sábado, 27 de maio de 2023

No mais íntimo de nós mora o mundo que queremos

 

LIÇÃO 147

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(133) Não darei valor àquilo que não tem valor.

(134) Que eu perceba o perdão tal como ele é.

*

COMENTÁRIO:

Caras, caros,

Uma pessoa que conheço afirma que o autoconhecimento é impossível. E, se a gente pensar bem, é preciso reconhecer que esta pessoa tem razão. Não acham?

Explico por quê?

À luz do ensinamento que o Curso nos oferece, nossa caminhada é uma viagem que se dá sem distância. Quer dizer, não vamos sair daqui, do ponto em que estamos, por exemplo, e chegar a um ponto bem distante daquele do qual partimos. Não!

A caminhada vai sempre se dar na direção de nós mesmos, de nós mesmas. Por quê? Porque não nos conhecemos, não sabemos aonde estamos e nem para onde vamos. Assim, o Curso nos oferece uma jornada na direção do autoconhecimento, que significa conhecer a nós mesmos, a nós mesmas, e conhecer Deus.

Ora, o Curso também afirma que Deus é apenas uma ideia. E, mais, diz que nós, cada um e cada uma de nós, também somos apenas uma ideia. Se a Criação não tem princípio nem fim, ela está sempre acontecendo, de modo que aquilo que somos num dado momento já não é mais o que seremos no momento seguinte. Assim é a ideia de Deus, que só pode se conhecer experimentando as miríades de Si Mesmos, Si Mesmas, que brotam no universo a cada instante.

Daí a importância de praticarmos mais uma vez as ideias que o Curso nos pede para revisarmos hoje.


Explorando a LIÇÃO 147

"Minha mente contém só o que penso com Deus."

Não darei valor àquilo que não tem valor.

Que eu perceba o perdão tal como ele é.

Hoje, mais uma vez, vamos buscar reforçar em nossa consciência o aprendizado de duas ideias que também são vitais em nossa busca do autoconhecimento, isto é, o aprendizado, o reconhecimento e a aceitação da verdade do que somos, que é o que o ensinamento do Curso oferece a quem se dispõe a seguir as orientações que ele traz a cada um, a cada uma. Sempre nos lembrando também de que nestes dias de revisão somos convidados a plantar em nossa consciência a verdade que há na afirmação que abre todas as lições: Minha mente contém só o que penso com Deus. E este contém também poderia ser "guarda", "mantém", "retém". Quer dizer, é só o que pensamos com Deus que nos sustenta, que tem valor, que é verdadeiro.

A primeira das ideias que revisamos nos convida a praticar e a reforçar o entendimento de que o mundo que vemos não contém nada daquilo que, de fato, queremos, conforme uma lição que já praticamos anteriormente. Ou alguém entre nós, querendo muito alguma coisa, já se satisfez por completo com ela, após obtê-la? Isto é, obteve o que queria e nunca mais desejou nada do mundo?

Esta ideia, pelo convite a aprendermos a não dar valor àquilo que não tem valor, nos incita a abandonar o apego às coisas todas do mundo, reconhecendo a neutralidade delas, a fim de aprendermos a usá-las apenas como instrumentos que podem nos servir de auxílio na caminhada em direção ao mundo que há além deste, e que é o mundo que queremos. 

Não nos enganemos, porém, pensando que o mundo que queremos tem alguma coisa a ver com a aparente materialidade deste. Não! Na verdade, o mundo que queremos mora no mais íntimo de nós mesmos e é a melhor expressão do Céu que podemos encontrar, exatamente porque não está fora e pode ser acessado a qualquer instante a partir do momento em que nos decidirmos por ele.

A segunda ideia que revisamos hoje indica o melhor instrumento a ser usado para nos livrarmos do apego às coisas do mundo. É só o perdão que pode curar nossa percepção equivocada. Ao aprendermos a perceber o perdão como ele é, ou seja, um meio de eliminar a crença na separação, que apenas a percepção equivocada pode reforçar, seremos capazes de dar valor apenas àquilo que, de verdade, tem valor. À paz, à alegria e à felicidade completas, que são a Vontade de Deus para nós, em Seu Amor Infinito. 

Às práticas?

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