LIÇÃO 204
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
1. (184) O Nome de Deus é minha herança.
O Nome de Deus me lembra de que sou Seu Filho, não escravo do tempo, livre das leis que governam o mundo de ilusões doentias, livre em Deus, um com Ele para todo o sempre.
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 204
A ideia que vamos praticar mais uma vez hoje em nossa revisão revela a verdadeira herança a que temos direito na - e pela - condição de filhos de Deus que somos. Ela complementa e estende a ideia das práticas de ontem. Por isso, repetindo mais uma vez o que eu já disse várias vezes antes, gostaria de lembrá-los/las de que, assim como herdamos, de nossa família terrena, na experiência ilusória das formas e dos sentidos, um nome que é o que nos acompanha desde o nascimento até o fim de nossa existência na forma humana, o fato de sermos Filhos de Deus também nos dá o direito de carregar o Nome d'Ele, até mesmo durante o tempo em que aparentemente permanecemos em contato com o corpo que nos serve de veículo neste mundo.
É preciso que nos lembremos ainda de que, quando nos decidimos, de fato, a voltar nossa vida "completamente para Deus" e "colocar o reino de Deus em primeiro lugar", podemos ter a impressão de que alguns dos relacionamentos que mantínhamos antes, outros que ainda que mantemos, e que se baseiam na busca da satisfação no mundo, acabam. Ou, na melhor das hipóteses, mudam por completo.
Algumas das pessoas que conhecemos e com quem convivemos até então se afastam e mostram uma espécie de não-reconhecimento, quando não um tipo de rejeição, àquilo [à ameaça] que passamos a representar a seus egos [o falso eu, a imagem que fazem de si e a que fazem de nós], quando resolvemos aceitar nosso papel no plano de Deus para a salvação do mundo.
Uma das lições que já praticamos diz que "só o plano de Deus para a salvação funcionará". Quando reconhecemos isso, entendendo o fato de que, como também diz Thomas Keating, de quem já falamos várias vezes antes, "somente a experiência de Deus pode colocar em perspectiva todas as outras formas de prazer ou as promessas de felicidade que várias criaturas [no e do mundo] nos proporcionam".
O que o Curso pede que façamos não é abandonar o mundo ou as coisas e pessoas e criaturas do mundo. O que ele nos pede é que olhemos para o mundo de modo diferente, que olhemos primeiro para nós mesmos para encontrar as dádivas que recebemos, a fim de que sejamos capazes de oferecê-las, da mesma forma que Deus as oferece a todos e a cada um de nós a todo momento, todos os dias, o tempo todo.
Há ainda um texto do Curso, que também já mencionei várias outras vezes, intitulado "Estabelecer a meta" [na página 388, para quem tem o livro], que fala claramente da necessidade de tomarmos a decisão de viver para a verdade, aceitando e reconhecendo a Vontade de Deus de alegria e paz completas para nós como nossa própria vontade. Se estabelecemos a verdade como meta, toda e qualquer situação que se apresentar vai ser vivenciada como significativa para nos levar em direção a ela.
O que eu acho que posso dizer, depois de mais de vinte anos em contato com o Curso e de mais de quinze com as práticas diárias, é que quando escolhemos de verdade voltar "nossas vidas completamente para Deus" [o que significa colocar sempre o Reino de Deus em primeiro lugar], vamos ser capazes - a partir da fidelidade a nós mesmos e a nossa decisão de praticar diariamente lembrar de Deus, em nós -, de perceber que tudo e todos a nossa volta são manifestações do mesmo divino que nos dá nossa verdadeira identidade.
Finalmente, vamos aprender que a separação nunca existiu, não existe e não poderá jamais existir. É isso que vai nos permitir construir uma experiência de mundo diferente. Uma experiência que não exclui nada, mas que, ao contrário, inclui tudo.
Às práticas?
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