terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A única coisa a ser corrigida é nossa percepção


LIÇÃO 356

Doença é só outro nome para pecado.
Cura é só outro nome para Deus.
Deste modo, o milagre é um chamado a Ele.

1. Pai, Tu prometeste que nunca deixarias de responder a nenhum chamado que Teu Filho pudesse fazer a Ti. Não importa aonde ele esteja, qual pareça ser seu problema, nem aquilo que ele acredita ter se tornado. Ele é Teu Filho e Tu o atenderás. O milagre reflete Teu Amor e, por isso, o atende. Teu Nome substitui todos os pensamentos de pecado e quem é inocente não pode sentir dor. Teu Nome responde a Teu Filho, porque chamar Teu Nome é apenas chamar o próprio nome dele.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 356

Como já lhes disse em comentário anterior, li muito tempo atrás, numa revista Playboy, uma entrevista com a Madona, em que ela dizia que ninguém passa impunemente por uma educação religiosa nos moldes da judaico-cristã. Quer dizer, ninguém sai ileso de tal educação. Uma vez que aceitemos o que nos ensina a maioria dos preceitos religiosos cristãos - para o catolicismo, cristianismo ocidental, ressalve-se -, ao nascer deixamos de ser inocentes. Pode? 

Pode um filho de Deus nascer do pecado? Nascer pecador, necessitar de um batismo ou de um ritual qualquer para ter de volta sua inocência? Uma inocência que, na verdade, nunca se perdeu, nunca se perde e nunca se perderá, porque não pode ser de nenhuma forma maculada por quaisquer atos ou omissões em nossa experiência de vida. E o ensinamento cristão não para por aí, acusa-nos a todos de assassinos, pois somos, segundo ele, os causadores da crucificação de Jesus. E mais, distorcendo a mensagem de Jesus que nos chegou, afirma que só ele é filho de Deus; o restante de nós se compõe de bastardos. 

E muitos, muitos, mas muitos, são levados a acreditar nisso. E isso serve como pretexto para enriquecer milhares de padres, de pastores, de igrejas, que se proclamam representantes do Senhor, arautos da salvação.

Daí a necessidade de um trabalho cada vez mais intenso para a mudança de nossa forma de pensar. Para que sejamos capazes de nos livrar dos conceitos caros ao catolicismo: entre eles o do pecado. Ou a ideia, inventada por um Santo Agostinho em crise de meia idade, de que todo o sofrimento por que aparentemente passamos no mundo só poderia se dever a "um pecado original". Isto é, um pecado que "teríamos" todos desde antes do nascimento, apenas pelo fato de "nascermos" para este mundo de ilusões. 

É preciso, pois, que busquemos sempre mais, e cada vez com a maior atenção de que somos capazes, criar e desenvolver em nós a consciência de que

Doença é só outro nome para pecado.
Cura é só outro nome para Deus.
Deste modo, o milagre é um chamado a Ele.

como nos diz a ideia para as práticas de hoje. Aliás, alegria é também sinônimo de cura e de Deus, uma vez que o Curso ensina que "curar é devolver a alegria".

A ideia que vamos praticar mais uma vez hoje ensina também que cura é um dos nomes de Deus, e que basta dizer o Nome d'Ele para que voltemos a encontrar nossa Identidade de filhos n'Ele e com Ele. Basta dizer Seu Nome para reconhecer Seu Filho, no Ser em nós, Aquele Que somos na verdade em Deus. Basta dizer o Nome de Deus para adentrarmos em Seu Reino, que é também a nossa casa, o nosso lar verdadeiro. 

A ideia para as práticas de hoje fala ainda da doença como outro nome para o pecado, que o Curso ensina não existir. Haverá uma contradição aí? Não, não creio. O que acontece é que, em geral, quando o Curso fala no pecado, ele quer apenas se referir ao único problema que precisamos resolver, que é a crença na separação. 

Assim, qualquer doença que percebemos só pode ser também parte da ilusão que criamos e construímos por nos acreditarmos separados. Na unidade com Deus, nosso estado verdadeiro, não pode existir doença. É um equívoco, portanto, rezar para que alguém se cure de qualquer doença, tanto de acordo com o Curso [isso seria dar realidade a uma ilusão], quanto com Joel Goldsmith. Tudo o que é preciso fazer é nos voltarmos para a unidade de que pensamos nos ter separado. Isto significa dizer ainda, em conformidade também com o ensinamento do ho'oponopono, que a única coisa que precisa ser corrigida é nossa percepção equivocada. 

Ou ainda, dizer, com certeza, em afinidade com as práticas deste dia:

Pai, Tu prometeste que nunca deixarias de responder a nenhum chamado que Teu Filho pudesse fazer a Ti. Não importa aonde ele esteja, qual pareça ser seu problema, nem aquilo que ele acredita ter se tornado. Ele é Teu Filho e Tu o atenderás. O milagre reflete Teu Amor e, por isso, o atende. Teu Nome substitui todos os pensamentos de pecado e quem é inocente não pode sentir dor. Teu Nome responde a Teu Filho, porque chamar Teu Nome é apenas chamar o próprio nome dele. 

Ou, mais ainda, tomar consciência de que, como diz Ken Wilber, se estivermos olhando para o mundo e vendo nele quaisquer problemas, coisas, pessoas ou situações que nos incomodem, deprimam, enfureçam, que nos deixem inquietos ou temerosos, precisamos mudar nosso modo de olhar. Pois, para o olhar correto - o crístico -, o que vemos tem apenas de nos informar.

Às práticas?

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