceitar a Expiação para nós mesmos. E, para quem não lembra, ou para quem ainda não tem muito clara a noção de Expiação, é preciso recordar que, para o UCEM, Expiação significa simplesmente o desfazer do erro. Isto é, quando, na ilusão, cometemos qualquer erro, podemos expiá-lo evitando julgar-nos por aquilo que é apenas um equívoco, parte da grande ilusão de que somos capazes de errar.

Na verdade, tudo o que podemos fazer, sempre, é experimentar. Julgar, então, as experiências como certas ou erradas é que é o único equívoco que fazemos. E que precisamos expiar. Isto também se aplica ao que vemos na experiência do outro, ou outros, que é apenas um reflexo daquilo que queremos ver, e que serve para nos apresentar partes de nós que, ou não somos capazes de perceber ou não queremos perceber em nós mesmos. Daí a necessidade de aprendermos a não julgar nada do que vemos no outro. Nem nada do que o outro faz. Pois fazê-lo é apenas julgar a nós mesmos.

Enfim, é só o ego, a parte ilusória de nós, a parte que se percebe separada de nós mesmos, do outro, ou outros, e de Deus, que pode ter dúvidas a respeito do que ele é. Daí a pergunta: "Quem sou?". Mas nós não somos o ego. Por isto a pergunta só pode ser feita ao que somos. Ao Ser em nós. E nossa resposta tem de ser a de quem acredita que ainda é como Deus o criou. Pois não existe nada além dele, com Deus e em Deus.

4 comentários:

  1. Oi Moises, que saudades de vc!! Como vc esta? Tudo bem por ai?Por aqui esta tudo bem, estou aprendendo ingles o meu curso comecou semana passada, faco aula de segunda a quinta feira das 9h as 13 , ainda esta dificil, mas em breve estarei falando melhor.Aqui a gente acaba aprendendo ingles de qualquer forma, eu vou ao cinema e logico nao tem legenda, a televisao tambem nao tem, as tarefas mais simples do dia a dia ficam dificieis aqui, para comprar uma carne no mercado tenho que me virar para eles entenderem, acaba rolando uma mimica tb, vc ja jogou Imagem e acao (jogo de mimica), aqui parece que estou todos os dias nesse jogo rsrsrs
    Agora eh verao aqui, entao a temperatura esta melhor, imagina 16 graus e isso eh otimo por aqui rsrsr ...mas dizem que vai esquentar um pouco mais rsrs
    Desculpa nao mandar noticias antes... e desculpa a falta de acento mas o computador aqui nao tem acentucao..
    Mande noticias bjssssssssssssss

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  2. Ora, vivas...

    Como diz o ditado, quem é vivo sempre aparece.

    Muito bom ter notícias suas, Duda.

    Por aqui tudo continua do mesmo jeito, mas sempre diferente, para continuar igual, que é como tem de ser, rsrsrsrsrs.

    You can write in English too, if you want, rsrsrsrs... it won't make any difference for some of us... and we always can translate for those who do not understand.

    Muito obrigado por comentar. Não se preocupe com a acentuação. Espero que as lições estejam sendo proveitosas como forma de manter o contato com o ensinamento, com você mesma e conosco.

    Dê notícias sempre que puder.

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  3. Olá Moisés!

    Muito obrigada por seus comentários inspiradores!

    A pergunta "quem sou" é bem complicada mesmo de se responder. Pois depende do racional para formular a resposta, do ponto de vista do Ser, olhando para o ego e o Ser se debatendo... ou seja, para mim, com o passar dos anos, tem ficado mais difícil de responder satisfatoriamente.

    Abraços e boa semana a todos!

    Cristina.

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  4. Cris, querida,

    Que bom que você continua conosco. Sou eu quem agradece.

    A pergunta "Quem sou?" é o ponto central do ensinamento de Ramana Maharshi, que aconselhava a todos que se aproximavam dele a praticar com este questionamento.

    Acredito que ela é um bom ponto de partida para questionarmos, como o faz a ideia da lição que você comenta, quem é que faz a pergunta e a quem ela é dirigida.

    Na verdade, quando paramos para pensar o quanto nos deixamos aprisionar e confundir pelo conceito de um "eu" que nos foi oferecido pelo ego e pelo mundo que ele tenta preservar, temos,sim, de racionalizar e muito para formular uma resposta. E, acredito, esta resposta ainda vai atender às indicações do ego e continuar a nos prender à ilusão de um "eu" que, na verdade não tem absolutamente nada a ver como o que somos, com o "Eu sou" de que falamos no encontro da terça.

    Acho que, de fato, precisamos nos despir de todas as roupagens e de todos os conceitos que aprendemos a construir a partir da racionalizações do ego, se quisermos ter, de vez em quando, um vislumbre do Ser em nós mesmos.

    Parece-me, pelo que o ensinamento do UCEM diz, que precisamos abrir mão de tudo o que aprendemos, do e no mundo, e abrir-nos para aquilo que Eckhart Tolle chama de "o não manifesto", porque é apenas "isto" ["o não manifesto] que pode nos dar, não uma ideia do que somos, mas nos levar a uma experiência de Ser, independente de qualquer forma ou manifestação. Pois tudo o que vemos, conforme já aprendemos, é apenas uma manifestação de nossos pensamentos e muda de acordo com a mudança deles. Isto é, tudo o que vemos na forma não vai durar e serve apenas para nos mostrar o que pensamos de modo que sejamos capazes de entender.

    Isto também vale para este "eu" que pensamos ser, e que muda de acordo com as mudanças de nossos estados de espírito, não é mesmo.

    Obrigado por comentar e ajudar a enriquecer nossa experiência comum.

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